Quinze anos depois de transformar a alegria do Pelourinho em filme, Lázaro Ramos, junta sua turma de personagens fictícios mais uma vez para uma histórias de superação regada à música e alegria. Mais de uma década depois, a mensagem positiva de “Ó Paí, Ó 2 se” faz mais necessária do que antes.
Quando o bar favorito de Roque e dos outros moradores do Pelourinho é tomado de maneiras suspeitas, a população se une para retomar o que é seu, com muita música e bom humor.
Com um elenco recheado, “Ó Paí, Ó 2” tem nos seus personagens seu maior trunfo e sua maior falha. Conduzido por Lázaro Ramos e seu protagonista Roque, o filme nos apresenta um problema central a ser resolvido por todos os moradores do Pelourinho, mas também pontua que cada um daqueles indivíduos tem sua trama a ser resolvida.
Mas, enquanto isso ajuda a não deixar o filme focado apenas em um personagem, também faz com que o longa perca o fio da meada e muitas das resoluções não aconteçam ou sejam feitas sem muitas explicações.
Isso acaba sendo equilibrado pelo elenco, que consegue cativar o público com muito carisma, seja nas cenas de humor ou de drama.
Talvez o problema de “Ó Paí, Ó 2” possa estar até em seu formato. Produzido pela Globo Filmes, é inevitável não imaginar como teria sido em uma minissérie de 5 episódios ou menos. Talvez assim não ficassem tantas pontas soltas e se pudesse aproveitar mais os personagens secundários sem ter que resolver seus dilemas sem muita explicação.
E se o primeiro filme ficou marcado por um forte diálogo entre Lázaro Ramos e Wagner Moura sobre racismo, aqui o filme vai além. A questão da sexualidade, religiosidade e mais uma vez o racismo estão muito presentes em todas as cenas do filme. Pontuando quando precisa ser pontuado e cutucando a ferida sempre que possível.
Por fim, Ó Paí, Ó 2 é um filme divertido e cheio de boas intenções, mas que se perde na falta de ritmo e de conduzir uma história. Mas uma opção aceitável para quem quiser fugir dos filmes estrangeiros e relaxar vendo filme nacional.
Nota: 6/10
Leia também: Crítica | O Assassino – Novo filme de David Fincher é um desperdício em vários sentidos
Aproveite para nos acompanhar nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e também no Google News.
Quer receber notícias direto no seu celular? Entre para o nosso canal no WhatsApp ou no Telegram.
