LOCKE & KEY, nova série da NETFLIX, é boa?

A gente já sabe que a Netflix está correndo feito louca em busca de séries originais que façam com que o público não cancelem a assinatura, e nesta busca incessante o serviço de streaming tem adquiridos direitos de vários livros, como As Crônicas de Nárnia e quadrinhos como é o caso de Umbrella Academy e agora a recente adaptação de Locke and Key. 

Dá uma conferida no vídeo ou leia abaixo:

Pra quem não conhece, a série adapta os quadrinhos de sucesso de Joe Hill (filho de Stephen King) e Gabriel Rodriguez, da IDW Comics, onde após o misterioso assassinato do pai, os três irmãos e a mãe da família Locke se mudam para a sua velha mansão, a Key House. Lá, eles descobrem que o local está repleto de chaves mágicas, que podem ter ligação com a morte do pai. As crianças Locke começam a explorar as diferentes chaves e seus poderes únicos. um demônio desperta e faz de tudo para roubá-las. 

Não é de hoje que Locke and Key vem tentando ser adaptada, os quadrinhos quase viraram uma trilogia em 2015, até mudar os horizontes e chegar ao streaming e se pudêssemos definir a série da Netflix podemos dizer que é uma grande mistura de  ‘Harry Potter’, ‘As Crônicas de Nárnia’ e ‘Desventuras em Série’ e uma pitada de ‘A Maldição da Residência Hill’.

A história é contada de forma não-linear, em uma estrutura semelhante a de ‘A Maldição da Residência Hill’, o que contribui para deixar a série mais sofisticada e complexa do que geralmente é. Ainda assim, a trama é feijão com arroz, apresenta seus personagens com dinamismo e não perde tempo em também mostrar o conflito que vai se arrastar por toda a temporada. Porém, os mistérios e a fantasia presentes no episódio piloto mostram que a produção está preocupada em fazer algo minimamente novo dentro, já que é uma história carismática, à moda antiga e que facilmente entretém o público mais jovem.

O roteiro, eficiente na maior parte dos episódios, desenvolve personagens inteligentes, que questionam as bizarrices do lugar como nós, espectadores, faríamos. Além de soltar as pistas para a resolução dos mistérios à conta-gotas, deixando ganchos irresistíveis no final de cada capítulo e utilizando referências da cultura pop para extrair humor, como uma visível homenagem ao filme da Pixar ‘Divertidamente’ e algumas falas que citam obras como ‘Harry potter’ e ‘Nárnia’.

No entanto, a trama, que começa excitante, perde a força gradativamente pelo excesso de subtramas desnecessárias pelo caminho, que poderiam ser enxugadas ou mesmo excluídas. o núcleo adolescente, comandado pelos irmãos mais velhos, que tenta fazer um filme de terror, é fraco comparada a jornada do caçula bode em busca das chaves, que aliás, também é colocado de escanteio da metade para o final da série. Porém, no 7º e último episódio, a trama ganha força e fecha pontas soltas do passado ao explorar a história triste do Sam.

Outro defeito da série, além do vilão/vilã desinteressante, são os dez episódios. A história se arrasta para preencher tanto tempo, sendo que oito capítulos seriam ideais e não deixariam lacunas no ritmo. 

De qualquer forma, ‘Locke & Key’ é promissora e resgata uma vibe nostálgica de fantasia literária pouco explorada hoje em dia. A série consegue divertir e entreter, com sua proposta curiosa entre o terror e a aventura juvenil. Estabelece uma sólida primeira temporada com boas atuações, efeitos o.k e a premissa cercada de mistérios e reviravoltas, o que fazem dela uma forte candidata a ser a próxima ‘Stranger Things’.

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