Crítica | Once Upon a Time – 6° Temporada

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Há seis anos, quando Once Upon a Time começou a ser transmitida, havia uma proposta totalmente diferente e uma pegada bem inteligente para agregar valor ao mundo das séries. A produção, que se propunha a ser quase como um mega crossover de todos os contos de fadas, era algo surreal e que gerava expectativas fortíssimas, prendendo o espectador a cada novo episódio.

Entretanto, “desde sempre” as perguntas sempre foram as mesmas: até quando essa fórmula dará certo? Até quando os roteiristas conseguirão trazer novos elementos ao show? E, ao que parece, a sexta temporada trouxe esse limite.

O início da atual temporada mostrou a divisão das personalidades de Regina, trazendo a Rainha Má de volta a vida e, em paralelo, as visões de Emma de uma batalha em que ela morreria. Cativante não? Entretanto, apesar do apelo dramático, fomos presenteados com mais uma etapa em que Once Upon a Time não conseguiu se desenvolver, tornando-se apenas uma nova fase de “mais do mesmo”.

Emma, por exemplo, por ser a Salvadora na trama, é construída como um “Deus Ex-Machina”, mas as soluções apresentadas pela série para a estruturação dessa ambiência são por vezes óbvias demais ou simplesmente ilógicas. Devido ao fato da série abordar inúmeros contos de fadas, a equipe de roteiristas acaba abusando dos elementos fantásticos e dispensando as justificativas de alguns aspectos do enredo que poderiam (deveriam, na verdade) ser mais bem explicados.

Sobre as atuações é importante ressaltar o excelente trabalho de Lana Parrilla (Rainha Má / Regina), que nesta temporada teve o desafio de transitar entre duas personalidades antagônicas e o fez com total primor e verossimilhança. É bom ver que com o passar do tempo o personagem cresce junto à atriz e segue tendo muito que apresentar. Além disso, Robert Carlyle (Mr. Gold) também arrancou elogios do público, fazendo uma excelente transição do personagem que a muito já sofria pelas conseqüências de suas escolhas e que nessa temporada expressa perfeitamente a batalha interior entre seu mal latente e o bem oriundo de seu amor por Bela e sua família. Coincidentemente são os dois personagens antagonistas da série que, seis temporadas após seu lançamento, constituem os principais motivos pelos quais a história ainda é atrativa.

É bem verdade que, no afã de inovar o conteúdo do show, os produtores conseguiram trazer um novo e inesperado elemento para a temporada: um episódio musical. A idéia casou como uma luva com o ambiente fantasioso e incrível da série.  O episódio não foi solto no enredo, pelo contrário, foi criado de maneira que fizesse total sentido, abordando como a capacidade de cantar está relacionada ao amor. Os números musicais foram equilibrados e a história conseguiu até mesmo revisitar elementos da primeira temporada, antes da maldição da Rainha Má, para poder contar essa história.

No mais, a série, apesar da excelente ideia, tornou a se mostrar repetitiva, em um modelo cíclico que aprisiona o roteiro entre a maldição do sono, a maldição para voltar ao Mundo Encantado e a maldição em Storybrooke com a nova perda da memória. Mas, se é que podemos dizer algo encantador sobre a mais recente temporada, é que, ao final, como se espera de todos os contos de fadas, todos foram felizes para sempre.

O último episódio foi mais uma vez um longo especial de duas horas, correndo para resolver em um ritmo frenético todo o desenrolar da trama. Denominado “a Batalha Final”, a season finale mostrou que a guerra não era bem como esperávamos (talvez nem mesmo os personagens), mas que relembrar o começo de tudo e solucionar a briga era uma boa alternativa para o roteiro.

E por falar em início, a temporada acaba com um grande cliffhanger que mostra que a trama retornará do zero, talvez em uma tentativa de voltar aos dias de glória do show. É bem verdade que Once Upon a Time poderia encerrar suas atividades com essa season finale e concluir sua caminhada antes que “o barco afunde”, mas o gancho para a próxima temporada acaba animando os mais otimistas que anseiam explorar ainda mais esse universo fantástico dos contos de fada, apesar das temerosas baixas no elenco (incluindo Jennifer Morrison, a protagonista da série, que não voltará para a próxima temporada).

E você o que achou desta temporada de Once Upon a Time? Tá animado com esse reinicio da trama? Conta pra gente!

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