Criado em 2014, o Prêmio Felix chega à 27ª edição do Festival do Rio reafirmando o compromisso do evento com a diversidade e a representatividade no cinema. Ao todo, 35 obras entre curtas e longas-metragens integram a competição dedicada a narrativas LGBTQIAPN+, explorando temas como romances, relações familiares, processos de autodescoberta e diferentes recortes sobre identidade e afetos.
Neste ano, os filmes concorrem em quatro categorias: Melhor Filme Brasileiro, Melhor Filme Internacional, Melhor Documentário e Prêmio Especial do Júri. O público poderá conferir as produções entre os dias 2 e 12 de outubro.
Destaques da edição
A seleção internacional reúne títulos que circularam por alguns dos mais prestigiados festivais de cinema do mundo. Entre eles:
- A Sapatona Galáctica (Lesbian Space Princess), de Emma Hough Hobbs e Leela Varghese, vencedor do Prêmio Teddy no Festival de Berlim, que acompanha a aventura da Princesa Saira em busca da arma mais poderosa para salvar a ex-namorada Kiki.
- Do Festival de Cannes, chegam três títulos em destaque: Honey, Não! (Honey Don’t!), de Ethan Coen; O Olhar Misterioso do Flamingo (La misteriosa mirada del flamenco), de Diego Céspedes, vencedor da mostra Un Certain Regard; e Me Ame com Ternura (Love Me Tender), de Anna Cazenave Cambet, exibido na disputa pela Queer Palm.
- Em Veneza, Estranho Rio (Estrany riu), de Jaume Claret Muxart, concorreu ao Queer Lion com uma história de descobertas durante uma viagem de bicicleta em família.
- Já no Festival de Sundance, dois filmes premiados reforçam a disputa: Frutos do Cacto (Sabar Bonda), de Rohan Parashuram Kanawade, e Twinless, de James Sweeney, este último com Dylan O’Brien recebendo menção especial do júri por sua atuação.
Selo Felix
Além da competição, o Festival do Rio também concede o Selo Felix a obras que se destacam por sua relevância temática. Em 2025, a série Ayô, dirigida por Yasmin Thayná e criada por Lucas Oranmian, ganha o selo no catálogo oficial, mas não participa da disputa. A produção mergulha na vida de um homem negro, gay e artista em São Paulo, explorando afetos, desafios e pertencimento na contemporaneidade.
Concorrentes ao Prêmio Felix 2025
Filmes Brasileiros
- Apolo, de Tainá Müller e Isis Broken
- Ato Noturno, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher
- Copacabana, 4 de Maio, de Allan Ribeiro
- Love Kills, de Luiza Shelling Tubaldini
- Ruas da Glória, de Felipe Sholl
- Trago seu Amor, de Claudia Castro
- Alice, de Gabriel Novis
- Coração Bandeja, de Jonas Araujo
- O Faz-Tudo, de Fábio Leal
- O Menino e as Borboletas Zumbis, de Pê Moreira e Thomas Argos
- Peixe Morto, de João Fontenele
- Os Quatro Exílios de Herbert Daniel, de Daniel Favaretto
- Safo, de Rosana Urbes
- Sandra, de Camila Márdila
- Tia Morgana, de Athena Sofia
Filmes Internacionais
- À Beira (Fuori), de Mario Martone
- Aos Pedaços: A Música de Meredith Monk (Monk in Pieces), de Billy Shebar
- Body Blow, de Dean Francis
- Chove Sobre Babel (Llueve sobre Babel), de Gala del Sol
- Elizabeth Bishop: do Brasil com Amor (Elizabeth Bishop: From Brazil with Love), de Vivian Ostrovsky e Ruti Gadish
- Emoções Represadas (Zecji nasip), de Čejen Černić Čanak
- Estranho Rio (Estrany riu), de Jaume Claret Muxart
- Eu, Tu, Ele, Ela (Je Tu Il Elle), de Chantal Akerman
- Frutos do Cacto (Sabar Bonda), de Rohan Parashuram Kanawade
- Hedda, de Nia DaCosta
- Honey, Não! (Honey Don’t), de Ethan Coen
- Kokuho – O Mestre Kabuki (Kokuho), de Sang-il Lee
- Me Ame Com Ternura (Love Me Tender), de Anna Cazenave Cambet
- O Olhar Misterioso do Flamingo (La misteriosa mirada del flamenco), de Diego Céspedes
- Pequenos Pecados (Kaj ti je deklica), de Urška Djukić
- Quase Amor (Einskonar Ást), de Sigurður Anton
- Queens of the Dead, de Tina Romero
- A Sapatona Galáctica (Lesbian Space Princess), de Leela Varghese e Emma Hough Hobb
- Sarah McBride: A Primeira Congressista Trans (State of Firsts), de Chase Joynt
- Twinless, de James Sweeney