Vencedor do prêmio da crítica em Gramado, RAIA 4, estreia em maio nos cinemas

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Escrito e dirigido por Emiliano Cunha, RAIA 4  é ganhador de três prêmios no Festival de Gramado: Júri da Crítica, Fotografia (assinada por Edu Rabin) e Melhor longa gaúcho. O filme marca a estreia em longas do cineasta, que tem em seu currículo curtas como “Tomou café e esperou” (2013), “Sob águas claras e inocentes” (2016), além da série “A Benção” (2020). A produção chega aos cinemas em 06 de maio, e em plataformas digitais (NOW, Google Play, Apple Tv, iTunes e Youtube Filmes) no dia 20/05, com distribuição da Boulevard Filmes. 

RAIA 4 é situado no universo da natação competitiva, na cidade de Porto Alegre. O filme traz duas personagens centrais, as adolescentes Amanda e Priscila, interpretadas pelas estreantes Brídia Moni e Kethelen Guadagnini, que foram selecionadas num casting que incluiu mais de 100 jovens atletas. “Sabia, desde o início do projeto, que queria trabalhar com nadadores de verdade. Seria muito difícil transformar uma atriz-mirim em uma nadadora com toda a performance física que a natação competitiva exige, pois não é uma questão de atuação, mas de comportamento e fisicalidade que é quase impossível emular”, explica o diretor. 

No filme, Amanda é uma jovem ingênua e tímida, que vive com os pais (Fernanda Chicolet e Rafael Sieg), ambos médicos, e é cheia de inseguranças e dúvidas. É na piscina que ela encontra um ambiente onde pode ser mais livre. Priscila é uma colega da equipe de natação, muito mais madura, e de quem acaba se aproximando. O longa ainda inclui no elenco José Henrique Ligabue (“Legalidade”), como o treinador da equipe de natação. 

Antes de atuar, as duas jovens atrizes faziam parte da mesma equipe de nado e já eram amigas, por isso, explica Cunha, foi necessário desenvolver um aparente antagonismo entre elas. “Eu bato na tecla do ‘aparente antagonismo’, pois creio que a relação entre as personagens, no filme, ultrapassa essa dialética. E, a princípio, estava disposto a trabalhar mais com situações e provocar improvisações. Mas realmente elas se mostraram aptas a encarar o mundo da atuação e conseguimos unir as duas coisas.”.

O cineasta conta que alguns dos maiores desafios em filmar RAIA 4, além do forte calor de Porto Alegre, na época, foram as cenas aquáticas. “Apesar das dificuldades, todos ficávamos muito empolgados a cada novo plano difícil. Portanto, aprendemos e nos divertimos muito no processo. As cenas com a equipe de treinamento também eram mais complicadas, pois juntava elenco grande, composto por jovens cheios de energia e muito curiosos com o processo como um todo, mais as limitações e cuidados que a água exige. Apesar disso, o elenco era muito disciplinado e foi muito dedicado durante todo o processo. E a equipe técnica foi absolutamente parceira diante dos desafios.”

Sobre sua estreia num longa metragem, Cunha conta ter feito algo que dialoga muito com a estética explorada em seus curtas, tanto que RAIA 4 originou-se de uma cena única, filmada em 2013, na qual se acompanhava o movimento da água e do sangue. O diretor explica que a água era um elemento central para seu filme, seja como metáfora, quanto como espaço cênico. “Queria brincar com gêneros cinematográficos, transitar entre um realismo mais cru e as infinidades do mundo onírico. O universo da natação competitiva, então, mostrou-se ideal para este mergulho. Trata-se de um esporte que faz parte de mim, cresci nele e ainda o pratico. Os ritmos, os personagens, os espaços e suas especificidades estão muito vivos em mim”.

O filme já foi exibido nos festivais do Panamá, Cartagena das Índias (Colômbia), Uruguai e na mostra competitiva do 22º Festival de Shanghai, além do Festival de Cinema de Gramado, de 2019, no qual conquistou os prêmios de Melhor Fotografia e Júri da Crítica, e na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, e no Festival do Rio. 

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