“Fico te devendo uma carta sobre o Brasil”, de Carol Benjamin, é selecionado para Festival na Suíça e na Suécia

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“Fico te devendo uma carta sobre o Brasil”, de Carol Benjamin, foi selecionado para a mostra competitiva do FIFDH – Festival Internacional de Cinema e Fórum de Direitos Humanos, na Suíça, que acontece junto com a convenção de direitos humanos da ONU, e para a mostra competitiva do Festival Tempo de Documentário, na Suécia. O filme estreou mundialmente no 32ª IDFA – Festival Internacional de Documentários de Amsterdã e conquistou a menção especial do júri.

Em sua estreia na direção de longas, a cineasta revela a história das três gerações de sua família, que foi atravessada pela Ditadura Militar que se instalou no Brasil entre 1964 e 1985. Seu avô era coronel do Exército. Seu pai, César Benjamin, foi preso ilegalmente aos 17 anos, em 1971, e permaneceu por três anos e meio em uma cela solitária, além de mais dois anos em prisão comum. Mas a prisão e tortura do filho mais novo transformou a dona de casa Iramaya Benjamin, avó da diretora, em uma militante incansável pela anistia.

Para resgatar a história do pai, Carol inicia o filme em Estocolmo (Suécia), onde Benjamin ficou exilado por dois anos após sair da prisão. É lá também que a diretora reencontra Marianne Eyre, membro da Anistia Internacional desde 1966, com quem Iramaya trocava cartas regularmente e de quem se tornou amiga e confidente. O filme, narrado pela diretora, é entremeado, sobretudo, pelas leituras dessas cartas, depoimentos de Iramaya captados em diferentes momentos, fotografias, e imagens raras de arquivo (incluindo a emocionante chegada de César à Suécia e de seu encontro com o irmão Cid, também um exilado político).

No Festival Tempo de Documentário o filme será exibido dia 07 de março, às 12h45, no Victoria 2. A segunda sessão acontece no domingo, dia 08, às 15h00, no Filmstaden Söder. Já no Festival Internacional de Direitos Humanos o longa será exibido dia 09 de março às 19h30 no Grütli – Simon e no dia 11 às 20h45 no Grütli – Langlois. A diretora estará presente nas sessões.

A produção é da Daza Filmes, com coprodução do Canal Brasil, VideoFilmes e Muiraquitã Filmes. A distribuição é da Bretz Filmes com previsão de estreia para o primeiro semestre de 2020.

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