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Um estudo realizado pela Academia Americana de Pediatras revelou que os Super-Heróis não estão sendo símbolo de bom exemplo para as crianças, pois seus atos de destruição têm superado os dos vilões contra quem eles brigam.
O estudo analisou as demais maiores bilheterias de filmes de heróis entre 2016 e 2017- incluindo Vingadores: Era de Ultron, Batman Vs. Superman, Mulher-Maravilha e Esquadrão Suicida.
Por hora, 23 atos de violência são cometidos pelos protagonistas (heróis), enquanto os antagonistas (vilões) cometem 18 atos/hora. Os heróis entraram em confrontos 1021 vezes, enquanto os antagonistas batalharam 599 vezes.
O uso de arma letal (659 vs 604) e destruição de propriedade (199 vs 191) também são maiores pelos heróis. E, quando se trata de homicídios cometem 168 homicídios, 55,3% a mais que os vilões, que cometem 93 mortes.
A única categoria em que os antagonistas são, de fato, mais maldosos é quando se trata de tortura e intimidação e, mesmo assim, os heróis não saem tão atrás. São 237 atos de tortura por vilões e 144 pelo lado “bonzinho”.
O estudo revelou ainda que os heróis masculinos são 500% mais violentos que as heroínas. Em média os heróis cometem 34 atos violentos por hora de filme, enquanto as mulheres cometem apenas sete no mesmo período.
“Crianças e adolescentes veem os super-heróis como os caras bonzinhos e podem ser influenciados por sua representação de comportamentos de risco e atos de violência”, aponta Robert Olympia, o coordenador do estudo.
Os prestadores de cuidados pediátricos devem educar as famílias sobre a violência que existe nesse tipo de filme e os perigos potenciais que podem ocorrer quando as crianças tentam emular estes heróis fictícios no mundo real.
Já o pesquisador John N. Muller, aponta que é necessário que os pais não confiem cegamente em qualquer gênero e sempre analisem o que o filho assiste, mediando o tipo de conteúdo para que a criança cresça com os valores corretos. “Ao assumir um papel ativo no consumo de mídia de seus filhos, mediando esse consumo, pais ajudam seus filhos a desenvolver o pensamento crítico e os valores internamente regulados”, diz ele.
Fonte: Jovem Nerd
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