Crítica | Oito Mulheres e um Segredo

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“Mulher-Maravilha realmente mudou o jogo em tantos sentidos. Podemos chegar a um estúdio com uma proposta como [Oito Mulheres e um Segredo] e há mais abertura. O movimento Time’s Up, tudo isso contribuiu para que Hollywood investisse mais em elencos femininos.” Palavras essas da atriz Anne Hathaway, uma das estrelas do longa, que retratam perfeitamente o momento delicado – e extremamente fundamental – pelo qual passa Hollywood. Aos poucos começamos a ver alguns dos reflexos da onda feminista que se alastra pelo mundo do entretenimento, e Oito Mulheres e um Segredo (derivado de 11 Homens e um Segredo de 2001) pode ser considerado um dos dignos exemplares dessa nova realidade que busca quebrar paradigmas.

Sai George Clooney e entra Sandra Bullock. Na trama, a atriz interpreta Debbie Ocean (irmã do personagem de Clooney no filme de 2011), uma criminosa que acaba de ser solta após cinco anos de prisão, e como qualquer bom trapaceiro, já planeja o próximo golpe. Para isso, com a ajuda de sua parceira Lou (Cate Blanchett), reúne um grupo de mulheres (não é preciso dizer quantas) para realizarem o maior roubo de jóias da História.

Além da força feminina presente no filme (que ainda conta com outros grandes nomes como Helena Bonham Carter e Rhianna), o filme não traz grandes novidades. Apesar de contar com algumas belas alfinetadas ao universo machista de Hollywood, o roteiro de Gary Ross e Olivia Milch acaba se mostrando muito simplório, dispensando o uso de artifícios que atribuam qualquer tipo de diferencial para o gênero.

Por mais que o roteiro não se aprofunde muito em suas personagens, o elenco consegue, como esperado, desempenhar um bom trabalho, criando na medida do possível qualquer tipo de dinâmica de grupo. As grandes atrizes do filme fazem com que a trama não seja completamente vazia, mas é mais uma questão de presença do que qualquer outra coisa.

Apesar de tudo, de forma descompromissada, o filme consegue divertir o espectador e entregar, no final das contas, um bom entretenimento, conseguindo até mesmo arrancar algumas boas risadas do público. O longa, de forma resumida, entrega um primeiro ato que desperta a atenção, um segundo focado nos preparativos para o roubo, e um terceiro que deixa a desejar, tendo em vista o que parecia ter sido prometido nos outros dois primeiros.

Oito Mulheres e um Segredo tem lá os seus problemas, mas no final das contas pode ser um bom plano para o final de semana com os amigos ou familiares. O melhor do longa é, sem dúvidas, toda a ideologia feminista nele presente e como pode abrir mais portas para as mulheres no Cinema. Por mais que não seja tão bem executado, filmes como este são extremamente necessários nos dias atuais, e aí é que  está o grande triunfo da quadrilha formada por Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anne Hathaway, Helena Bonham Carter e outras.

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