Crítica | Matador de Aluguel – Remake divertido que não se leva a sério

Remakes de filmes dos anos 80 são filmes que ficam em um estranho limbo em Hollywood, ou você está prestes a tentar apresentar para uma nova geração uma versão renovada de um clássico, ou tem a liberdade de pegar um longa desconhecido e criar algo novo em cima dele. De alguma maneira, Matador de Aluguel, filme de 1989, é um pouco dos dois. Não vai estar na mesma prateleira que De Volta para o Futuro, mas possui uma base de fãs e referências na cultura pop o suficiente para não passar batido.

Com isso em mente, a missão do Prime Video em atualizar a história não era a das mais fáceis, mas o serviço de streaming conseguiu unir o melhor de dois mundos com o remake estrelado por Jake Gyllenhaal.

Os erros e acertos de Matador de Aluguel

Quando um ex-lutador profissional recebe uma proposta lucrativa para se tornar o segurança de um bar de beira de estrada na Flórida, ele acha que tirou a sorte grande. Mas aos poucos ele vai percebendo que se meteu em uma disputa de poder maior do que ele poderia imaginar. Disposto a fazer o que é certo, ele agora vai lutar contra os criminosos da cidade para defender o lugar que o contratou.

O remake de Doug Liman é um grande acerto e muito de se deve à escolha de como refazer um filme de ação dos anos 80. Ao invés de querer dar mais profundidade à trama ou aos personagens e correr o risco de ficar em um meio termo que não agradasse ao público mais cabeça nem ao mais pipoca, Liman optou por simplesmente atualizar a ação do filme.

A trama é rasa como um pires, as motivações dos personagens são risíveis e o plano do vilão principal não faz sentido nenhum. Mas isso não incomoda o espectador porque o filme se direciona muito mais para as cenas de luta e frases de efeito do que outra coisa. Matador de Aluguel também acerta em rir dos próprios exageros e falta de profundidade, abraçando a galhofa sem ter vergonha.

Para que tudo isso funcionasse, o elenco precisava estar alinhado e para isso Jake Gyllenhaal está perfeito. Ao mesmo tempo em que convence nas poucas cenas de drama – afinal estamos falando de um ator já indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro – Gyllenhaal também usa o carisma para as cenas de humor que o filme propõe. Sem contar com o fator galã, algo que o próprio Patrick Swayze já utilizava no longa original de 1989.

Mas a grande surpresa está no local mais improvável. Em sua estreia nas telonas, o lutador de MMA, Conor McGregor rouba a cena como o maluco Knox. Um vilão físico para Gyllenhaal que é a pura definição do Caos. Com seu sotaque carregado e cara de maluco, McGregor consegue fazer com que o espectador queira ver mais desse personagem tão fora da caixinha.

Veredito

Matador de Aluguel é um filme divertidíssimo que não se leva a sério. O trunfo do Prime Video foi decidir lançar ele diretamente em streaming, pois o longa parece combinar com aquele clima de filme despretensioso que você assiste em um sábado preguiçoso.

Nota: 7/10

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Leia também: Matador de Aluguel | O bar realmente existe? Entenda


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