Viúva Negra e a importância do protagonismo feminino nos filmes de super-heróis

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Após 10 anos, e depois de muitos adiamentos, finalmente os fãs vão poder se emocionar com o filme solo de Viúva Negra. O longa que destaca o protagonismo feminino chega aos cinemas neste 9 de julho, e também no Disney+ pelo premier access da plataforma.

Já faz um tempo que o feminismo vem ganhando força na sociedade, e ele não poderia estar de fora das produções de cinema. Assim como no esporte, na cultura as mulheres também são rebaixadas, por mais que tenham protagonismo ou o mesmo destaque, os seus salários são inferiores. Além dos diversos casos de abusos acometidos por trás das câmeras.

Machismo no universo de super-heróis

Sendo assim, o universo de super-heróis está sob pressão para destacar suas personagens femininas. Ao que deveria ter acontecido bem antes, e sem pressão. Mas, diferente da DC, que já vem investindo no protagonismo feminino há um tempo, como Mulher-Maravilha e Aves de Rapina. A Marvel parece ter um bloqueio, além de muito machismo, para investir em produções protagonizadas por mulheres.

Para mostrar que dá valor para as mulheres”, a Marvel decidiu acrescentar uma cena de cinco minutos em Vingadores: Ultimato com todas as heroínas reunidas. Uma cena grotesca, diga-se de passagem, como se isso fosse suficiente para reparar os erros.

Hulk, Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Homem-Formiga, Homem-Aranha e Vingadores são algumas sagas que destacam o homem, e por poucos minutos apresentam uma personagem mulher. Isso para apenas dizer “olha mulheres, vocês também estão por aqui”.

No entanto, já se foi a era de menosprezar as heroínas ou não investí-las como deveriam. E, diferente do que fizeram com o filme solo de Capitã Marvelpara inserí-la em Vingadores, o estúdio precisa dar atenção a esse protagonismo. Heroínas devem ter filmes solos, devem ter sagas e com certeza são personagens incríveis que merecem ser vistas.

É necessário valorizar personagens femininas

Investir no protagonismo feminino não é apenas dar ouvido aos fãs que tanto querem, mas desconstruir o machismo existente no universo de super-heróis. O filme solo de Viúva Negra é tardio, e não por causa da pandemia, mas porque a heroína merecia ter sua história contada faz tempo. A Marvel esperou a morte e a pressão dos fãs bater na porta para dar o pontapé inicial.

Por mais que o estúdio esteja (agora) investindo no protagonismo feminino, por exemplo na Feiticeira Escarlate, Mrs. Marvel, Mulher-Hulk e Jane Foster como Deusa do Trovão, ainda está longe, muito longe do ideal. E isso não vale só para a Marvel, mas para DC e todas as outras produtoras de séries e filmes de super-heróis que estão por aí.

A personagem Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) sempre teve muita bagagem para ser contada, e infelizmente, a Marvel não deu valor à isso e se perdeu. O filme solo da heroína só escancara a corrida contra o tempo que o estúdio está percorrendo para reparar os erros, além da necessidade existente em valorizar essas histórias.

Os fãs não terão mais histórias da Viúva Negra, contudo, espera-se que outras personagens tão incríveis quanto tenham suas histórias contadas e não desperdiçadas. Que venha a fase 4 do MCU com muito protagonismo feminino!

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