[EXCLUSIVO] Aline Diniz e Erico Borgo falam sobre ‘Carenteners’, comédia romântica sobre a pandemia

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Nesta sexta-feira (26), o Pipocas Club pôde participar de uma coletiva de imprensa totalmente online sobre a nova e divertida série da Warner Channel Brasil intitulada ‘Carenteners’, que se trata de uma história de amor em época de pandemia, com dois personagens que estão dando início a um relacionamento quando o mundo se vê preso dentro de casa por conta da quarentena provocada pelo novo coronavírus (COVID-19).

Com uma linguagem moderna e divertida, a série tem produção executiva dos ex-Omelete Aline Diniz e Erico Borgo e os episódios curtos (de mais ou menos 5 minutos), serão exibidos todas às terças e quintas, às 21h40 na Warner Channel. Porém, caso tenha perdido algum (ou queira ver o de quinta com antecedência), todos também serão disponibilizados no canal do YouTube da Warner nas quartas-feiras.

Sobre como surgiu a ideia de mergulhar de cabeça em algo tão atual, Silvia Fu (diretora de conteúdo da Turner Brasil) nos contou que estavam buscavam algo novo, diferente, mas que fosse um grande entretenimento para as pessoas nessa quarentena.

“A ideia surgiu em uma conversa despretensiosa da Aline com o Erico, sobre fazer algo totalmente online e que fosse de comédia. O desenvolvimento foi bem rápido e ágil, assim como a série em si, que reflete o momento que estamos vivendo, enquanto estamos vivendo. Questão de uma semana entre a ideia ter sido lançada e começarmos a produção a partir de roteiros de um dos nossos roteiristas, o Felipe Castilho”.

A seleção do elenco também foi algo rápido, porém trabalhoso, já que a produção é feita 100% de forma online, respeitando as normas de distanciamento social por conta da pandemia, ou seja, além de atuar, os escolhidos precisariam emprestar suas casas e suas vidas pessoais para a construção dos personagens da série.

“Entre outras coisas, a série fala sobre o excesso de informação que existe no home office e como é difícil manter a atenção com as multitelas. É um projeto que dá trabalho, temos um integrante mora no Rio de Janeiro[e os demais em São Paulo], mas tudo está sendo feito remotamente, respeitando os protocolos de segurança. Os próprios atores se gravam, se conectam na rede, arrumam a luz e emprestam suas casas para construir os cenários, de certa forma, é algo muito íntimo. Pouca coisa da vida pessoal deles foi mexida. A casa é deles, os móveis…. ou seja, isso une o elenco aos personagens”.

Disse Erico Borgo, produtor executivo, que também ressaltou o quão diferente está sendo fazer algo totalmente via internet.

Mas e o elenco escolhido, está se divertindo ou está sendo mais estressante ter que criar uma rotina de gravação em sua própria casa? Bom, segundo a atriz Ana Tardivo, que dá vida à protagonista Cecília, está sendo um desafio satisfatório:

“Para mim, fazer algo assim é como fazer uma revolução na arte. É um grande privilégio estar trabalhando nessa quarentena e ainda mais nesse projeto que mostra que é possível fazer algo maravilhoso dessa forma, com a tecnologia. Eu nunca fui uma pessoa tecnológica, estou aprendendo na prática, mas a equipe está incrível e me ajudando a construir essa personagem. A gente grava sem saber como vai sair, mas a gente sente que vai dar tudo certo. É um momento em que estamos todos juntos e essa série mostrar exatamente essa união. A arte é o que dá esse alívio para mundo, por isso tão importante esse projeto acontecer agora”.

Já o ator Mateus Sousa, que vive Marcos, a outra ponta do casal protagonista, além de desafiador, disse estar aprendendo a dar mais valor à todos os profissionais de um set de gravação, afinal, agora é ele que precisa fazer tudo sozinho antes de dar play na câmera.

“Nunca imaginei que fosse fazer algo assim, mas agradeço muito a oportunidade. É um trabalho desafiador. Nesse trabalho exige muito mais do que apenas ler texto e atuar, nosso foco está em tudo e está servindo para ampliar meu olhar sobre como funciona o audiovisual”.

Sobre os desafios de construir um personagem que tem um relacionamento à distância, Mateus contou:

“O Marcos é impulsivo, com alma de criança. Eu passei por um namoro virtual de 1 ano e meio e estou trazendo isso para meu personagem. Tanto o lado bom quanto o ruim de namorar pela internet. É uma série atual pois todos estamos passando pela mesma situação nesse momento cinza, por isso estamos trazendo cor para contar essa história importante e alegrar a noite das pessoas que estão de quarentena em casa”.

Aline Diniz, uma das produtoras executivas, contou como a projeto nasceu rápido e como foi corrido fazer ele sair do papel com urgência, para não perder o hype do momento.

“Demorou menos de um mês para um episódio nascer. O primeiro episódio durou cerca de 4 dias de gravação. Tendo em vista que geralmente se leva 18 meses para um projeto normal, de uma série convencional, ganhar vida. Só para curiosidade, começamos a produção de ‘Carenteners’ em abril desse ano, ou seja, é muito recente”.

Esse imediatismo leva a perguntar se ‘Carenteners’ tem data de validade. Se, após a pandemia, a série irá perder a relevância ou o público vai olhar para esse momento com nostalgia. Sobre isso, Silvia diz:

“Sim, é importante manter essa série agora que muitas estão sendo canceladas e adiadas. Decidimos dar algo novo para o pessoal se distrair e se identificar, mas acho que a história evolui junto com as pessoas. Esse momento que estamos será sempre lembrado e talvez as pessoas assistam depois com certa nostalgia de como foi o isolamento social. Acho que, mesmo após o fim desse período, a história pode continuar de outras formas. Por exemplo, temos a websérie ‘Web Therapy’, da atriz Lisa Kudrow (Friends), que usa um modelo parecido e que funciona em qualquer momento, é isso que estamos buscando”.

Sobre como os roteiros se relacionam com o que vemos na tela, especialmente pelo formado da série ser no modelo “screen life”, adotado em filmes como ‘Amizade Desfeita’ e ‘Buscando…’, Erico conta como a história no papel se transforma em algo visualmente interessante:

“O roteiro se preocupa em pensar qual o formato as pessoas vão assistir e como funciona as redes socais. Há muita conversa entre o diretor e os roteiristas para saber se o que estão planejando é possível. Esse formato sempre foi planejado para ser assim, em screen life, sempre foi nossa intenção desde o começo. Pode não parecer, mas tem muito trabalho na pós [produção]. Tem episódio que precisa ser trabalhado três vezes para funcionar, já que os atores não estão se vendo nas gravações.

A linguagem jovem é algo meio Tik Tok e funciona super bem para quem tem essa bagagem atual. Fico imaginando daqui a 20 anos como vai ser ver algo assim, acho que ainda será divertido”. Já Aline completa que os próximos episódios irão abordar outros temas do Brasil atual além da pandemia: “Não quero dar spoilers, mas iremos também tratar assuntos atuais além do coronavírus, como o momento político em que vivemos”.

Para finalizar o bate-papo descontraído, Silvia responde se há planos para uma possível segunda temporada de ‘Carenteners’:

“Isso é a audiência que vai nos dizer. Se todos gostarem do que estamos fazendo e tiver uma boa resposta, pode ter sim. Mas a primeira fase da história se encerra mesmo com esses 10 episódios. O futuro seria algo novo. Mas sim, se conquistar o público, podemos voltar para fazer mais capítulos, mesmo pós-pandemia”.

Vale lembrar que ‘Carenteners’ conta com 10 episódios e vai ao ar às terças e quintas, às 21h40, logo após ‘The Big Bang Theory’, a partir de 30 de junho na tela da Warner Channel. Todos os episódios também serão disponibilizados no canal do YouTube da Warner Channel nas quartas-feiras.

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