Crítica | ‘Exterminador do Futuro: Destino Sombrio’ é pipocão e agrada na ação

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Um robô enviado do futuro para matar o líder da raça humana em um futuro pelas máquinas. Essa é a trama que conhecemos desde 1984 e que vem se repetindo com pouquíssimos mudanças nos últimos 30 anos. Em Exterminador do Futuro: Destino Sombrio a franquia busca se reinventar assumindo o manto de sequência direta de seu segundo filme e rechaçando tudo que foi produzido após o longa de 1991. Despretensioso e divertido, Destino Sombrio agrada como um bom filme de ação. 

Em 2019, um exterminador é enviado para matar Dani Ramos. Em defesa da jovem, Grace, uma humana modificada mecanicamente também viaja no tempo para garantir sua sobrevivência. No meio desse duelo pela vida da mulher responsável por garantir o futuro da humanidade, chega Sarah Connor, outrora mãe do líder da resistência. 

Pelo fato de já estar enraizado na cultura popular, o novo longa da franquia exterminador do futuro não tenta se alongar em seu conceito na viagem no tempo. Isso ajuda não só a deixar o filme mais fluido como também tentar desenvolver mais seus personagens novos. 

Grace, a humana modificada, rouba a cena, se pondo como uma mulher forte, mas menos fria do que a já calejada Sarah Connor. Sarah, que volta a ser interpretada por Linda Hamilton, também merece o destaque, sendo mais uma vez a mulher forte da trama, só que muito mais amargurada diante da possibilidade de um futuro apocalíptico. Do trio de protagonistas o elo mais fraco é Natalia Reyes, que interpreta Dani Ramos. A mulher que deve ser protegida funciona mal como vítima e pior ainda como líder. A fraca atuação tem ainda mais destaque por estar ao lado de outras atrizes com mais presença de cena. 

Arnold Schwarzenegger reprisa mais uma vez o papel do T-800, mas porque é simplesmente impossível fazer um filme da franquia sem ele. Mas a presença do exterminador clássico não só é diminuída por já estar anunciada aos 4 ventos desde o início da produção de Destino Sombrio como pela falta de necessidade de sua existência. Gabriel Luna, o exterminador novo, sofre do mesmo problema de todo ator que tenta ser uma máquina de matar depois do segundo filme da franquia: falta a frieza de um robô. 

A direção de Tim Miller merece elogio pelas boas cenas de ação, principalmente no início do filme, que conseguem passar o pavor de enfrentar algo que você não pode destruir. Com muita pirotecnia, mas sem exagero de elementos na tela, é possível que o espectador consiga entender todos os combates e conflitos acontecendo na sua frente. Apesar disso, a falta de uma pausa para respirar no último terço do filme acaba tirando um pouco do impacto do que deveria ser o clímax. 

A trilha é outro elemento que merece destaque por mesclar os temas clássicos dos filmes anteriores com novos arranjos para os personagens que estrelam esse filme. 

Pipocão como deveria ser, Exterminador do Futuro: Destino Sombrio não busca ser um novo dia do julgamento e acerta em cheio nisso. 

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