O MENINO QUE MATOU MEUS PAIS

#Crítica

Por: Thiago Muniz

Do romance intenso ao crime impetuoso, o longa brinca com gêneros e entrega uma salada de qualidade, um filme nacional que não perde para nenhum thriller de suspense estrangeiro, que só peca por demorar para encontrar o lado mais humano da protagonista."

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Dessa densidade de enredo e na pressa para cobrir os principais recortes do romance e do assassinato, a narrativa acaba se tornando corrida, sem freio e que apenas recupera o ritmo no segundo ato. No começo, Suzane parece deslocada dentro de sua própria história e a trama tenta encontrar uma forma de humanizá-la sem passar pano

trama

Carla Diaz se entrega com vigor e nos afasta do rostinho doce que nos acostumamos no BBB. Sua performance rouba a cena, e a atriz faz sotaque paulista carregado, exibe seu corpo nu e prova que este é, de fato, o papel de sua vida e que deve alavancar sua carreira para obras dramáticas e adultas. Uma grata surpresa.

elenco

O cineasta Maurício Eça (Carrossel: O Filme) capta com precisão todas as sensações da história e deixa o mistério ser criado em torno de como, de fato, aconteceu o crime, uma vez que já sabemos o desfecho. A fotografia carregada dá identidade e as cores são bem utilizadas.

direção

Carla Diaz, essa é uma estrela completa. Se Suzane pudesse assistir, no canto de seu lábio brotaria um leve sorriso, tenho certeza. Mas entenda, em nenhum momento os capítulos passam pano para o crime ou defendem assassinos confessos.

veredito

NOTA: 7/10