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‘Um Rio de Janeiro’, estrelado por Humberto Carrão e Regina Casé, inicia as filmagens

As filmagens de “Um Rio de Janeiro”, novo longa-metragem dirigido por Angelo Defanti, estão em andamento e prometem um retrato instigante e multifacetado da capital fluminense.

A produção da Sobretudo Produção se baseia no romance Vento Sudoeste, de Luiz Alfredo Garcia-Roza, e conta com um elenco de peso liderado por Digão Ribeiro, Humberto Carrão, Regina Casé, Drica Moraes, Enrique Diaz e Pedro Ottoni.

Sobre Um Rio de Janeiro

Com locações que vão de Copacabana a Bangu, o filme busca explorar “dois rostos do Rio”, segundo o próprio Defanti — o cartão-postal presente no imaginário popular e o território ainda pouco retratado no cinema. É nesse contraste que se desenvolve a trajetória do protagonista Gabriel, interpretado por Digão Ribeiro, cuja vida é tomada por uma inquietante profecia.

Na trama, Gabriel tenta se entregar à polícia por um crime que ainda não cometeu. Um vidente previu que ele mataria alguém em seis meses, e, atormentado pela premonição, o personagem se vê a poucos dias do suposto desfecho. A partir dessa premissa, Defanti constrói um drama com toques de suspense, humor e realismo, que reflete sobre o destino, a culpa e a repetição dos ciclos sociais e pessoais.

“Garcia-Roza sempre escreveu impregnado pelos modos e pela geografia do Rio, mas se mantinha em Copacabana. No filme, esse território se amplia e agrega Bangu como novo eixo, conectando duas faces da mesma cidade”, explica o diretor.

Com quatro semanas de ensaio sob preparação de Nina Kopko, o elenco desenvolveu laços afetivos que reforçam o naturalismo da obra. “O processo de formar a família do protagonista foi especialmente bonito e afetuoso. Digão, Pedro e Regina criaram uma cumplicidade fora do set, e isso aparece nas cenas. Queríamos um tom de realismo que chocasse com as situações absurdas que o roteiro propõe”, conta Defanti.

O diretor, que volta à ficção após o premiado O Clube dos Anjos, destaca que o novo filme também funciona como um espelho do Brasil contemporâneo: “Gabriel acredita estar preso a uma profecia, e o país inteiro parece viver algo semelhante, como se estivéssemos condenados a repetir os mesmos erros e violências. O filme fala desse sentimento de impotência, mas também da vontade de resistir. O humor segue sendo uma das formas mais sofisticadas de inteligência coletiva no Brasil.”

As filmagens de Um Rio de Janeiro começaram em 13 de outubro e seguem até 16 de novembro. Segundo Defanti, o longa nasce do reconhecimento da impossibilidade de capturar a totalidade da cidade: “Seria ingênuo achar que um filme conseguiria abraçar o Rio inteiro. Um Rio de Janeiro é apenas um entre tantos outros que acontecem todos os dias.”

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“Ainda Não é Amanhã”, de Milena Times, estreia na faixa Negritudes do Canal Brasil

O Canal Brasil exibe na próxima segunda-feira, 27 de outubro, a partir das 20h, uma nova edição da faixa Negritudes, programação mensal dedicada à celebração da cultura negra e à diversidade de vivências no Brasil e no mundo. Entre os destaques da noite está a estreia do longa Ainda Não é Amanhã, dirigido por Milena Times, que abre a sessão.

O filme acompanha Janaína, jovem de 18 anos que vive com a mãe e a avó na periferia de Recife. Ao conquistar uma bolsa para cursar Direito, ela acredita estar prestes a transformar o destino da família, mas seus planos mudam com uma gravidez inesperada, que coloca em xeque suas ambições e revela os desafios da maternidade e da desigualdade social sob uma perspectiva feminina e periférica.

Em seguida, a programação apresenta o longa “Crônicas de Uma Jovem Família Preta”, de Davidson D. Candanda, que retrata o cotidiano do casal Hellena e Lucas e do filho Dom, em uma narrativa sensível sobre amor, trabalho e resistência. Logo depois, será exibido o premiado “Café com Canela” (2018), de Ary Rosa e Glenda Nicácio, sobre o reencontro entre duas mulheres marcadas pela dor e pela esperança.

A madrugada segue com a maratona da série “Milton Nascimento – Intimidade e Poesia”, de Cleisson Vidal e Leonardo Carvalhosa, que acompanha o cantor em turnê pelos Estados Unidos, revelando bastidores, reflexões e momentos de afeto do artista.

A sessão também inclui o longa “Maputo Nakuzandza” (2022), de Ariadine Zampaulo, que entrelaça cinco histórias ambientadas na capital moçambicana, e episódios da série “TransMissão”, de Kiko Goifman e Claudia Priscilla, com participações de Rincon Sapiência, Erica Malunguinho, Camila Mantovani e Lam Matos — nomes que abordam temas como racismo, resistência, espiritualidade e masculinidades negras e trans.

Encerrando a programação, o canal exibe o show “Elza Soares – Beba-me”, registro histórico da cantora interpretando 22 sambas clássicos em arranjos vigorosos, com direção de José Miguel Wisnik e Wadim Nikitin.

Com curadoria que valoriza narrativas negras e periféricas em múltiplas linguagens, a faixa Negritudes reafirma o compromisso do Canal Brasil em dar visibilidade a produções que celebram a identidade, a ancestralidade e a potência da arte negra.

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Cineasta suiço Fabrice Aragno participa de bate-papo na 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

O cineasta suíço Fabrice Aragno participa, na próxima segunda-feira (27), de uma conversa com o público durante a 49ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

O encontro acontecerá logo após a exibição conjunta de seu longa-metragem ficcional O Lago e do curta documental Atelier Rolle, uma Jornada, às 21h10, na Sala 1 do Espaço Petrobras de Cinema (Rua Augusta, 1475). A conversa será mediada pelo realizador Gabe Klinger, e a participação está vinculada ao ingresso da sessão.

Aragno é conhecido por sua estreita colaboração com o lendário cineasta Jean-Luc Godard, tendo trabalhado em obras marcantes da fase final do francês, como Filme Socialismo (2010, 34ª Mostra), Adeus à Linguagem (2014) e Imagem e Palavra (2018, 42ª Mostra). Nessas produções, atuou em diferentes funções — de montador e diretor de fotografia a engenheiro de som e produtor.

Dessa parceria nasceu o curta Atelier Rolle, uma Jornada, codirigido com Jean-Paul Battaggia, que conduz o espectador por uma viagem poética e sensorial pelo estúdio de Godard em Rolle, na Suíça. O espaço é apresentado como uma verdadeira “floresta interior de cinema”, onde se misturam sombras, luzes e memórias do processo criativo do mestre franco-suíço.

O Lago, primeiro longa de Aragno, acompanha um casal que participa de uma competição de vela e vive dias e noites intensos em meio à imensidão de um lago. O filme conquistou menção especial do júri ecumênico no Festival de Locarno, destacando-se por sua abordagem contemplativa e visualmente refinada.

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Crítica | Springsteen – Drama tropeça no ego e chega a lugar nenhum

Se terapia tivesse virado tendência mais cedo, provavelmente metade dos artistas nem teria existido. Da dor nascem grandes canções, da tragédia vêm os filmes que agarram a gente pelo colarinho. Já do ego surgem aquelas cinebiografias grandiosas que juram que seu protagonista é um espetáculo, mesmo quando o brilho não é tão forte assim.

Bruce Springsteen vem tentando há algum tempo transformar sua trajetória de astro do rock em narrativa de cinema. Ele foi figura importante dentro de um movimento contracultural nos Estados Unidos, isso ninguém discute, mas seu caminho até a fama não chega exatamente a pedir uma versão IMAX com som estourando e câmera nas alturas.

Springsteen: Salve-me do Desconhecido aposta em um drama mais introspectivo, que acompanha o processo criativo do músico com toda a reverência possível. O problema é que falta conflito. Falta aresta. Falta aquela fagulha de caos que faz a gente acreditar que ali houve luta de verdade.

A história, baseada em fatos, vende dificuldade com tanta convicção que quase convence. Quase. Springsteen continua sendo um storyteller irresistível, alguém que sabe como poucos moldar a própria lenda. Só que o filme, em contrapartida, escorrega para a superfície, sem mergulhar de fato em nada. Raso nível poça d’água.

Os acertos e erros de Springsteen: Salve-me do Desconhecido

Para começo de conversa, assim como tantos projetos recentes fabricados em laboratório para seduzir os votantes do Oscar, o longa também parece carregar uma segunda missão: transformar Jeremy Allen White (O Urso) em estrela definitiva do cinema. O ator entrega tudo no que pode, corpo e alma em modo dedicado, só que o filme insiste em deixá-lo preso ao mínimo, como se tivesse medo de permitir que ele ultrapassasse o palco.

Springsteen: Salve-me do Desconhecido não se posiciona como a jornada de um homem atormentado em busca de reconciliação com seu passado, nos moldes de Better Man – A História de Robbie Williams ou, de forma ainda mais evidente, Um Completo Desconhecido, obra sobre Bob Dylan que parece ter servido de molde para este aqui. A produção até flerta com daddy issues e tenta espremer alguma tragédia paterna para temperar a narrativa, porém o centro de tudo é, obviamente, a depressão.

Curioso que, mesmo sendo esse o âmago emocional do protagonista, o roteiro pisa em ovos o tempo todo. Circula a escuridão, mostra a sombra, mas jamais ousa nomeá-la. A palavra “depressão” parece proibida no set, como se reconhecê-la fosse colocar o filme diante de um abismo mais complexo do que está disposto a encarar. Quase que covarde demais para aceitar a dor de seu protagonista e suas fragilidades humanas.

O filme constrói uma narrativa carregada, apostando na tensão entre a ambição artística de Springsteen, seu ego generoso e a tentativa constante de extrair drama de um passado que talvez não renda tanto assim. Quando se supera essa carência de conflitos, a história até consegue engrenar uma jornada minimamente envolvente, muito graças ao trabalho de Allen White, que carrega melancolia no olhar como um fardo impossível de largar.

Stephen Graham (Adolescência), como o pai alcoólatra e mergulhado na masculinidade tóxica, eleva ainda mais o material sempre que aparece. Springsteen só deseja ser amado e reconhecido por um pai incapaz de demonstrar afeto, porém esse dilema se revela frágil demais para justificar a quantidade de traumas que o roteiro insiste em jogar na mesa. O protagonista é, apesar do talento transbordando e da visão artística ousada, um sujeito não exatamente magnético de acompanhar. O filme não faz esforço para torná-lo mais atraente, ou talvez simplesmente não consiga.

Sob a direção de Scott Cooper, de O Pálido Olho Azul, Springsteen: Salve-me do Desconhecido concentra sua atenção em um trecho da vida e da carreira de Bruce: os dois anos em que ele concebeu aquele que seria seu álbum mais experimental, Nebraska, de 1982. Bruce está a poucos passos de se tornar um ícone absoluto do rock, só que sua fixação é outra. Ele busca criar algo que dialogue com sua infância difícil, com o pai violento, com as feridas que nunca cicatrizaram. A música precisa ser crua, brutal até, e sair direto do peito.

O filme, longe de apostar nos shows como espetáculo cinematográfico, escolhe o caminho da simplicidade. Intimista, básico, terreno. O que poderia ser uma limitação se transforma quase em argumento: não estamos diante de uma cinebiografia pirotécnica sobre um mito do rock, mas do retrato de um compositor imperfeito enfrentando suas próprias rachaduras. O problema é que tudo acontece em um ritmo tão lento e tão monocromático quanto a tristeza que o move. O resultado dá vontade de pedir para acelerar a vitrola só um pouquinho.

Veredito

Springsteen: Salve-me do Desconhecido até tem coração e tem intenção, elementos que já faltaram em filmes muito mais barulhentos sobre grandes nomes da música. A escolha por um recorte intimista e por uma mise-en-scène quase antiespetacular pode até desagradar quem espera solos de guitarra e plateias aos pulos, mas existe algo honesto na tentativa de olhar por dentro do mito e humanizá-lo. O problema é que esse mergulho nunca passa da cintura.

A obra promete profundidade emocional, mas se contenta com a superfície brilhante do gelo. Jeremy Allen White se desdobra para entregar mais do que o roteiro permite e Stephen Graham surge como quem salva o jogo no último minuto, embora ainda falte calor, risco e algum tipo de tempestade narrativa para justificar tanta reverência ao cantor de rock.

No fim das contas, é um filme que quer falar sobre depressão, mas se esconde da própria tristeza. Quer explorar traumas, mas parece sempre pedir desculpas por incomodar. A sensação é de que o longa quer muito ser o trabalho mais vulnerável de Springsteen, só que sem ficar vulnerável de verdade.

A cinebiografia funciona como curiosidade, como recorte histórico e como performance de dois atores em excelente forma, porém carece de pulseira e senha para entrar no clube das grandes histórias do gênero. Quem sabe, em outra vida, com mais conflito e menos polimento, esse mesmo filme teria sido aquele hino catártico que Springsteen tanto deseja cantar? Quem sabe com menos ego?

Nota: 5/10

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Festival Turá 2025 reúne mais de 20 mil pessoas em fim de semana de celebração da música brasileira

Foram dois dias para brindar a cultura brasileira em todas as suas misturas. Na segunda edição em Porto Alegre, o Festival Turá mostrou que vai muito além da música.

O evento apresentado pelo Banco do Brasil, realizado pela T4F e pela Maia Entretenimento, colocou no mesmo espaço bloco de carnaval, roda punk, emocore, reggae, groove e samba. Tudo isso diante do cenário natural do Anfiteatro Pôr do Sol, com direito a arco-íris atravessando o fim da tarde e o sol desaparecendo atrás do Guaíba enquanto o público vivia momentos inesquecíveis.

Mais de 20 mil pessoas passaram pelo festival no sábado e no domingo, 25 e 26 de outubro. Foram mais de 20 atrações, mostrando um line up totalmente nacional que uniu grandes nomes e talentos em ascensão. A festa começou com a Ultramen e sua mistura esperta de rap, reggae e samba, seguida do poder feminino do bloco Não Mexe Comigo Que Eu Não Ando Só. O clima permaneceu lá em cima com o suingue do trio Os Garotin, o reggae e as canções românticas de Armandinho e, depois, a catarse coletiva com os sucessos emocore da Fresno.

Quando a noite chegou, Alcione entregou um dos shows mais aguardados do sábado, transformando o anfiteatro em um grande templo do samba. A Marrom ainda surpreendeu com o clássico Canto Alegretense e um momento histórico ao dividir o palco com Lucas Silveira, vocalista da Fresno, para cantar Evidências. O encerramento da primeira noite trouxe uma experiência única com o espetáculo Nossa cultura em primeiro lugar, guiado pela força do BaianaSystem. A apresentação marcou o reencontro do grupo com Porto Alegre depois de sete anos.

No domingo, a programação começou com a Dingo colocando todo mundo para dançar. O bloco carnavalesco Turucutá manteve o ritmo e abriu caminho para o retorno da Cachorro Grande em formação clássica. Na sequência, Nando Reis uniu gerações em coro com Luz dos Olhos, Por Onde Andei e Relicário.

Mais tarde, Mano Brown apresentou um show potente, acompanhado por bailarinos e pelos MCs Lino Krizz e YLSAO. Silva trouxe leveza e romantismo com sucessos próprios e releituras que atravessam décadas. A grande despedida ficou nas mãos de Ney Matogrosso, que encerrou a noite em clima de pura celebração com o show Bloco na Rua, deixando o público extasiado.

A maratona sonora foi intensa. Mais de 10 horas de música por dia, incluindo DJs que transformaram os intervalos do palco em pista de dança. Festas tradicionais da cidade marcaram presença com sets especiais: Espartano por Johnny 420, Cortex por Gilzerax, Tieta por Joelma Terto, Neue por JP Florence, Beco por Schutz e Akeem, BoomRap por Milkshake, Cadê Tereza? por Nanni Rios e Blow Up por Claus Pupp e Mely Paredes.

Segundo Maitê Quartucci, head de shows nacionais da T4F, o retorno do Turá a Porto Alegre teve um significado especial. “Depois da enchente e de tantos desafios, foi emocionante reencontrar o público. Conseguimos montar um line up muito especial e transformar a cidade na capital da música brasileira por dois dias, com direito a arco-íris e pôr do sol como presente.”

Gustavo Sirotsky, diretor da Maia Entretenimento, reforça o sentimento de missão cumprida. “Celebramos a cultura brasileira em todos os sentidos, com música, gastronomia e experiências para todos. Vivemos momentos muito diferentes neste fim de semana e já estamos pensando no futuro, porque Porto Alegre merece novas experiências como esta.”

A gastronomia foi uma aliada forte nos dois dias de festa. As tendas ofereceram comidinhas brasileiras assinadas pelo Tangamandápio, hambúrgueres do De Rua e do Burger 35, pizzas da Ciao Slice Shop, hot dogs do Cachorro do Bigode, churros e pastéis da Senhora’s e sobremesas da Sorveteria 35. Quem quis recarregar as energias encontrou redes e bancos espalhados pelo gramado, além de muita gente curtindo os shows em cangas estendidas.

As marcas parceiras também movimentaram o público com ativações espalhadas pelo anfiteatro. O Banco do Brasil, em parceria com a Visa, apostou em tecnologia e brasilidade. A Chevrolet apresentou o Spark, seu novo SUV 100% elétrico, com jogos e desafios. A Schweppes assinou drinks exclusivos. A Pullman Artesano distribuiu kits especiais com o novo Artesano Brioche. A Elev Energy Drink levou seu novo Pink Lemonade Zero Açúcar para quem precisava daquela força. Corona garantiu o brinde gelado e, logo no começo do evento, a Ambev promoveu degustação da Flying Fish, sua nova cerveja saborizada.

A estrutura foi bastante elogiada, com pontos de hidratação oferecendo água gratuita, iniciativas de sustentabilidade, acessibilidade garantida e mais uma edição da parceria com a plataforma Livre de Assédio, que trabalha pela prevenção de qualquer forma de discriminação garantindo que todos curtam com segurança e liberdade.

O Turá encerrou sua segunda passagem por Porto Alegre com a sensação de que a música brasileira encontrou, mais uma vez, seu lugar perfeito às margens do Guaíba.

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Mostra de Tiradentes ganha prêmios inéditos para destacar a renovação do cinema nacional

Entre os dias 23 e 31 de janeiro de 2026, Tiradentes (MG) — patrimônio histórico e um dos destinos mais encantadores de Minas Gerais — volta a se transformar em ponto de encontro da criação audiovisual contemporânea. Em meio à arquitetura barroca e à atmosfera cultural única da cidade, acontece a 29ª Mostra de Cinema de Tiradentes, espaço de referência para o debate e a exibição do que há de mais ousado no cinema nacional.

Nesta edição, o festival ganha um importante reforço. Em parceria com a Universo Produções, a Embratur anuncia a criação de dois Prêmios Embratur, que totalizam R$ 40 mil, voltados à promoção e ao reconhecimento da produção audiovisual como um dos grandes cartões de visita do Brasil no exterior.

A iniciativa destaca a pluralidade cultural do país, a diversidade de linguagens e a constante renovação do cinema brasileiro. Para Marcelo Freixo, presidente da Embratur, o apoio à Mostra é estratégico:


“Os prêmios serão concedidos aos vencedores das duas principais mostras competitivas de longas-metragens, reconhecendo novos talentos e obras de vanguarda. Estamos divulgando um Brasil cuja riqueza cultural pulsa, se reinventa e conquista o mundo”.

Freixo também ressalta o impacto da Mostra na promoção do destino Tiradentes:

“O audiovisual é vetor fundamental para projetar a identidade, a diversidade e a criatividade brasileiras no cenário internacional, despertando o interesse de viajantes em vivenciar a cultura do país. É uma maneira de apresentar a genialidade de nossos cineastas e, ao mesmo tempo, a hospitalidade, a gastronomia e a história que fazem de Tiradentes um verdadeiro cenário de cinema.”

Para Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora da Mostra, a parceria amplia o alcance do evento:


“Esses prêmios consolidam uma integração essencial entre audiovisual e turismo cultural. A Mostra segue como espaço de descoberta, reflexão e difusão da produção brasileira, celebrando a criatividade, a diversidade e o olhar transformador dos nossos realizadores.”

Prêmios Embratur

Melhor Longa da Mostra Aurora – R$ 20 mil
Voltado a diretores e diretoras estreantes de longas-metragens de ficção ou documentário, o prêmio reconhece novos talentos que renovam a estética do cinema brasileiro. A Mostra Aurora é referência nacional por apresentar vozes autorais e discursos inovadores.

Melhor Longa da Mostra Olhos Livres – R$ 20 mil
Destinado a filmes que se destacam pela liberdade estética, pela experimentação e por novas abordagens narrativas. A Mostra Olhos Livres valoriza o risco criativo e obras que transitam com ousadia entre diferentes gêneros e formatos.

Sobre a Mostra de Cinema de Tiradentes

Considerada o maior evento dedicado ao cinema brasileiro contemporâneo, a Mostra chega à 29ª edição com programação gratuita, em formato presencial e online. São pré-estreias mundiais e nacionais, homenagens a personalidades do audiovisual, debates, seminários, oficinas, Mostrinha de Cinema, Conexão Brasil CineMundi, Fórum de Tiradentes e atividades artísticas — uma plataforma completa de formação, reflexão e difusão do cinema produzido no país.

Mais informações e detalhes da programação: www.mostratiradentes.com.br

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Crítica | Bom Menino – Terror para cachorro nenhum botar defeito

Em meio a uma enxurrada de remakes, reboots e continuações que insistem em reciclar as mesmas histórias, Bom Menino (Good Boy) talvez seja um dos poucos filmes desse ano que realmente tenta algo novo – e criativo, diga-se de passagem. A combinação de um filme “feel good” com um cachorro como protagonista e um terror sobrenatural de casa mal-assombrada visto pelos olhos do próprio animal, não só parece uma ótima ideia, como faz a gente se perguntar por que ninguém apostou nisso antes.

Claro que é preciso criatividade para manter essa proposta de pé, e o filme até escorrega em algumas repetições (e olha que a duração é curta). Ainda assim, a atmosfera de horror funciona tão bem, com aquela cara de produção independente que abraça o bizarro com paixão. E Indy, o grande protagonista de quatro patas, entrega uma performance tão autêntica — porque ele realmente parece estar vivendo aquele pesadelo todo — que fica impossível não torcer por ele.

Os acertos e erros de Bom Menino

Sair da caixinha ainda é um ato de coragem dentro do cinema hollywoodiano. Mesmo que isso não garanta grandes bilheterias, ao menos surge algo novo e instigante o bastante para justificar a ida ao cinema.

O novato Ben Leonberg, diretor e corroteirista, conduz Bom Menino com uma sensibilidade absolutamente inesperada: a câmera se mantém sempre na altura e no olhar do cachorro, criando uma imersão que valoriza a experiência do protagonista de quatro patas. Ele evita o caminho fácil dos sustos barulhentos e aposta em uma atmosfera mais pesada, sinistra, explorando sombras, silêncio e espaços apertados, e o resultado é que nós e o doguinho nos assustamos juntos.

Mesmo com um enredo um tanto quanto minimalista, a narrativa funciona muito bem justamente por não perder tempo explicando demais o que não precisa. O foco está onde deve estar: na relação quase de “final girl” do cachorro com seu dono, que parece viver em ameaça constante. Essa escolha simples, mas muito eficiente, transforma o filme em algo deliciosamente especial.

A trama, por sua vez, acompanha o dono de Indy, Todd (vivido pelo próprio diretor), viajando para uma cabana isolada que pertenceu ao seu avô. O problema é que, junto com o imóvel, veio também uma entidade maligna que assombra o lugar, e Indy parece ser o único capaz de enxergar e interagir com essa presença dark. Sempre em alerta para proteger seu humano, o cachorro coloca o corpo e os instintos à prova diante de acontecimentos cada vez mais perturbadores que passam a rondar a casa e a rotina da dupla.

Com a câmera em “primeiro cachorro”, o terror se constrói pela perspectiva de Indy, que sente, se assusta e entrega uma performance mais convincente do que Jared Leto em Tron: Ares, ou em qualquer outro filme, sejamos sinceros. Indy é o protagonista absoluto, e o longa nunca se esquece disso. Ele não fala, não tem pensamentos narrados e não vira mascote de filme infantil; somos nós que acompanhamos suas reações, tentando decifrar junto com ele o que diabos está acontecendo naquela cabana e como isso vai acabar.

E o que mais parte o coração, ironicamente, é perceber que o terror funciona tão bem justamente porque Indy é um personagem irresistível. Mesmo com alguns clichês e sustos convencionais pelo caminho, o cachorro parece totalmente imerso no pesadelo, o que torna tudo muito mais angustiante. O trabalho de adestramento é realmente impressionante, talvez uma das melhores performances de um animal em um filme em que ele é, de fato, o centro dramático da história. Para mim, foi a mais convincente que vi.

A cabana, com seu ar pesado, depressivo e silencioso, ajuda a construir um terror atmosférico que provoca mais do que simples sobressaltos: traz aquela sensação ruim de que algo maligno está sempre espreitando, pronto para atacar. É verdade que algumas sequências acabam se repetindo, afinal, essa premissa é criativa mas tem limitações narrativas, e o filme demora um pouco a engrenar rumo ao clímax, mas a tensão constante não deixa a gente respirar, especialmente do meio para o final, com um desfecho que remete à sobrevivente de O Massacre da Serra Elétrica, de 1974.

Veredito

Bom Menino pode até não ser perfeito, mas entrega uma experiência de terror diferente, divertida e cheia de personalidade. Aterrorizante de dar calafrios e, ao mesmo tempo, comovente como os filmes de cachorro dos anos 90. Uma prova de que ainda dá para surpreender mesmo dentro de um gênero tão explorado.

O filme brinca com o conceito de casa mal-assombrada com muita engenhosidade. Dá para sentir que há liberdade criativa, especialmente no modo como a narrativa se adapta ao olhar de Indy, sem jamais abrir mão da proposta de um terror direto e simples.

Indy, por sua vez, entrega uma das melhores performances do ano, e faz isso com uma naturalidade de deixar qualquer veterano do gênero morrendo de inveja. Ele é irresistível, adorável e quase nos faz esquecer que estamos em um filme assustador. No fim, Bom Menino prova que, quando o terror chama, tem cachorro que atende melhor do que muito ator que só late e não morde.

NOTA: 8/10

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“Mãe Fora da Caixa”, com Miá Mello e Danton Mello ganha pôster oficial

A +Galeria revelou o pôster oficial da comédia “Mãe Fora da Caixa”, novo filme nacional estrelado por Miá Mello (“De Pai para Filho”) e Danton Mello (“O Velho Fusca”).

A produção chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 27 de novembro, prometendo arrancar risadas e emocionar ao retratar, com humor e sinceridade, os desafios da maternidade real.

O pôster recém-divulgado reflete o tom leve, caótico e afetuoso da história — um retrato divertido sobre como a chegada de um filho transforma completamente a vida de uma família.

Confira o pôster abaixo:

Sobre Mãe Fora da Caixa

Dirigido por Manuh Fontes, o longa é inspirado na peça homônima de sucesso protagonizada por Miá Mello e baseada no best-seller escrito por Thaís Vilarinho. O elenco também conta com Xando Graça, Malu Valle, Ester Dias, Lidiane Ribeiro e Welder Rodrigues.

“Mãe Fora da Caixa” é uma coprodução da +Galeria e Telefilms, com produção da Morena Filmes. O roteiro é assinado por Patrícia Corso, Clara Peltier e Tita Leme, inspirado na obra de Thaís Vilarinho. A produção é de Ricardo Costianovsky, Tomás Darcyl, Gabriel Gurman, Clara Ramos, Mariza Leão e Tiago Rezende, com produção executiva de Deborah Nikaido e Irina Neves (UPEX).

O filme estreia em 27 de novembro nos cinemas de todo o país, com distribuição da +Galeria.

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5 coisas que você precisa saber antes de curtir o Festival Turá em Porto Alegre

O Festival Turá está de volta! Neste fim de semana, dias 25 e 26 de outubro, o Anfiteatro Pôr do Sol será novamente o ponto de encontro da música brasileira. Serão dois dias de shows, DJs, comidas e muita energia boa às margens do Guaíba.
Para você aproveitar tudo o que o festival tem a oferecer, reunimos cinco dicas essenciais que vão deixar sua experiência ainda melhor.

1. O line-up é 100% brasileiro e 100% imperdível

O Turá é uma celebração da música nacional em todas as suas formas. No sábado, o público vai conferir BaianaSystem, Alcione, Armandinho, Fresno, Ultramen, Os Garotin e o Bloco Não Mexe Comigo Que Eu Não Ando Só.
No domingo, o palco recebe Ney Matogrosso, Nando Reis (com o filho Sebastião), Mano Brown, Silva, Cachorro Grande, Dingo e o Bloco Turucutá.
Do samba ao rap, do pop ao rock, o Turá é um retrato vibrante da diversidade musical brasileira.

2. Chegue cedo e viva o festival por completo

Os portões abrem às 12h30, e os shows começam às 13h35. Chegar cedo é a melhor forma de garantir um bom lugar, curtir o visual do Guaíba e já entrar no clima com as discotecagens entre os shows. Durante os intervalos, o som ficará por conta de DJs de festas queridas da cidade, como Espartano, Tieta, Cortex, Neue, BoomRap, Cadê Tereza?, Beco e Blow Up.

3. Prepare-se para uma experiência gastronômica à altura

O Turá também é um festival para quem gosta de comer bem. A curadoria gastronômica valoriza ingredientes locais e a comida de rua com toque autoral, oferecendo de petiscos a pratos completos, além de opções vegetarianas e sobremesas. Vale ir com fome e disposição para experimentar novos sabores.

4. Um reencontro que vai além da música

Esta edição marca o retorno do festival a Porto Alegre após quase dois anos de espera. O evento, que aconteceria em maio, precisou ser adiado devido às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Agora, o Turá volta com um significado ainda mais especial: celebrar o reencontro, a alegria e a força da cultura gaúcha. Como destaca Francesca Alterio, CEO da T4F: “Queremos que o Turá seja um momento de alegria, conexão e celebração coletiva.”

5. Vá leve, confortável e com espírito aberto

Com o sol previsto para brilhar sobre o Guaíba, aposte em roupas leves, protetor solar, óculos escuros e uma garrafinha de água reutilizável (há pontos de abastecimento no local). Mas o mais importante é levar o espírito aberto. O Turá é sobre mistura, descoberta e pertencimento, você pode ir por um artista e sair apaixonado por outro.

O Turá Porto Alegre 2025 promete dois dias de celebração à música brasileira, encontros inesquecíveis e a energia única de um festival que tem o Brasil como protagonista.

LEIA TAMBÉM: Festival Turá retorna a Porto Alegre com dois dias de celebração à música e à cultura brasileira


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Festival Turá retorna a Porto Alegre com dois dias de celebração à música e à cultura brasileira

O Anfiteatro Pôr do Sol será novamente palco de um fim de semana de pura brasilidade. Neste sábado e domingo, dias 25 e 26 de outubro, acontece a segunda edição do Festival Turá em Porto Alegre, apresentado pelo Banco do Brasil e realizado pela T4F em parceria com a Maia Entretenimento.

Celebrando a cultura, a pluralidade e a essência do país, o evento promete dois dias de muita música, gastronomia e arte, com um line-up 100% nacional que reúne mais de 20 atrações — de nomes consagrados a novos expoentes da música brasileira.

Programação

Os portões abrem às 12h30, e os shows começam a partir das 13h35 em ambos os dias.

No sábado (25), o público vai vibrar com o retorno do BaianaSystem, que se apresenta pela primeira vez em Porto Alegre desde 2017. Também sobem ao palco Alcione, encerrando a turnê que celebra seus 50 anos de carreira; Armandinho, com seu repertório solar e dançante; Fresno, com a turnê Eu Nunca Fui Embora; o trio Os Garotin, cheio de groove e swing; e a Ultramen, com seus clássicos que misturam black music, reggae, samba rock e rap. A festa ainda contará com o bloco Não Mexe Comigo Que Eu Não Ando Só.

Nos intervalos, o som fica por conta dos DJs que representam algumas das festas mais queridas da cidade: Espartano (Johnny 420), Cortex (Gilzerax), Tieta (Joelma Terto) e Neue (JP Florence).

No domingo (26), o festival segue em alto nível com Ney Matogrosso, que traz o espetáculo Bloco na Rua; Nando Reis, revisitando sucessos das suas quatro décadas de carreira ao lado do filho Sebastião Reis; e Mano Brown, com clássicos dos Racionais MC’s e da sua trajetória solo. O palco ainda recebe Silva, apresentando faixas do álbum Encantado; Cachorro Grande, em turnê comemorativa de 25 anos; Dingo, com o repertório da nova fase da banda; e o animado Bloco Turucutá.

Entre as apresentações, a discotecagem ficará com as festas Beco (Schutz & Akeem), BoomRap (Milkshake), Cadê Tereza? (Nanni Rios) e Blow Up (Claus Pupp & Mely Paredes).

Um Festival de descoberta e conexão

“A alma do Turá é justamente essa mistura. Em dois dias, a gente tenta representar ao máximo a riqueza da música brasileira. O mais bonito é isso: você vai ver aquele artista que ama, mas também pode se encantar com algum que talvez nunca tenha ouvido. O Turá é um espaço de descoberta, troca e conexão com a nossa cultura”, destaca Maitê Quartucci, head de shows nacionais da T4F.

Esta será a segunda edição do Turá em Porto Alegre, marcando o reencontro com o público gaúcho após quase dois anos de espera. O festival estreou na capital em novembro de 2023, reunindo mais de 20 mil pessoas em dois dias de muita abertura, cultura, mistura e releitura — os quatro pilares que definem o evento.

O retorno, inicialmente previsto para maio de 2024, foi adiado devido às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.

“Acompanhamos de perto a tragédia climática e, desde então, estamos ansiosos para esse reencontro. Queremos que o Turá seja um momento de alegria, conexão e celebração coletiva”, comenta Francesca Alterio, CEO da T4F.

“O Turá vai trazer de volta aquela energia que deixou saudades em 2023. Serão dois dias de samba, pop, rap, rock, reggae, blocos de carnaval e DJ sets que traduzem a essência do festival — tudo isso no icônico Anfiteatro Pôr do Sol”, completa Gustavo Sirotsky, diretor da Maia Entretenimento.

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