Walter Salles recebe o prêmio de Melhor Filme do Ano pela crítica internacional por “Ainda Estou Aqui” 

O diretor Walter Salles recebeu ontem, 19 de setembro, o “Grand Prix FIPRESCI” 2025, concedido pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (FIPRESCI), pelo longa “Ainda Estou Aqui”, eleito Melhor Filme do Ano pela crítica internacional, por um júri on line composto de 739 críticos.

A cerimônia aconteceu na abertura do 73º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, na Espanha. Com este prêmio, “Ainda Estou Aqui” totaliza 65 premiações nacionais e internacionais, incluindo o Oscar de Melhor Filme Internacional, Melhor Roteiro no Festival de Veneza e o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama para Fernanda Torres.

Criado há 25 anos, essa é a primeira vez que um longa-metragem brasileiro é premiado com o “Grand Prix FIPRESCI”. A FIPRESCI, formada por profissionais de 75 países, já premiou realizadores como Jean-Luc Godard, Pedro Almodóvar, Alfonso Cuarón e Chloé Zhao, entre outros. 

Em seu discurso de agradecimento, Salles destacou a importância do reconhecimento concedido por críticos de diferentes lugares e como foram fundamentais para difundir o longa pelo mundo.

Existem prêmios que tocam mais fundo no coração. O Grand Prix da FIPRESCI é, sem dúvida, um deles. Receber este prêmio de uma associação de críticos de cinema internacional tão destacada é uma honra para mim e para toda a família de ‘Ainda Estou Aqui’. Graças aos críticos de culturas diversas, nosso filme  ganhou novas matizes , o que foi fundamental para que o filme fosse descoberto pelo público e permanecesse nas salas de cinema, que, como vocês sabem, é onde filmes devem ser vistos“.

O cineasta também ressaltou o caráter político do filme e a emoção de ser reconhecido no Festival de San Sebastián, que tem acompanhado sua trajetória desde os primeiros trabalhos.

“É particularmente comovente receber este reconhecimento aqui no Festival de San Sebastián, que tem apoiado meu trabalho desde os meus primeiros filmes. Que isso aconteça no país de Buñuel e da inesquecível Marisa Paredes o torna ainda mais especial. ‘Ainda Estou Aqui’ é um filme sobre memória e resistência. Obrigado, FIPRESCI, por serem aliados tão essenciais nessa luta contra o esquecimento, e na defesa da democracia. Hoje mais que nunca, isso tem um significado vital.”

Anteriormente, em 2018, Salles foi reconhecido pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica com o Prêmio pelo Conjunto da Obra, dedicado a realizadores latino-americanos. Em janeiro, “Ainda Estou Aqui” recebeu o prêmio de Melhor Longa-Metragem Internacional pela FIPRESCI, no Festival de Cinema de Palm Spring.

Sobre Ainda Estou Aqui

Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice - cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas - é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos. Baseada no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, a história emocionante dessa família ajudou a redefinir a história do país. 

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