A magia do teatro está prestes a tomar nova dimensões com a adaptação cinematográfica de “A Última Volta do Ponteiro”. Criada originalmente como um livro pelo recifense Adriano Portela, em 2011, a obra ganhou uma versão para os palcos, onde conquistou diversos prêmios. Agora, é a vez da história ser contada através das telas de cinema, em uma produção que entrelaça as nuances culturais italiana e brasileira e promete não apenas entreter, mas cativar os espectadores de todo o país.
A Última Volta do Ponteiro conta a história de Anne, uma jovem que cresceu rodeada dos mistérios de sua família. A trama simboliza o retorno às origens, a volta a um passado recheado de surpresas e segredos reveladores. Um dos elementos que ganha destaque é a relação ítalo-brasileira presente na obra, que se passa em Recife, capital pernambucana, e Florença, capital da região da Toscana, na Itália.
– Nessa adaptação vou poder me aprofundar mais no universo original, que é o do livro. Infelizmente não dá pra transmutar tudo para o teatro, mas a janela do cinema me permite explorar, por exemplo, as nuances de todos os cenários criados para a narrativa. E a melhor parte é entender que o título é o mesmo, mas em três produtos diferentes: o livro, o teatro e o cinema, cada um com sua potência particular – explica Adriano.
A adaptação para os cinemas de A Última Volta do Ponteiro será dirigido pelo próprio Adriano, e a produção é de Ulisses Brandão, uma parceria que vem dando frutos desde o sucesso de “Recife Assombrado”. Criado pela dupla, o filme se tornou uma das maiores bilheterias do Estado. A nova versão de A Útilma Volta do Ponteiro deve trazer maior solidez e objetivo para a trama, envolvendo e cativando o público.
– A própria história original (do livro) pede adaptações. O texto é muito imagético e fluido. Vários leitores me falam que conseguem imaginar o menor dos detalhes. Eu, que trabalho com transcodificação e adaptação no ambiente acadêmico, me senti estimulado a levar o enredo de “A Última Volta de Ponteiro” para outros formatos, nesse caso, para o teatro e o cinema – afirma o cineasta.
Desenvolvido pela escola Cobogó das Artes, um projeto social de Adriano que leva arte e cultura à periferia de Recife, a produção teatral recebeu diversos prêmios. O mais recente deles foi no Festival de Teatro de Vitória de Santo Antão, na categoria Melhor Atriz para Carolina Queiroz.
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