A já longa parceria de David Fincher com a Netflix parece estar longe do fim, pois o diretor está muito satisfeito com o serviço de streaming.
Falando para o Le Monde (via The Playlist), o diretor disse que nenhum estúdio é capaz de dar a liberdade que a Netflix dá para seus criadores de conteúdo. Fincher foi além e cravou que o streaming é o futuro da cultura cinematográfica:
“Sejamos honestos. Trabalhei para a maioria dos grandes estúdios de cinema. Quando você diz a eles: ‘Eu tenho que fazer esses efeitos especiais em 4K’, a primeira resposta deles é: ‘Oh, caramba, por que fazer isso tão caro?’ Recusam-se à mínima despesa. Esse não é o caso da Netflix. Eles nunca brincaram com esse tipo de escolha. Eles adotam um padrão da indústria que faz sentido para os cineastas. A Netflix tem de longe o melhor ‘controle de qualidade’ de toda Hollywood.
Você sabe, não vamos salvar o cinema como cultura restringindo os sistemas de distribuição. Para que isso fosse possível, o cinema teria que se tornar um lugar de vanguarda, e não esse lugar úmido, fedorento e gorduroso que ainda é, com poucas exceções, economizando em todos os gastos necessários. Adorava certos cinemas, como o Grauman’s Chinese Theater ou o Cinerama Dome, em Los Angeles, mas as condições técnicas lá eram deploráveis. Precisamos superar toda a nostalgia para finalmente nos fazermos a pergunta certa: quem oferece a representação ideal hoje?”
David Fincher, aliás, acabou de lançar seu mais novo filme, O Assassino, na Netflix.
Sobre O Assassino
Após um acidente quase fatídico, um assassino enfrenta seus contratantes e a si mesmo, em uma caçada internacional que ele insiste não ser pessoal.
O elenco também terá Charles Parnell, Arliss Howard,Tilda Swinton e a brasileira Sophie Charlotte. Baseado na série de graphic novels The Killer, de Alexis Nolent, o roteiro é adaptação de Andrew Kevin Walker, que trabalhou com Fincher em Seven e Clube da Luta.
O Assassino já está disponível na Netflix.
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