Crítica | Os Mercenários 4 é como uma cópia mal feita de si mesmo

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Sylvester Stallone está de volta com sua trupe de astros de ação para mais uma empreitada de muitos tiros, explosões e frases de efeito. Mas, o que começou em 2010 com uma certa nostalgia dos “filmes de brucutu”, passou a ser uma eterna repetição das mesmas tramas, diálogos, cenas e reviravoltas. Apesar de alguns acertos, Os Mercenários 4 chega aos cinemas como uma cópia mal feita de si mesmo.

Quando uma série de armas de destruição em massa é roubada no Oriente Médio, a Equipe de Barney e Christmas é reunida mais uma vez para impedir que o mundo seja refém de vilões megalomaníacos. Agora, os Mercenários vão atrás de um vilão do passado de Barney que parece ser o mais perigoso que já enfrentaram.

É difícil falar desse filme sem repetir tudo que já foi falado sobre os anteriores. E isso se deve ao simples fato de que todos os filmes da franquia Mercenários são iguais. A primeira vez que Stallone reuniu essa equipe fez sucesso pela “inovação” de voltar ao passado dos filmes de ação. A continuação também teve seu bafafá por ir ainda mais na direção da galhofa e ainda incluir mais astros como Arnold Schwarzenegger e Jean-Claude Van Damme. Mas hoje, treze anos depois dessa iniciativa e com um terceiro filme completamente esquecível no caminho, a franquia Mercenários possui poucos motivos para ser elogiada.

A falta de qualquer roteiro decente faz com que Os Mercenários 4 se apoie em dois pilares. O primeiro deles é a interação entre os atores. Stallone e Jason Statham já possuem uma boa dinâmica e os personagens mais secundários, vividos por Randy Couture e Dolph Lundgren estão aí desde o primeiro filme, o que os torna mais familiares aos olhos do espectador. E essa dinâmica funciona por parecerem de fato velhos amigos contando as mesmas piadas e tirando sarro das mesmas coisas.

O segundo pilar de Os Mercenários 4 é sua ação desenfreada, mas esse pilar não sustenta absolutamente nada. Com um orçamento bem reduzido em relação aos seus antecessores, o filme tem cenas mal dirigidas, explosões falsas, excesso de sangue digital e nenhum impacto no público. Talvez ter optado por cenas menos grandiosas pudesse ter ajudado o filme a ficar mais com cara de ação “raiz”.

Os novos integrantes do elenco também não ajudam. O Rapper 50 cent atua com a mesma maestria que um peso de papel, sendo salvo poucas vezes pela interação do grupo. Andy Garcia entra facilmente como o melhor ator de todo esse bando, mas ainda assim é desperdiçado com trocadilhos infames e piadas horríveis.

Talvez o único ponto realmente positivo seja o protagonismo de Jason Statham. Statham já era alçado ao patamar astro de ação dos tempos modernos quando estrelou a franquia Carga Explosiva. E vem mantendo esse título até os dias de hoje, estrelando filmes do mesmo estilo, como a franquia Velozes e Furiosos e Megatubarão. Justamente por estar acostumado com o cinema atual de ação, é que Jason consegue conduzir o filme de uma maneira que não fique completamente massante ao espectador e ainda assim tenha o carisma dos filmes de brucutu de antigamente.

Sendo assim, Os Mercenários 4 não surge como algo novo e nem mesmo como uma franquia consolidada, mas sim como algo requentado, um prato que esfriou e que deveria ser jogado fora. Para a sorte de todos, esse pode ser o último filme desse grupo.

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