‘1899‘ da Netflix é uma série de ficção científica que gira em torno dos acontecimentos a bordo do Kerberos, um navio a vapor que navega do Velho Mundo para o Novo Mundo. A embarcação conta com inúmeros migrantes de várias partes da Europa que desejam se estabelecer na América. No entanto, quando Kerberos cruza o caminho de Prometheus, um navio que havia desaparecido há quatro meses, todas as suas esperanças e planos são anulados. Criado por Baran bo Odar e Jantje Friese (os criadores de ‘Dark’), ‘1899’ é um conto alucinante que combina os gêneros de ficção científica e suspense de mistério.
Várias facetas da série, como a mecânica por trás dos dispositivos, despertam o interesse do público. No entanto, uma coisa sutil, mas fascinante, que chama nossa atenção é o inseto verde-azulado. O menino o carrega consigo em várias cenas para destrancar portas, o que nos faz pensar qual é o inseto e como ele funciona. Vamos descobrir.
ALERTA DE SPOILERS!
Qual é o inseto?
O inseto verde azulado se chama Alfred, e Elliot o encontra enquanto brinca em seu sonho. Elliot está com sua mãe, Maura, quando avista o inseto. O menino o pega na palma da mão, mostra a Maura e o chama de Alfred. Ele então pega uma caixa de metal para guardar o inseto dentro, mas Maura pede que ele não o faça. Embora Elliot deseje ver o inseto crescer, Maura explica como aprisioná-lo não é o caminho a seguir. Elliot deve aprender a deixar as coisas acontecerem como e quando quiserem. Maura também diz a Elliot que um dia, quando ele crescer, ela também terá que deixá-lo ir. Afinal, ela não pode ficar com ele para sempre. Elliot responde que ficará com Maura e seu pai, Daniel, para sempre.
Em seguida, Elliot acorda de seu sonho, mas o incidente não explica por que o besouro pode abrir portas. Na verdade, não abre apenas portas de quartos. Quando Maura encontra Elliot escondido no poço de seu quarto, ele mostra a ela como o besouro funciona. Ele simplesmente deixa o inseto sair de sua mão e as paredes do poço abrem um portal para outro lugar. Em outra cena, quando Maura e o capitão Eyk estão no quarto dela, a primeira avista o inseto e se lembra do que Elliot havia feito antes. Maura coloca o inseto diante da parede do poço e, conforme o inseto toca a parede, ele se torna fluido e todos os tijolos se separam, criando assim um túnel para a passagem de Maura e Eyk.
No final, o público e os personagens percebem que estão vivendo uma simulação criada por Maura. Quando ela descobre que Elliot está doente e não sobreviverá, ela e o marido criam uma espécie de mundo artificial onde podem ficar com o filho para sempre. Então, se olharmos mais uma vez para o sonho de Elliot, podemos inferir que Maura é uma personalidade conflituosa que não quer enjaular seu filho, mas, ao mesmo tempo, também não quer deixá-lo ir. Então, em sua própria maneira complicada, ela dá a Elliot o besouro em sua simulação para ele ir aonde quiser e não ser restringido por nenhum tipo de parede. Assim, a capacidade do inseto de abrir portas e paredes simboliza o que Maura deseja para seu filho, Elliot.
Leia também:
- Crítica | 1899 – Enigma inteligente que nunca deixa o espectador à deriva
- 1899 – 2ª temporada | Data, trailer e tudo o que sabemos
- 1899 | Quem é o Criador? Entenda o surpreendente final da série
Aproveite para nos acompanhar nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e também no Google News.
Quer receber notícias direto no seu celular? Entre para o nosso grupo no WhatsApp ou no canal do Telegram.