Crítica | A Mansão – Tradicional e divertido horror gótico

Todos os anos, quando se aproxima a época de Halloween, os estúdios oferecem muitos filmes de terror para rechear a data. Alguns são ótimos, alguns são ruins, mas a maioria esmagadora deles tende a ser mediana no que diz respeito à qualidade. A Mansão (The Manor) – novo projeto em parceria do festival Welcome to the Blumhouse com o Amazon Prime Video – cai na última categoria, adicionando um toque ligeiramente diferente a uma fórmula que já foi lançada inúmeras vezes.

Dentro desse tradicionalismo preguiçoso, o roteiro até proporciona diversão e a atmosfera sombria envolve o espectador mais investido, no entanto, seu mistério acaba por se esgotar apressadamente, restando apenas alguns bom momentos de susto e uma obra que poderia ter sido infinitamente maior – e melhor.

A trama e o elenco

Com uma jornada já estabelecida, o mistério central de A Mansão possui dificuldades de chegar ao seu fundo e, com isso, a narrativa perde grande parte de seu interesse, já que leva tempo demais para definir a premissa e acaba por preencher o suspense com muitos momentos maçantes de drama ao acompanhar um asilo sinistro, atacado por forças malignas desconhecidas.

Dentro desse contexto temos Judith Albright (vivida pela ótima Barbara Hershey), uma senhora misteriosa, que se torna o centro da assombração local. Como a direção e o roteiro usam e abusam de tropos e clichês de filmes de horror, o destaque positivo acaba por ser da própria protagonista.

Barbara Hershey (Sobrenatural) cumpre o papel lhe dado e agrega uma energia tensa à trama. Sua performance é realmente boa e acaba por ser bem-vindo ver uma obra do gênero cujo centro da história há uma mulher idosa e com divertidas nuances entre ser “boazinha” e “malvada”, nunca presa em apenas uma dessas caixinhas de estereótipos. Além disso, a relação avó/neto conquista facilmente.

A direção

Assim como praticamente todos os filmes do Welcome to the Blumhouse, as falhas podem ser facilmente atribuídas ao baixo orçamento e a falta de engenhosidade dos envolvidos, já que a premissa em si possui bastante energia para se sobrepor o convencional. A diretora Axelle Carolyn sabe muito bem criar expectativa dentro de uma atmosfera de horror gótico, mas se atrapalha no ritmo, às vezes lento demais, às vezes apressado para dar uma resolução cabível ao mistério, mas nunca regulado com o tom sombrio da trama.

Mesmo com o uso de recursos baratos como jump scare, os sustos são bons (em sua grande maioria) e dão uma acordada no espectador, assim como reviravoltas que, mesmo que forçadas, são coerentes com a essência do material e não testam nossa inteligência. O ambiente (de um asilo) já é sinistro por si só e tudo que a cineasta precisa fazer é explorar cada fagulha de medo proporcionada pelo lugar hostil e denso e, por conta dessa maestria, acaba por tornar esse talvez o melhor filme do festival até agora.

Conclusão

Diferente dos demais filmes do Welcome to the Blumhouse, A Mansão possui uma ótima, convencional e sombria premissa, que faz funcionar sua atmosfera de horror gótico enquanto assusta e diverte o espectador que busca um filme “feijão com arroz” para assistir nesse Halloween. Não espere ser surpreendido ou que vá ter uma experiência inesquecível, mas a obra mediana entrega o que propõe e até consegue contornar seu orçamento baixo em prol de fazer algo palpável, tradicional e que não tenta ser nada além disso.

Nota: 7/10


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