O modelo brasileiro de produção de séries brasileiras originais da Netflix parece não estar agradando a cúpula da empresa nos Estados Unidos. O motivo: até agora nenhum título produzido por aqui virou um hit internacional.
Uma das divergências é porque a filial brasileira tem optado pelo modelo americano de Sala de Roteiristas ao invés de seguir o modelo já consagrado no Brasil através das novelas de um único roteirista escrever toda a obra.
Segundo o Na Telinha, a Netflix até chegou a conversar com alguns autores, incluindo ex-globais, mas não tiveram avanços já que o serviço de streaming não quis seguir o modelo adotado há anos no Brasil. Segundo os autores, neste modelo implantado pela Netflix faltaria a identidade autoral em projetos que buscassem apenas temas e não fossem centrados em uma sinopse de um roteirista.
O modelo de Sala de Roteiristas muito utilizado nos Estados Unidos e Europa, tem trazido diversidade e oportunidade a novos roteiristas. Um modelo que é bom na teoria, mas na prática não tem gerado resultados para a empresa.
O maior sucesso brasileiro entre as séries é 3%, primeira série original Brasileira da Netflix. Porém, ainda assim não chegou perto de outras produções internacionais como Dark (Alemanha) e Elite (Espanha). Os filmes, entretanto, tem tido um melhor resultado.
Um dos pedidos da cúpula americana da empresa é a adoção do modelo de telenovelas por aqui, porém até agora não houve evolução local neste sentido.