2019 foi um ano incrível para as séries! Fomos presenteados pela Netflix, HBO e vários outros canais com produções excelentes e ótimas interpretações.
E esse ano teve tanta minissérie boa que resolvemos abrir uma categoria a mais nos melhores do ano.
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Confira as 10 melhores minisséries de 2019. Lembrando que a lista não é por ordem de preferência. Pra gente já é difícil demais escolher a lista das melhores, determinar uma ordem seria uma tortura.
OLHOS QUE CONDENAM
Não dá pra falar de minissérie este ano sem falar de Olhos que Condenam. Ava Duvernay traz uma história real, com apenas quatro capítulos, mas de uma riqueza de detalhes e atuações espetaculares. Impossível não se emocionar, e deixar de refletir sobre o racismo tão latente estruturalmente na nossa sociedade.
GOOD OMENS
Good Omens, da Amazon Prime, é um amor do início ao fim. Baseado no livro “Belas Maldições: As Justas e precisas profecias de Agnes Nutter, Bruxa”, de Neil Gaiman e Terry Pratchett, tem uma belíssima combinação de roteiro, escrito pelo próprio Neil Gaiman, com atuações extraordinárias de Michael Sheen e David Tennant, nos papéis do anjo e do demônio que tem que ajudar a impedir/concretizar o Apocalipse. Porém, Aziraphale e Crowley estão a tanto tempo juntos na Terra que acabam ficando amigos (talvez um pouco mais, risos) e portanto decidem “não trabalhar” em suas respectivas missões. Traz também atuações excelentes de Jon Hamm como o burocrático Anjo Gabriel, e a voz de Frances McDormand como um deus que narra todos os eventos da série com um sarcasmo ácido e hilário. Com toda certeza o maior trunfo da série é manter a essência e toda loucura contida no material original, e trazer também várias das discussões propostas no livro, como determinismo, a formação da nossa própria moral, as consequências do livre arbítrio. Tudo isso em seis deliciosos episódios.
YEARS AND YEARS
Mais uma vez a HBO, dessa em parceria com a BBC, nos entrega uma obra-prima em forma de minissérie. A premissa é: O mundo vai dar errado, pois o mundo já deu errado. Os discursos de ódio aumentam, a revolta contra o conhecimento também (Parece familiar?), tudo combinado com perspectivas de terror em termos de avanço da tecnologia – bem Black Mirror, porém mais bem feito, com pessoas chegando ao ápice de querer ser trans-humanas, descartando seus corpos e vivendo uma existência puramente virtual, e as perspectivas mais sombrias da política nacional americana e estrangeira, com conflitos mais potentes e crises atingindo proporções catastróficas. Fazendo referências metafóricas e literais a problemas e políticos atuais, Years and Years e a direção impecável de Russell T. Davies não hesita em enfiar os dedos nas feridas políticas do nosso tempo, constatando o caos que nos encontramos e alertando para os perigos que estão por vir. Essa é a grande sacada da série: colocar uma lupa nos pequenos/grandes absurdos que vemos hoje, aumentá-los e mostrar o que será daqui para frente se nós não acordarmos.
THE ACT
Inspirada em eventos reais, da bizarra história de Gypsy Rose Blanchard e o assassinato de sua mãe, Dee Dee Blanchard, que foi acusada de abusar de sua filha por fabricar doenças e deficiências como consequência direta da síndrome de Münchhausen por procuração. O elenco da minissérie do serviço de streaming Hulu é incrível. A dupla Joey King e Patricia Arquette entregam o máximo de emoção possível para essa trama maluca e intrigante que, apesar de sabermos que vai terminar em tragédia, se desenrola com muito suspense.
INACREDITÁVEL
Talvez uma das melhores obras originais da Netflix, a minissérie, estrelada por Toni Collette, Merritt Wever e Kaitlyn Dever, narra a história de uma jovem menina de 18 anos (Dever) que contou à polícia ter sido estuprada dentro de seu próprio apartamento, e depois voltou atrás em sua versão. O caso só pôde avançar, de fato, quando duas detetives do sexo feminino (Collette e Wever) assumiram a liderança e compreenderam melhor o contexto da ocasião. O roteiro é magnífico e desdobra a trama soltando pistas e fazendo o espectador se questionar o tempo inteiro sobre o que acreditar.
CHERNOBYL
Chernobyl é a primeira grande redenção da HBO pós-Game of Thrones. A minissérie consegue envolver do início ao fim o espectador e choca pela veracidade da forma como o roteiro e direção expõe os fatos reais. A série encanta até mesmo quem não gosta de temas históricos e honra o legado e heroísmo de todos os que se sacrificaram para evitar que um desastre maior ocorresse.
BODYGUARD
As produções britânicas já são famosas por serem diretas em seu roteiro e com qualidade impecável. Segurança em Jogo é uma dessas grandes surpresas de 2019, com produção da BBC e distribuição da Netflix aqui no Brasil. A trama de agente secreto vs. terrorista já foi abordada várias vezes nas telinhas, mas a produção conseguiu trazer algo novo e com plots surpreendentes. Destaque pra a atuação de Richard Madden, conquistando novos espaços na indústria após seu papel em Game of Thrones.
Gostaram da lista? Confere com a sua? Conta aqui nos comentários quais as melhores minisséries do ano na sua opinião.
Textos de Lúcio de Oliveira, Thiago Muniz e Gi Vasconcelos