Resenha Aquaman

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Depois de errar – e muito – com os ícones Batman, Superman e Liga da Justiça, a DC/Warner foi acertar com o herói mais inusitado: Aquaman!

Jason Momoa parecia um vácuo em Liga da Justiça, como um Aquaman que não tinha nada do personagem, nem mesmo seus poderes foram retratados no longa da equipe. Devo dizer que, pelos trailers de Aquaman, estava empolgado, achando tudo muito promissor, menos um detalhe, o protagonista. Felizmente, mordi a língua e Momoa, desta vez, conseguiu criar um Aquaman deveras interessante.

O diretor James Wan criou um épico de aventura, cheio do clima de filmão pipoca dos anos 1980, mas, ainda mais importante: sem vergonha alguma de ser uma adaptação de quadrinhos. E essa é a maior força da produção.

Os visuais e a fidelidade impressionam. Ver CORES variadas e vivas distancia de uma vez a DC dos cinemas da visão distorcida e equivocada de Zack Snyder, que até é creditado como produtor, mas que, pela qualidade do filme, não deve ter interferido em nada.

A trama segue Arthur Curry aliado a Mera (Amber Heard), vasculhando o mundo (seja nos mares ou na superfície) em busca do lendário tridente de Atlan, tudo para retirar seu meio-irmão Orm (Patrick Wilson) do trono, antes que ele entre em guerra com a superfície.

O elenco se sai bem no geral, com Amber Heard, por metade do filme, dividindo o protagonismo com Momoa. O ator surpreendente, finalmente entregando um bom Aquaman que não é uma adaptação literal de nenhuma versão do personagem, mas uma mistura do próprio jeito de Momoa com detalhes de versões passadas, como o empolgado Aquaman da série animada Batman: Os Bravos e Destemidos, mas sempre representando a dualidade do herói e seu desejo de se manter longe do trono.

Com ótimos efeitos especiais e um figurino de cair o queixo, Aquaman é um espetáculo visual, que conseguiu fazer o herói ser levado a sério. E não só ele. Seu principal inimigo, o Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II) está ameaçador em visual e atitude.

O elenco de coadjuvantes é poderoso. Nicole Kidman fez bem em não aceitar o papel de Rainha Hipólita em Mulher-Maravilha, pois seu equilibro entre imponência e simpatia combinou muito mais com a Rainha Atlanna, mãe de Arthur. Já Temuera Morrison se sai muito bem como Tom Curry, o pai do herói. A relação dos dois, aliás, é um ponto forte e bastante humano que ajuda a moldar Aquaman. Willem Dafoe não tem tantas cenas de peso, mas está bem como Vulko, o vizir real.

Com 2 horas e meia de duração, Aquaman não cansa, pois sempre está acontecendo alguma coisa, seja a apresentação de criaturas e cenários fantásticos, cenas de ação grandiosas ou momentos de humor bem colocados.

Que este seja o novo caminho da DC, com fidelidade, cara de gibi e diversão.

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