Crítica – O Mundo Sombrio de Sabrina

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O Mundo Sombrio de Sabrina é uma série original da netflix que estreou no dia 26 de outubro e deu muito o que falar, já que foi um dos lançamentos do streaming focado no halloween.

Teve muita gente esperando que a série tivesse uma pegada predominantemente cômica, como a série Sabrina, A Aprendiz de Feiticeira dos anos 90. Inclusive, muitas expectativas a respeito da capacidade o gato Salem falar ou não. Enquanto outra parte do público esperava algo mais “assustador” e com uma pegada mais séria, como o outro lançamento da Netflix A Maldição da Residência Hill.

A real é que O Mundo Sombrio de Sabrina não é nenhum dos dois, mas um pouco de cada um, então é bom dosar as expectativas para não se decepcionar. E é importante considerar que é uma série com uma pegada teen (apesar da censura para menores de 16) já que a protagonista ainda está no ensino médio e tem muitos de seus conflitos relacionados com a vida adolescente, tirando pela parte que ela é uma meio-bruxa e tem como conflito principal da trama assinar ou não o “book of the beast”.

O que me incomodou um pouco, já que é uma série com algumas cenas tão pesadas, como por exemplo a cena de um exorcismo, mas que tem a narrativa bem focada numa realidade adolescente e trazendo alguns dilemas de forma tão superficial.

O que me desagradou um pouco foi o relacionamento excessivamente meloso da Sabrina com o então namorado Harvey, e de como a personagem acaba colocando os sentimentos dele acima dos seus próprios e até de seus princípios. Ainda assim a personagem se mostra bastante empoderada para sua idade, lutando pelos seus ideais e defendendo as amigas do colégio.

Visivelmente temos um cenário muito mais sombrio em comparação com a série dos anos 90, já que o lançamento da netflix é uma adaptação da história em quadrinhos Chilling Adventures of Sabrina, que é o nome original da série. A série se mostrou um pouco mais sinistra do que eu esperava, mas não assusta tanto e tem uma série de alívios cômicos, seja vindo do primo Ambrose ou da tia Hilda e em certos pontos, até mesmo da tia mais rígida, a Zelda.

Uma crítica importante a se fazer, é como a religião das bruxas na série e a Igreja da Noite não têm muito a ver com a Bruxaria “na vida real”. Muitos se sentiram ofendidos e até acusaram a série de deturbar os conceitos da religião, e dar continuidade ao estigma de que bruxas são algo maligno e que são associadas ao vilão da igreja católica, quando na prática não é assim, então não dá pra fazer comparações nesse sentido, ok?! Se você quer entender um pouco mais sobre o bruxaria real e Wicca, saiba que essa série é uma mera ficção.

Uns comentários que li recentemente e que me animaram para as próximas temporadas foi a de a Igreja da Noite pode ser na verdade uma sátira para criticar a igreja católica e alguns comportamentos machistas e hipócritas, mostrando a igreja das bruxas como sendo o completo oposto da igreja dos mortais, mas no final não sendo tão diferente assim.
Quem aí também quer uma Sabrina lutando contra o patriarcal nesses dois mundos?!

Sobre as atuações, Kiernan Shipka, que interpreta a protagonista e que por anos interpretou a Sally Draper na série Mad Men , deixa um pouco a desejar juntamente com o seu par romântico interpretado por Ross Lynch, mas relevei já que a série nos presenteia com as interpretações maravilhosas de Michelle Gomez como Mary Wardell e Miranda Otto como a Tia Zelda. No geral, achei que o elenco foi muito bem escolhido, até mesmo as meninas interpretam as amigas de Sabrina estão de parabéns.

O Mundo Sombrio de Sabrina não é uma série muito assustadora, apesar do aspecto sinistro de seus elementos, não nos faz perder o sono. É fácil de assistir, dá pra maratonar e se você ainda está no clima de halloween ou gosta da temática de bruxas vai gostar bastante da série.  Porém, se você tá procurando uma série de terror pesada, que te assuste real vai de A Maldição da Residência Hill mesmo.

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