Crítica | ‘Venom 3: A Última Rodada’ encerra uma franquia que não vai deixar saudades

Venom 3: A Última Rodada encerra uma franquia que, embora inexplicavelmente popular, nunca entregou o potencial de um dos vilões mais icônicos do Homem-Aranha. Este terceiro filme, longe de corrigir os problemas de seus antecessores, apenas reafirma a desorganização narrativa que marcou a série desde o início, com um tom que mistura terror, comédia pastelão e um roteiro que parece perdido entre duas ou três ideias diferentes.

Os acertos e erros de Venom 3: A Última Rodada

Na trama, Eddie Brock e Venom enfrentam o que parece ser sua batalha final quando uma série de experimentos militares e científicos com simbiontes começa a sair do controle. Dividido entre enfrentar o governo e proteger seu próprio simbionte, Eddie precisa encontrar um equilíbrio entre ser herói e manter sua sanidade. Em meio a tudo isso, surgem novas ameaças e um inimigo que força Eddie a confrontar não apenas o lado sombrio de Venom, mas também suas próprias escolhas de vida.

Venom in Columbia Pictures VENOM: THE LAST DANCE. Photo Courtesy: Sony Pictures

É impressionante que a franquia “Venom” tenha chegado ao terceiro filme sem se preocupar em apresentar uma trama minimamente decente. O enredo é raso, com pouca construção de personagem e narrativa que muitas vezes soa forçada e desconexa. Em vez de explorar as complexidades de Venom como anti-heroi ou aprofundar a relação com Eddie, o roteiro se apoia em clichês de ação e terror, evitando qualquer desenvolvimento real. Mesmo quando tenta soar mais sério, o filme não consegue sustentar seu próprio peso narrativo.

A tentativa de balancear uma narrativa sombria com comédia pastelão resulta em um filme que parece duas histórias diferentes grudadas. Enquanto as cenas envolvendo cientistas e militares buscam criar uma atmosfera mais tensa, quase de terror, o tom muda drasticamente quando Eddie e Venom entram em cena, com diálogos cômicos exagerados e que parecem deslocados. O resultado é uma mistura que não se alinha, onde o humor cai no excesso e prejudica qualquer chance de gerar tensão ou medo.

Fica difícil entender como um ator como Tom Hardy embarcou em três filmes de Venom com roteiros tão fracos. Hardy, conhecido por performances intensas e dedicadas, luta para elevar o material com sua interpretação, mas sua presença é um desperdício em uma franquia que não faz jus ao seu talento.

Veredito

Venom 3: A Última Rodada encerra uma franquia que nunca encontrou sua identidade, e provavelmente é melhor para todos que o ciclo termine aqui. Com uma trama esquecível, diálogos que oscilam entre o sombrio e o absurdo, a franquia se despede sem deixar saudades. Para os fãs do personagem, resta torcer para que Venom tenha uma representação mais digna em futuros projetos.

Nota: 3/10

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