Quando a franquia de Planeta dos Macacos passou por seu segundo reboot, no hoje longínquo 2011, era normal acreditar que não passaria de mais uma tentativa fracassada, pois existiam muitos argumentos contra. O filme que não fez sucesso de Tim Burton em 2001, a presença de James Franco como ator principal e o inegável impacto que o filme original teve na cultura pop que seria difícil replicar nos dias de hoje.
Mas, 13 anos depois, Planeta dos Macacos faz a saga de César alcançar algo que a franquia só conseguiu na década de 70, um quarto filme seguindo a mesma história. E, para a alegria dos fãs, Planeta dos Macacos: O Reinado mantém o nível de qualidade dos seus antecessores e pavimenta o caminho para mais filmes nesse universo.
Índice
Os acertos e erros de Planeta dos Macacos: O Reinado
Gerações se passaram e os feitos e conquistas de César agora são apenas mitos há muito esquecidos. Noa é o jovem de uma tribo de macacos que criam falcões e espera ansiosamente pelo dia em que será aceito como um adulto por sua tribo. Antes que ele possa fazer isso, sua casa é atacada e sua família levada por outros macacos. Agora ele vai em busca de achar seus parentes e amigos em uma jornada ao desconhecido.
Na época em que filmes de franquia viraram quase um esquema de pirâmide para ter que assistir e entender tudo, uma das maiores qualidades de Planeta dos Macacos: O Reinado é funcionar independentemente dos 3 filmes anteriores. Com uma simples introdução, ele explica o que foi a trilogia de César e apresenta os novos personagens que vão conduzir a história a partir daqui. Se alguém não viu nenhum planeta dos macacos até aqui, vai ser capaz de entender sem problemas.
Além de ser um filme que se basta em si mesmo, Planeta dos Macacos: O Reinado também ganha muito ao optar por uma narrativa mais próxima dos filmes de ação e aventura dos anos 1980 e 1990. Não temos várias sequências de ação feitas para funcionar como uma grande montagem de videoclipes, mas sim intervalos de respiro e desenvolvimento, que ajudam a desenrolar a história e dar mais profundidade aos personagens que estamos conhecendo.
O desenvolvimento de personagens também passa muito pela tecnologia de captura de movimentos que só vem melhorando desde o primeiro filme e pela qualidade dos atores envolvidos. Owen Teague está muito bem como o jovem Noa e é auxiliado por um elenco de apoio da mesma qualidade. Peter Macon como o guia Raka e Kevin Durand como o antagonista Proximus César fazem com que tudo fique bem amarrado na estrutura básica de uma jornada do heroi.
Até mesmo Freya Allan, como a humana Mae, está bem. Isso não uma análise da carreira da atriz, mas da fórmula que filmes em que humanos não são protagonistas usam. Geralmente o lado humano não só é o menos interessante, mas também a mais arrastada (sim, Godzilla e Kong estou olhando pra vocês dois). Aqui os humanos servem seu propósito e não caem no velho preto e branco de serem amigos ou inimigos dos macacos.
Talvez a única parte confusa seja essa nova cronologia em que os humanos foram involuindo até virarem quase animais irracionais. Não sei se por uma resistência de fazer um filme só com personagens em CGI ou simplesmente a necessidade de ter uma forma humana para o público se identificar. Mas esse acaba sendo um problema de detalhes que o público geral nem deve notar.
Veredito
Planeta dos Macacos: O Reinado é um filme de ação e aventura dos bons, não deixa o nível de qualidade da franquia cair e ainda nos apresenta um mundo novo a ser explorado. Facilmente um dos melhores filmes em cartaz nos cinemas.
NOTA: 8/10
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