Em 29 de março de 2008, o Brasil foi surpreendido pela notícia da morte de uma menina de 5 anos, Isabella Nardoni. Ela foi encontrada gravemente ferida no jardim do Edifício London, em São Paulo, após cair do sexto andar do prédio. Esta tragédia, que gerou comoção nacional, foi apenas o começo de uma série de reviravoltas e polêmicas.
O apartamento de onde Isabella teria caído pertencia a seu pai, Alexandre Nardoni, e sua madrasta, Anna Carolina Jatobá. Inicialmente, a hipótese sugerida foi um trágico acidente. No entanto, conforme a investigação avançava, detalhes preocupantes começaram a emergir.
As primeiras inconsistências apareceram nos depoimentos de Alexandre e Anna Carolina. Havia discrepâncias no relato do casal sobre o tempo que levaram desde a entrada no prédio até a descoberta do corpo de Isabella. A cena do crime também apresentou elementos suspeitos. Peritos identificaram vestígios de sangue no carro da família e no apartamento, assim como sinais de estrangulamento no pescoço da pequena vítima.
O que parecia um acidente transformou-se, aos olhos da justiça, em um caso de homicídio triplamente qualificado e fraude processual. Em abril de 2008, o casal foi preso, desencadeando uma série de debates na mídia e na sociedade sobre o papel dos padrastos, a integridade do sistema judicial e a própria natureza do mal.
O julgamento, que teve início em 22 de março de 2010, foi marcado por emoções fortes, provas contundentes e defesas fervorosas. No final, Alexandre foi condenado a 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão, enquanto Anna Carolina recebeu uma sentença de 26 anos e 8 meses.
Desde então, o casal apresentou diversos recursos, mas suas condenações foram mantidas. Anna Carolina conseguiu a progressão para o regime semiaberto em 2017, e Alexandre alcançou o mesmo direito em 2019.
Hoje, anos após o crime, o Caso Nardoni permanece vivo na memória dos brasileiros. Para aqueles que desejam compreender mais sobre esse evento que tanto marcou o país, a Netflix lançou uma série documental que se aprofunda nas nuances e detalhes deste caso intrincado. A série, já disponível na plataforma, oferece uma visão detalhada sobre o crime, as investigações e o julgamento, e é uma oportunidade para quem busca entender as muitas camadas deste triste episódio da história brasileira.
Assista:
Produzido pela Kromaki para a Netflix, o documentário tem produção executiva de Rodrigo Letier, Manfredo Barretto, Roberta Oliveira e Anna Julia Werneck. O roteiro é de Claudio Manoel, Micael Langer e Felipe Flexa. Assinam como consultores o jornalista Rogério Pagnan, autor do livro O pior dos crimes – A história do assassinato de Isabella Nardoni, e a criminóloga Ilana Casoy, autora dos livros A prova é a testemunha e Casos de família – Arquivos Richthofen e Arquivos Nardoni. A equipe analisou, ainda, mais de 6 mil páginas de processo, gravou 118 horas de entrevistas e reuniu mais de 5 mil itens de arquivo fotográfico vindo da mídia e do acervo da família.
Isabella: O Caso Nardoni já está disponível na Netflix.
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