Ela tem uma doença de sangue, seu único sonho é tocar piano e vive tocando um piano imaginário, procura ingressar numa das mais importantes instituições de música e arte, mas a sua doença é um impeditivo, até que conhece um rapaz que a vai ajudar a ultrapassar os seus medos e a auxiliar a conseguir os seus sonhos… Acha que já viu algo parecido?
João Ribeiro e Lidia Ribeiro, um casal de escritores em Abril de 2018, lançaram na Amazon um livro com o título “Juilliard – A arte do amor” com a história acima descrita, o casal que usa pseudônimos (J.O. Brook e L.B. Brook) para divulgar o seu trabalho de forma a separar a sua atividade profissional com a de escritores de romances, já que têm livros de ajuda para casais, ele exerce a profissão de consultor de casais e sexcoach e ela de psicóloga e sexóloga.
Até aí tudo normal, se algo impensável na vida desse casal não acontecesse, “Você se consegue imaginar sentado num sofá e de repente a história do teu livro está a passar diante dos teus olhos?”, comenta João Ribeiro, que no dia 2 de Novembro de 2022 o casal viveu esse drama de assistir a um filme com muitas semelhanças com o seu livro, que filme é?
“Depois do Universo” é um filme brasileiro, lançado pelo streaming Netflix em 2022 que contém inúmeras semelhanças com o livro lançado pelo casal há alguns anos atrás, “Fiquei muito nervoso em perceber tantos pontos em comum com a minha história, não estou a falar de uma ou duas coincidências e sim dezenas de semelhanças que tentaram disfarçar”, conclui João Ribeiro ao recordar o dia.
Por esse motivo o casal decidiu enfrentar uma batalha jurídica contra a Netflix para provar o plágio da sua obra, Lidia declara: “Sabemos que é uma luta difícil, mas queremos que a verdade e o nosso trabalho sejam reconhecidos, porque aquele filme é o nosso livro maquiado de forma a disfarçar o plágio”.
Plágio é caracterizado como uma cópia integral (usar a obra de forma idêntica sem qualquer alteração), parcial (partes de uma obra são usadas) e o conceitual (onde se usa o mesmo conceito e ideia de outra obra), sem que obtenha a autorização do seu criador, sem dar créditos ao trabalho de um autor e sem a permissão explicita do autor da obra.
Por esse motivo o casal João e Lidia Ribeiro decidiram processar a Netflix pelo uso indevido da sua obra, “Sentimo-nos violados, é uma dor que nos faz entender em parte uma violação” declarou o escritor em um vídeo no seu Instagram esse e outros vídeos denunciam o plágio sentido pelo casal na sua obra.
O processo aberto por eles contra a Netflix, conta com o apoio incondicional de um dos advogados que os representam Dr. James R Kiyomura, do escritório Kiyomura Sociedade de Advogados que declarou: “Afinal todos temos direito a recorrer à justiça, seja rico ou pobre devemos poder questionar e obter respostas sobre os assuntos que nos fazem sentir prejudicados”. Sem julgamentos, pré-conceitos estabelecidos sobre o caso, cabe a justiça esclarecer a verdade quando uma das partes se sente prejudicada ou vê o seu trabalho usado sem ser dado o devido valor e direito de autor.
O Dr. James R Kiyomura continua explicando que “Quando se fala de plágio de obra literária, é necessário observar a essência da história, na sua ideologia, no seu enredo, nos personagens e em tudo que engloba a obra” e ele continua explicando “Pois, como ensina Oliveira Ascensão, “Plágio não é cópia servil; é mais insidioso, porque se apodera da essência criadora da obra sobre veste ou forma diferente”.
No caso, ao ler a obra e ver o filme, percebesse que existem muitas semelhanças para dizer que foi uma coincidência de inspiração literária ou clichês do amor, sim, se percebe as semelhanças maquiadas como se fosse uma colcha de retalhos Frankenstein para se fazer um sucesso.
“Escrever um livro demora meses, é muita pesquisa, muitas horas da nossa vida criando, custo financeiro para autores independentes e é uma dor maior para mim, porque o livro foi escrito para acalmar a dor da morte da minha mãe, ele serviu como luto para mim”, declara João Ribeiro sobre um dos motivos de ter escrito uma história que relata emocionalmente a doença, os sonhos, a perca e o luto.
Sobre o filme
No longa, vamos acompanhar a talentosa pianista Nina (Be) precisa superar os desafios de lidar com o lúpus, uma doença autoimune que pode atacar qualquer parte do corpo – o rim, no caso dela. A jovem é surpreendida por uma forte conexão com Gabriel (Zaga), um dos médicos da equipe que a atende, que irá ajudá-la a superar suas inseguranças na luta para tocar nos palcos junto a uma grande orquestra de São Paulo.
Também estão no elenco os atores João Miguel, Othon Bastos, Rita Assemany, Leo Bahia, Viviane Araújo, Isabel Fillardis, Adriana Lessa, Denise Del Vecchio e João Côrtes.
Depois do Universo é escrito e dirigido por Diego Freitas e já está disponível na Netflix.
Leia também:
- Rede de cinemas retoma promoção que dá ingresso e pipoca de graça
- Teen Wolf e Wolf Pack estão relacionadas? Entenda
- Filme A Felicidade das Pequenas Coisas completa um ano em cartaz
Aproveite para nos acompanhar nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e também no Google News.
Quer receber notícias direto no seu celular? Entre para o nosso grupo no WhatsApp ou no canal do Telegram.