Está chegando aos cinemas brasileiros um dos mais aguardados blockbusters do ano, A Mulher Rei, protagonizado por ninguém menos que a fantástica Viola Davis. E para celebrar esse mega lançamento, a estrela veio ao Brasil para divulgação do filme e contou um pouco sobre sua experiência durante uma coletiva realizada no Rio de Janeiro.
Nós do Pipocas Club estávamos presente e vamos contar tudo que rolou de melhor nessa entrevista fofa e poderosa com a nossa eterna Annalise Keating.
Para começar a conversa com a imprensa, o produtor Julius Tennon já contou que não foi fácil tirar o filme do papel e achar um estúdio que acreditasse no projeto: “Levamos ao todo cerca de 7 anos para fazer isso aqui acontecer”.
Sobre estar no Brasil pela primeira vez, Viola Davis já foi conhecer escola de samba, jantou na casa de Lázaro Ramos e visitou alguns lugares que celebram a cultura e memória negra no Rio de Janeiro. “Aqui vocês sempre parecem estar celebrando algo, é muito bonito. Fico feliz que finalmente estar aqui com vocês”, ela disse. “Quis fazer esse papel desafiador na minha carreira para mostrar ao mundo que mulheres negras também podem fazer blockbuster de ação”, completou.
“O nome do filme [Mulher Rei] une o que há de mais forte em uma mulher e um homem. Ver uma mulher negra num pôster com o nome “rei” ao lado subverte a narrativa e nos tira de ser apenas personagens secundárias”
Ao ser perguntada sobre como é fazer um filme de ação nessa altura da vida, Viola foi precisa: “Olha, é redutivo dizer que é um filme de ação. É mais que isso, é um filme de drama histórico que vai além de tudo isso”.
Sobre a terrível invisibilidade que mulheres negras recebem em Hollywood, o produtor disse: “Isso é um fato. É importante contar essa história para que possamos ver mais mulheres em filmes desse porte, com esse orçamento. Certamente abrimos uma oportunidade para ver mais mulheres guerreiras daqui pra frente”.
“Quando você tem pele escura, como a minha, você está no fundo da lista de ser alguém escalada para um filme grande. Sempre que vejo alguma mulher negra nas telas eu tenho dificuldades de achar quem foi a atriz da cena. Isso é muito complicado. Fazer filmes como este aqui serve para mostrar que nós temos a mesma capacidade que todos os outros. Todos somos parte da raça humana, não somos só uma metáfora para uma história”, completou Davis.
“O motivo pelo qual sabemos que Meryl Streep e Julianne Moore são boas é porque eles tiveram oportunidade para provar isso. Mulheres negras também precisam dessa oportunidade nas telas. A arte imita a vida e é importante saber que nós também somos mulheres, somos atrizes e que valemos à pena tanto quanto essas outras atrizes. Não importa se não sou loira ou branca, a forma como criamos filmes precisa refletir isso”, contou Davis ao ser questionada sobre a falta de vagas para pretos em filmes e séries.
E quem inspirou a atriz para a construção da General Nanisca? “Todos ao meu redor me inspiraram. Todos nós temos segredos e essa é a beleza de criar seres humanos nas telas. Ela é um amontado de ideias e sentimentos”.
Para encerrar, a dupla presente contou se A Mulher Rei pode ganhar uma sequência com o sucesso. O produtor disse que sim, é possível: “Tenho certeza que abrimos as portas para muitos outros filmes sobre mulheres guerreiras e provamos que esse tipo de filme também tem um bom lucro nas bilheterias”.
“Coloque seu dinheiro em filmes com pessoas como nós. Caso contrário, esses filmes não serão feitos. Então, como espectadores, coloquem seu dinheiro em filmes sobre nós e nós sempre estaremos aqui juntos com as inúmeras super-heroínas brancas que já existem por aí. Espero que esse filme nos lembre disso sempre”.
Pediu Viola Davis em sua última fala.
“E aos grandes estúdios: tenham coragem. Só falta isso para mudar o cinema como conhecemos. Nós, pessoas pretas, também fazemos dinheiro”, completou Julius Tennon.
Sobre o filme
A Mulher Rei é uma história memorável da Agojie, uma unidade de guerreiras composta apenas por mulheres que protegiam o reino africano de Daomé nos anos 1800, com habilidades e uma força diferentes de tudo já visto. Inspirado em eventos reais, A Mulher Rei acompanha a emocionante jornada épica da General Nanisca (a atriz vencedora do Oscar® Viola Davis) enquanto ela treina uma nova geração de recrutas e as prepara para a batalha contra um inimigo determinado a destruir o modo de vida delas. Algumas coisas valem a luta.
O filme é dirigido por Gina Prince-Bythewood e o elenco conta com Thuso Mbedu, Lashana Lynch, Hero Fiennes Tiffin e John Boyega.
“A Mulher Rei” tem estreia prevista nos cinemas brasileiros para 22 de setembro.
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