POLÊMICA! O Ministério da Justiça determinou que o filme Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola, com Danilo Gentili e Fabio Porchat, seja removido dos catálogos das plataformas de streaming no Brasil. A comédia, lançada em 2017, foi alvo de críticas de influenciadores bolsonaristas neste fim de semana (quando entrou na plataforma) e o ministro da Justiça, Anderson Torres, disse na noite de domingo que “tomaria providências”. (via O Globo)
O não cumprimento da medida, tomada por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, pode resultar em multa diária de R$ 50 mil, afirmou o ministro.
Entenda a polêmica
O que motivou a decisão foi uma cena que viralizou no fim de semana, na qual o personagem de Porchat, o vilão Cristiano, assedia sexualmente dois meninos. Cristiano interrompe Pedro (Daniel Pimentel) e Bernardo (Bruno Munhoz), pede que eles parem de discutir e, para não serem prejudicados na escola, o masturbem.
Logo essa cena em específica se tornou alvo de comentários no Twitter, uma vez que os usuários disseram que o filme faz “apologia ao abuso sexual infantil”. Em entrevista ao site Uol após a polêmica, o comediante contou que, na verdade, o filme faz é uma “sátira ao moralismo”:
“O propósito é óbvio: retratar o vilão como hipócrita e pedófilo. Repito: o vilão. A frase que resume tanto o livro quanto o filme é ‘questione antes de obedecer’. O vilão do filme que comete esse ato abjeto é uma sátira aos que posam de moralistas e politicamente corretos em público mas que escondido fazem essas coisas horríveis. O recado da cena é que não importa a sua idade, você deve sempre questionar antes de obedecer uma ordem. Se não tivessem cortado propositadamente a cena antes de compartilhar, daria para perceber com clareza”, explica Danilo Gentili.
Já Porchat, por sua vez, contou ao Globo que Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola se trata de uma obra de ficção e que seu personagem é “o vilão”:
“Quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado. Às vezes é duro de assistir, verdade. Quanto mais bárbaro o ato, mais repugnante. Agora, imagina se por conta disso não pudéssemos mais mostrar nas telas cenas fortes como tráfico de drogas e assassinatos? Não teríamos o excepcional Cidade de Deus? Ou tráfico de crianças em Central do Brasil? Ou a hipocrisia humana em O Auto da Compadecida. Mas ainda bem que é ficção, né? Tudo mentirinha”.
A Netflix ainda não se pronunciou sobre o caso.
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