Até 2030, 50% da audiência da Netflix e Amazon será de títulos de língua não-inglesa, diz estudo

Pelo menos metade do tempo de exibição dos assinantes europeus da Netflix e Amazon Prime poderá ser gasto assistindo a conteúdo em outro idioma até 2030, de acordo com a empresa líder de análises Digital-i.

O último relatório da empresa levantou temores de uma “desvalorização das produções dos EUA e do Reino Unido” se a tendência continuar se movendo neste ritmo rápido, tendo mais do que dobrado desde 2019.

Usando seu sistema de medição de streamer SoDa recém-desenvolvido, a Digital-i descobriu que os telespectadores dos principais territórios europeus gastaram 22% de seu tempo assistindo a conteúdo em idioma diferente do inglês em outubro de 2021, em comparação com 10% dois anos antes. No mesmo período, a porcentagem de programas em outros idiomas no catálogo da Netflix aumentou de 25% para 31%. A exibição de programas não ingleses da Amazon dobrou para 16% no período, enquanto seu catálogo aumentou de 19% para 25%.

Outubro de 2021 viu Round 6 dominando, mas o drama francês Lupin e ofertas mais antigas, mas ainda assim populares, como La Casa de Papel e Dark também foram apontadas como responsáveis ​​pela mudança.

No ritmo atual, a Digital-i previu que 50% das visualizações europeias da Netflix e da Amazon serão em conteúdo em idioma diferente do inglês em 2030.

De acordo com as novas regras da UE, que entraram em vigor há dois anos, os serviços de streaming devem dedicar pelo menos 30% de seus catálogos sob demanda ao conteúdo local. A análise da Digital-i dos catálogos anteriores do serviço de streaming não incluiu programas que não foram assistidos durante o período.

“À medida que mais grandes estúdios dos EUA lançam suas ofertas de streaming em todo o mundo, é fundamental entender o tipo de conteúdo que atrai o público global”, disse o relatório. “À medida que os espectadores passam mais tempo assistindo a conteúdo em outro idioma, podemos esperar que Hollywood e outras potências de produção que falam inglês também o façam. Começando a perder seu domínio quando se trata do mercado global de conteúdo.”

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Fonte: Deadline


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