Funcionários transgêneros da Netflix farão uma greve na próxima semana protestando contra a decisão da gigante do streaming de lançar o mais recente especial de comédia de Dave Chappelle, The Closer, no qual ataca diferentes comunidades LGBTQ+.
Segundo o jornal Los Angeles Times, que recebeu a confirmação dos participantes, a ação vai acontecer dia 20 de outubro:
“Eu encorajo todos os membros trans e aliados a não trabalharem para a Netflix no dia [20 de outubro]. Conforme discutimos por meio do Slack, e-mail, textos e tudo mais, nossa liderança nos mostrou que eles não defendem os valores pelos quais somos considerados”, um funcionário da Netflix postou na última segunda-feira (11) em um canal público da empresa no Slack que conta com mais de 800 funcionários que representam “minorias de gênero de todos os tipos e seus aliados”.
Entenda o caso:
Mais polêmicas envolvendo a Netflix e a postura tomada pela plataforma em relação ao comediante Dave Chappelle que, em seu stand-up no streaming, abordou a discussão em torno de J. K. Rowling, criadora de Harry Potter, e fez piada com o cancelamento da autora.
Na situação em questão, ele havia dito: “Cancelaram J. K. Rowling, Meu Deus. Efetivamente, ela disse como gênero era um fato, a comunidade trans ficou furiosa, e começaram a chamá-la de TERF [sigla em inglês para feminista radical trans-excludente]. Eu sou time TERF. Concordo. Gênero é um fato”.
Agora, após o comentário transfóbico, a Variety reportou que a Netflix suspendeu três funcionários por impedir uma reunião de seus principais executivos, incluindo uma pessoa trans que criticou a nova comédia de Chappelle.
Uma engenheira de software sênior de São Francisco – que se identifica como homossexual e trans – estava entre os suspensos na semana passada por participar da “QBR” – revisão trimestral de negócios da Netflix, um evento de dois dias que reúne os 500 principais funcionários da empresa.
A Netflix não suspendeu a engenheira por causa de tweets recentes condenando o que ela chamou de piadas anti-trans no especial Chappelle, disseram indivíduos próximos a plataforma, mas sim, por comparecer sem ser convidada. Uma investigação foi lançada sobre os três funcionários.
No tweet, a jovem Terra Field disse:
“Eu trabalho na Netflix. Ontem lançamos outro especial de Chappelle onde ele ataca a comunidade trans e a própria validade da transnidade – tudo isso enquanto tentava nos colocar contra outros grupos marginalizados. Você vai ouvir muito falar sobre “ofensa”. Não nos ofendemos”
Após o fato, Dave Chapelle passou a dizer como “não estava dizendo isso para dizer que mulheres trans não são mulheres” e que “quem assistir os especiais saberiam como nunca tive problemas com pessoas trans.” No entanto, a organização não governamental GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation), protestou esses comentários nas redes sociais.
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