Sucesso absoluto do cinema e filme que ditou tendências na época, a comédia romântica Uma Linda Mulher (Pretty Woman) lançou Julia Roberts ao estrelado através de um conto de fadas bastante maduro para os padrões da Disney.
Porém, o que pouca gente sabe é que o filme era para ser OUTRA coisa e teria outro roteiro muito mais sombrio e adulto. Essa história, claro, nunca foi aprovada pelo estúdio do Mickey, mas, se você é fã desse clássico atemporal, certamente vai gostar de saber como seria, certo? Vamos contar tudinho!
Mas antes, sobre o que se trata o filme?
Caso nunca tenha tido o prazer de assistir, na trama, durante uma viagem de negócios a Los Angeles, Edward, um executivo que compra e fragmenta empresas para vendê-las, encontra a prostituta Vivian. Edward a contrata para ficar com ele durante uma semana a fim de acompanhá-lo nos jantares de negócios. Os dois se aproximam e descobrem que há vários obstáculos para serem superados até que possam unir seus mundos tão diferentes.
Como era para ser o filme inicialmente?
De início, quando a ideia do filme surgiu, o roteirista J.F Lawton se inspirou em sua vida como aspirante a cineasta pela ruas escuras e sujas de Los Angeles. Ele morava próximo a um grande ponto de venda de drogas e prostituição e esse tema sempre o inspirou à escrever. Ele chegou a sair com algumas das mulheres que trabalhavam nesse ramo e teve a ideia de escrever um filme sobre como essas garotas eram marginalizadas e excluídas da sociedade apenas por trabalhar com sexo. Noites de conversas com elas, ele finalmente ouviu a história que mudaria para sempre sua vida: a de uma moça que trabalhava nas ruas e foi levada por um homem rico para uma viagem à Las Vegas por uma semana. Foi daí que nasceu a primeira e adulta versão de Uma Linda Mulher.
De sombrio à Disney
Pelo teor da produção, após fazer sucesso entre as agências, o roteiro havia sido vendido para a produtora Vestron Pictures, que poderia bancar todas as cenas de sexo, drogas e prostituição que a história exigia inicialmente. Porém, após divergências, o filme foi parar na produtora independente New Regency e só depois foi comprado oficialmente pela Touchstone Pictures, que pertencia à Disney – isso mesmo, a Casa do Mickey adquiriu um roteiro sobre uma protagonista prostituta.
Quando a Disney apresentou o roteiro ao diretor, Garry Marshall, e pediu a ele obviamente que suavizasse a história (sem tirar a ideia central da prostituição), o filme ainda era chamado de 3000 – o valor de uma noite com a protagonista, Vivian. Além disso, nessa primeira versão do roteiro, a personagem de Julia Roberts tinha um vício pesado em cocaína e bebidas alcoólicas. No fim das contas, os produtores decidiram, no entanto, que a profissão como garota de programa já era suficientemente maduro para um filme da Disney.
Após as mudanças e o filme nascer como conhecemos hoje, Uma Linda Mulher era uma aposta arriscada do estúdio infantil mas que rendeu – até hoje – a maior bilheteria de uma comédia romântica da história do cinema.
E aí, você sabia dessa versão 18+ de Uma Linda Mulher? O filme está disponível no Disney+.
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