Judas e o Messias Negro é um longa baseado em fatos reais, que tem como protagonista William O’Neal, um agente duplo contratado pelo FBI para se infiltrar no Partido dos Panteras Negras em Chicago no final dos anos 60. Porém, nem tudo sai como esperado e o “Judas”, interpretado por Lakeith Stanfield, acaba virando amigo íntimo de Fred Hampton, “Messias”, presidente do partido e principal alvo dos federais.
Um dos grandes ganhadores do Oscar de 2021, com indicações a Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia, Melhor Ator Coadjuvante e Canção Original, o longa faturou duas estatuetas na premiação, Melhor Ator Coadjuvante, com Daniel Kaluuya no papel de Fred Hamptom, e Canção Original, por “Fight For You”, da cantora H.E.R.
Durante o filme, dirigido por Shaka King, podemos ver como era o trabalho de Fred e dos Panteras Negras na cidade, oferecendo café da manhã para crianças e assistência médica gratuita para a população preta. Abaixo, destacamos vários outros eventos que aconteceram de verdade e que também são retratados na obra de ficção:
• O nome Messias
O apelido Messias, que Fred recebeu e dá nome ao filme, foi realmente usado pelo FBI durante as investigações.
• Oratória potente
Os discursos inflados e emocionantes de Fred não são apenas um dom, mas fruto de muito estudo. Na vida real, o revolucionário estudava os textos de Martin Luther King e Malcolm X para conseguir passar mensagens tão impactantes quanto a deles. No filme, é possível vê-lo repetir cada palavra de um discurso gravado.
• “Eu sou um revolucionário”
A cena de Fred bradando “eu sou um revolucionário” durante uma de suas palestras, com participação da plateia devolvendo o grito, impactou os espectadores desde o trailer do filme. E na vida real, esse momento realmente aconteceu, sendo um dos marcos mais lembrados pela comunidade.
• Coalizão Arco-íris
A Coalizão Arco-Íris foi a união do Partido dos Panteras Negras com os Jovens Patriotas, um grupo de pessoas brancas e pobres. Juntos, eles lutavam contra pobreza, corrupção e brutalidade policial nas ruas.
• Roubo de sorvete
Tanto na vida real quanto no filme, Fred Hampton foi acusado e preso por roubar US﹩70 em sorvete – o que nunca aconteceu. Essa foi a única forma encontrada pelos federais para tirar Fred do comando dos Panteras.
• Ataque à sede
Enquanto Fred estava detido, a sede do Partido dos Panteras Negras foi atacada pela polícia. Depois de um intenso tiroteio, os Panteras se renderam e o prédio foi incendiado, cena que também condiz com a realidade.
• Judas remunerado
William O’Neal recebia dinheiro do FBI por intermédio do agente Roy Mitchell, interpretado por Jesse Plemons, pelo trabalho infiltrado no Partido dos Panteras Negras. Porém, as regalias mostradas no filme, como as idas a restaurantes caros e à casa do agente, nunca foram confirmadas.
Judas e o Messias Negro já está disponível no HBO Max.