Solos, nova antologia do Prime Vídeo, estreou recentemente no streaming. Anne Hathaway, Morgan Freeman e Anthony Mackie são alguns dos atores presente na série de ficção científica.
Apesar de ser um antologia, com personagens aparentemente desconexos em que cada episódio conta um história única e independente, logo percebemos ao final, que na verdade, as relações se convergem.
Com sete episódios, a série apresenta, em quase todos, apenas um único personagem vivendo um momento crucial em sua vida com uma reviravolta sci-fi. E claro, ao longo dos episódios, fica até difícil não comparar com Black Mirror, série de sucesso da Netflix.
*ALERTA DE SPOILERS*
Os episódios saltam de um personagem para os outros, e se você terminou de assistir à primeira temporada, percebeu logo de cara a relação de pai e filha entre Tom (Anthony Mackie) e Peg (Helen Mirren). No entanto, ao final da temporada, e se prestarmos um pouquinho mais de atenção entendemos que não apenas uma história está interligada, mas todas.
As histórias acontecem em tempo e espaço diferentes, em futuros diferentes principalmente. E com avanços tecnológicos que ainda não sabemos quando (e se) iremos alcançar um dia.
No entanto, apesar das histórias dos personagens acontecerem em tempos diferentes, ao último episódio recordamos todas elas novamente. Quando Stuart (Morgan Freeman) recupera as “suas” memórias após Otto (Dan Stevens) ativá-las, nós percebemos e entendemos que todas aquelas recordações não são de Stuart, mas sim, roubadas. As memórias foram roubadas dos personagens que conhecemos antes.
Sendo assim, quando Stuart diz que se lembra de nadar na piscina de sua melhor amiga Nia, essa memória é de Sasha (Uzo Aduba), a mulher que não quer sair de casa. Já, a memória de Peg está relaciona ao seu amor verdadeiro quando ela conta durante sua viagem ao espaço. Além disso, temos Leah (Anne Hathaway) assistindo a De repente 30; e a relação de pais dos personagens Tom e Nera (Nicole Beharie), que amaram seus filhos, diferente do personagem de Freeman.
Covid-19 em Solos:
Em algumas histórias, como a de Sasha e a morte do filho de Stuart envolvem um vírus terrível, e claramente, essa doença faz alusão ao vírus do Covid-19. Desse modo, após perder o filho, o personagem decidiu roubar memórias com o propósito de escapar da suas próprias e poder se afeiçoar aquelas que ele roubava.
Além disso, o criador da série David Weil escreveu Solos enquanto estava isolado em decorrência da pandemia do coronavírus. Sendo assim, podemos entrelaçar as histórias da série aos sentimentos humanos que muitos estão sentindo no momento do isolamento social.
Apesar de ser uma ficção científica, Solos vai além, a série é sobre conexões humanas. Nos momentos mais privados, onde refletimos sobre nossas vidas, o foco sempre está nas ligações com outras pessoas. Assim como na série, em nossas vidas também estamos motivados por amor à outros.
Quem você é quando está sozinho?
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