Times formados no ‘The Voice+’ após último dia de audições às cegas

Foram milhares de inscrições! E após uma intensa e longa fase seletiva, dezenas de vozes chegaram ao palco do ‘The Voice+’ para as audições às cegas. Apenas 48 delas foram selecionadas e continuam na competição. Na próxima semana, começa o “Tira-Teima”. A cada programa, três candidatos de cada time se apresentam, mas somente dois seguem na disputa.

A competitividade está a mil e os técnicos muito afinados na mesma emoção. “Cada participante que passou pelas audições às cegas nos deu a oportunidade de perceber que não é tarde para viver e para realizar, renovar os sentimentos, isso é gigante! A cada programa me surpreendo demais com a força de vida ali em cada voz, cada história. O ‘The Voice+’ é realmente um presente para todos nós”, relata Claudia Leitte. O cantor Daniel concorda com Claudinha. “A hora é agora, o momento é agora, é isso que mais emociona. A gente já se deparou com muitas histórias incríveis nessa primeira fase, que acabaram somando ainda mais aquela voz”, diz.

Ludmilla celebra terem chegado ao fim da primeira etapa, todos com seus times cheios de vozes talentosíssimas. “Estava muito tensa e com um certo medinho no início, confesso. Afinal, é tudo muito novo, nunca havia feito nada parecido. Mas, seguindo a minha intuição, tem parecido natural estar ali. Não é fácil, mas é prazeroso demais”, diz a cantora. Para Mumuzinho, a responsabilidade continua a mesma de uma etapa para a outra. “Estamos lidando com sonhos, aprendendo e compartilhando com os candidatos”, finaliza.

Veja quem são os últimos candidatos aprovados em cada time:

Time Daniel

Eduardo Milan (64 anos, Campo Grande – MS)

O uruguaio mora desde 1989 no Brasil e, desde 2015, em Campo Grande (MS). É casado há 21 anos com sua segunda esposa, Gislaine, tem 5 filhos, 7 netos e um bisneto. Seu pai cantava em um grupo musical no Uruguai e tinha o hábito de leva-lo para os bastidores das apresentações. Aos 13 anos, entrou numa banda de rock e se apresentava em eventos estudantis. Ainda em Montevidéu, aos 18 anos, casou com a primeira esposa e abandonou a música. Dez anos depois, separou-se porque sua esposa não aceitava que ele quisesse viver da música, cobrando dele uma profissão “mais formal”. Em 1989 veio para o Brasil e em Porto Alegre montou uma pizzaria, onde começou a reunir músicos e fazer shows. Há seis anos, quando se mudou para Campo Grande e casou novamente, montou um hostel na parte dos fundos de sua casa. No ‘The Voice+’, cantou “Alguém me disse”, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim.

Vanderlei Santanna (69 anos, Rio de Janeiro – RJ)

Ele faz parte da ala de compositores da Portela, é aposentado e trabalha como taxista para complementar a renda. Já ganhou diversas vezes o samba-enredo em blocos cariocas e entrou no ‘The Voice+’ cantando “Poder da Criação”, de João Nogueira e Paulo César Pinheiro. Começou a cantar quando tinha 12 anos, ouviu um locutor anunciar que a criança que cantasse melhor ganharia uma bola de futebol. Ganhou a bola e de lá para cá, não parou de cantar. Ainda aos 12, tocou na bateria do bloco Cacique de Ramos. Toda quarta-feira ia para os ensaios e era costume encontrar grandes nomes do samba carioca na sede do Cacique. Em 1974, fundou um bloco com os amigos chamado A Banda de Olaria. Há quatro anos, a Portela fez um concurso de samba enredo. Foram 86 sambas inscritos e seu samba ficou em 5º lugar. Então, foi convidado para participar do primeiro CD de samba de terreiro da Portela.

Mauro Gorini (63 anos, Rio de Janeiro – RJ)

Ele chegou ao ‘The Voice+’ cantando “She”, de Charles Aznavour e Herbert Kretzmer. É dentista e também ator de musical, já atuou em algumas novelas da Globo, como ‘Morde e Assopra’, ‘Irmãos Coragem’ e ‘Sonho Meu’ e tem uma orquestra com quem se apresenta em casamentos. Bastante eclético, Mauro nasceu e mora no Rio de Janeiro com seu marido. Lembra-se que com 6 anos, queria ser Wanderley Cardoso. Com 16, montou um grupo de teatro na escola Pedro II. Como a profissão de ator não era regulamentada, resolveu fazer Odontologia e atuou na área por um ano. Depois disso, atuou em diversos musicais, como “Uma Cama Entre Nós”, “A Noviça Rebelde”, “Francisco de Assis O Musical”, “Ópera do Malandro”, “Cauby”, entre outros. Aos 57 anos, achou que não tinha mais idade para os musicais e por decidiu montar sua orquestra. Desde então, se apresenta em casamentos e bodas. Descobriu, há muito tempo, que podia deixar de ser dentista, podia deixar de atuar, mas que jamais deixaria de cantar.

Time Claudia Leitte

Juarez Caseh (64 anos, Maceió – AL)

Juarez Caseh mora sozinho e tem três filhos. Sua história com a música começou quando tinha 13 anos e aprendeu a tocar violão. Na sequência, aprendeu a tocar bateria e começou a cantar numa banda. Cantava em banda baile em Alagoas, foi chamado para cantar na banda “Lordão” em Itabuna, e acabou convidado por Luiz Caldas para cantar nos trios elétricos do Bloco Beijo e Bloco Mel. Em 1988, gravou o disco “Bahia, Carnaval e Cerveja”. Em 1990, fez sucesso com a música “Mágica”, depois passou uma temporada em São Paulo, tocando em bares e festas. Apresentou-se no show de calouros do Raul Gil, em 1994. Há oito anos, voltou para Maceió e costuma se apresentar no interior do Nordeste. Nas audições às cegas, cantou “I don’t want to talk about it”, de Danny Whitten.

Vera do Canto e Mello (83 anos, Rio de Janeiro – RJ)

Ela era atriz de musicais renomados e teve alunos como Claudia Raia, Miguel Falabella, Beatriz Segall, Leo Jaime, Marilia Pera, Paula Toller, entre outros. Deu aulas também a Marisa Monte e Marina Lima, com quem chegou a gravar uma faixa de um de seus discos. Aos 4 anos de idade entrou no balé e aos 7 começou a ter aulas de piano. Na adolescência, passou a estudar canto e começou a cantar lírico em recitais. No Theatro Municipal, foi dirigida pelo famoso diretor italiano Franco Zeffirelli, na ópera “La Traviata”. Viajou para Viena para estudar canto lírico e morou na cidade de 1971 a 1974. Dividida entre a carreira e os filhos adolescentes, o coração materno falou mais alto. No final da década de 1980, foi para os Estados Unidos estudar Pedagogia Vocal na Universidade de Indiana. Voltou como professora e diretora musical da Escola Americana. Já concedeu entrevistas a Jô Soares e Clodovil, fez alguns shows cantando jazz, com Tom Jobim e Pixinguinha. Anualmente, organiza recitais no Gávea Golf Clube com seus alunos. Mora com o marido, tem dois filhos e duas netas que moram no Rio de Janeiro. Conquistou seu espaço no ‘The Voice+’ cantando “My Favorite Things”, de Oscar Hammerstein II e Richard Rodgers.

Daniel Gomes (67 anos, Duque de Caxias – RJ)

Daniel tem quatro filhos, quatro netos, mora com a esposa e já foi casado outras duas vezes. Seu pai era pastor evangélico e Daniel começou a cantar no coral da igreja. Ele também já cantou em bares e até já ganhou troféus em karaokês. Em 1994, gravou seu primeiro LP, depois disso já gravou outros três, todos de músicas gospel autorais. Aposentado, trabalhava como motorista de ônibus, mas já trabalhou também como motorista de caminhão e van. No ônibus, era conhecido como “o cantor das multidões”. Além da música, outra paixão é criar pipas com bambus. Passa horas em seu terraço brincando com isso. Também gosta de construir móveis e pintar. Daniel entrou no reality cantando “Você não me ensinou a te esquecer”, de Fernando Mendes, José Wilson e Lucas.

Time Mumuzinho

Renato Castelo (74 anos, Pirenópolis – GO)

Renato nasceu em Natal (RN), mas mora em Pirenópolis com a esposa. Tem três filhos e oito netos. Trabalhou a vida inteira como funcionário público e é aposentado. Conquistou o público cantando “Dindi”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, no palco do ‘The Voice+’. Sua história com a música começou quando nasceu, já que seu pai tocava sanfona e sua mãe cantava o dia inteiro. Aos 15, montou sua primeira banda com amigos do bairro, com repertório de Roberto Carlos a Beatles. Compositor, tem mais de 50 músicas gravadas por vários intérpretes e gravou três CDs autorais. Fez participação especial como compositor e cantor do disco “Marimbondos de Fogo”, em companhia de Baden Powell, Marília Barbosa e Francisco Carlos. Já cantou no Teatro Goiânia, completamente lotado. Sua música, “Vila Operária”, foi classificada em 2º lugar num festival na década de 1970. Antes da pandemia, tocava todo fim de semana numa pizzaria e sempre convidava um amigo para cantar com ele. Depois que se aposentou já publicou três livros.

Iracema Monteiro (62 anos, Rio de Janeiro – RJ)

Iracema é vocalista no grupo “Candongueiros”, de Niterói (RJ). Embora tenha perdido sua mãe muito cedo, sabe que ela adorava cantar e que fugia de casa para se apresentar. Essa mesma paixão a acompanha também desde a infância, quando chegou a se perder dos pais em certa ocasião porque parou para assistir um show com músicas de Roberto Carlos. Aos 26 anos, Iracema casou-se com um cavaquinhista de quem já é divorciada, e naquela época passou a cantar em alguns eventos, mas era muito tímida. Alguns anos depois, com a timidez deixada de lado, passou a fazer parte dos “Candongueiros” e nunca mais parou. Viajaram o Brasil cantando. Iracema é requisitada para cantar com muitos compositores, inclusive em sambas-enredo. Cantou, inclusive, em muitos eventos na casa de Beth Carvalho. Tem três filhos e dois que são músicos também. A terceira, embora seja formada em Medicina, também gosta de cantar. Entrou no ‘The Voice+’ cantando “Começaria tudo outra vez”, de Gonzaguinha.

Leila Marhia (60 anos, Rio de Janeiro – RJ)

Leila Marhia canta desde os 10 anos e já foi backing vocal de cantores famosos. Depois de 20 anos, resolveu cantar sozinha. Gosta de músicas dos anos 1970. No palco do ‘The Voice+’, cantou “(They Long to be) Close to You”, de Burt Bacharach e Hal David. Quando pequena, foi morar próximo a um condomínio em Inhaúma onde só podia morar quem fosse músico. Desta forma, se aproximou de vários deles, e aos 17 anos começou a cantar em bailes. Aos 24, começou a trabalhar como backing vocal e fazer shows ao vivo. Passou 20 anos nessa estrada. Leila sonha em ser reconhecida pela música.

Time Ludmilla

Sueli Rodrigues (65 anos, Araçatuba – SP)

Aposentada, Sueli está longe de descansar. Atualmente, canta em dois grupos de samba e faz parte de um time de vôlei para idosos. Embora seja formada em Educação Física, trabalhou a vida inteira como telefonista da companhia telefônica de São Paulo. Ela começou a cantar quando tinha 5 anos, ao lado de seus irmãos, no programa de Edson Bolinha Cury, porém não se apresentou por muito tempo porque precisava focar nos estudos. Voltou a cantar com 28 anos, quando passou a fazer parte da banda orquestral Os Guanabaras. Ficou com o grupo por sete anos e saiu quando engravidou. Aos 38 anos, voltou a se apresentar com a banda Aquarius, em bares e formaturas, e não parou mais. A partir de 2009, começou a trabalhar como freelancer em duas bandas de samba de raiz e faz isso até os dias de hoje. Sueli entrou no ‘The Voice+ com a música “The Best”, de Holly Knight e Michael Chapman.

Felix (64 anos, São Bernardo do Campo – SP)

Ex-supervisor de vigilância do Metrô de São Paulo, cantava em bares junto com a banda de um dos filhos – Felix é casado e tem três filhos. A música começou a fazer parte de sua vida na adolescência, quando aos 15 anos cantava na Associação de Moradores do bairro onde morava. Gostava de cantar Tim Maia, Nelson Ned, Sérgio Reis e Roberto Carlos. Embora a banda do filho não exista mais, ele continua reunindo os amigos para tirarem um som em casa. Entrou no ‘The Voice+’ cantando “Eu amo você”, de Cassiano e Silvio Rochael.

Marisa Mel (63 anos, Praia Grande – SP)

Cabeleireira particular e cantora, Marisa Mel vinha se apresentando em asilos e formaturas com uma banda que montou com o namorado até a pandemia começar. Quando criança, o pai cantava música portuguesa, tocava violão e adorava pedir para Marisa lhe acompanhar. No início da década de 1980, entrou junto com uma prima para a Vai Vai. Na época, ficou conhecida como a garota da Vai Vai. Chegou a gravar um CD para vender nos bailes. Depois virou vocalista de uma banda de formatura. Começou a namorar o tecladista e montou sua própria banda para se apresentar em eventos. Desde que a pandemia começou, tem feito lives dentro de casa. Mora com a filha, o genro e três netos. Cantou “Estranha Loucura”, de Michael Sullivan, Miguel e Paulo Massadas.

O ‘The Voice+’ tem direção artística de Creso Eduardo Macedo, direção-geral de Angélica Campos e apresentação de André Marques, com Thalita Rebouças nos bastidores. O reality é exibido na TV Globo aos domingos, após a ‘Temperatura Máxima’; às segundas, às 20h30, no Multishow; e está disponível também no Globoplay.

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