15 Slashers essenciais para os fãs de terror

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O que você pensa, quando lê as palavras “filmes slashers”? Talvez lhe venha à mente um assassino com máscara, ou um grupo de adolescentes, não tão brilhantes, que decidem se divertir em um local isolado. Com certeza, você deve pensar em litros e mais litros de sangue falso e muita violência. Mas, antes destas características definirem o gênero, o slasher, mais do que qualquer outra coisa, explora intimamente a violência física e o mórbido ato de matar, como já definiram alguns críticos.

Parece complicado apontar devidamente quando o gênero surgiu. Desde o lançamento do filme “A Casa Sinistra”, em 1932, pela Universal, inúmeros filmes com tramas sobre pessoas sendo perseguidas por misteriosos assassinos em um ambiente confinado chegaram às telas, ainda sim, “A Casa Sinistra” não é necessariamente considerado o primeiro slasher. Longas das décadas de 40 e 50, como “O Vingador Invisível” (1945) e “Museu de Cera” (1953), traziam muitos elementos do tema, mas ainda não tinham o caráter sinistro do subgênero – mortes chocantes causadas por verdadeiros assassinos, como nos filmes “O Massacre da Serra Elétrica” (1974), “Halloween – A Noite do Terror” (1978) e “Natal Sangrento” (1984).

Definindo de forma simples (para evitar polêmicas), um slasher normalmente apresenta um assassino psicopata – que é humano, ou já foi – e uma extensa contagem de vítimas, muitas vezes mortas aleatoriamente, mas de forma violenta. Tendo estes parâmetros em mente, selecionamos 15 filmes para você apreciar o melhor da alcunha que acompanha várias pérolas do cinema.

1. O Maníaco (1980)

“O Maníaco” traz uma estética suja e pessimista de Nova York, onde a trama se passa. Frank Zito, assustadoramente interpretado por Joe Spinell – que também participou da construção do roteiro – é um serial killer cruel, decadente e imprevisível. Atormentado pelas lembranças traumáticas dos abusos que sofreu nas mãos de sua falecida mãe, Zito aterroriza a cidade cometendo crimes hediondos e colecionando escalpos de suas vítimas. Aqui, o quesito sangue e violência é certo.

O filme foi dirigido por William Lustig e além de Spinell, o elenco conta com a voluptuosa Caroline Munro, Abigail Clayton e Kelly Piper. 

2. A Morte Convida Para Dançar (1980)  

“A Morte Convida para Dançar” é um clássico exemplo da trama que envolve um assassino vingador que decide punir um grupo de jovens por um terrível crime que eles cometeram e tentaram varrer para debaixo do tapete. O longa inspirou clássicos como “Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado”

Por seis anos os adolescentes Kelly, Jude, Wendy e Nick esconderam a verdade sobre o que realmente houve com Robin Hammond, uma criança de 10 anos que teve seu corpo sem vida encontrado perto de um convento abandonado. Com receio de serem responsabilizados pela morte acidental de Robin, os quatro jovens juraram segredo acreditando que eram os únicos a saber do ocorrido, porém mais alguém testemunhou a morte e depois de todos estes anos planeja se vingar durante o baile de Formatura do grupo.

O slasher é estrelado pela eterna scream queen Jamie Lee Curtis, também protagonista de “Halloween”. O longa possui ótimas cenas de perseguição e é um divertido clássico do gênero que teve várias continuações. Chegou a ser refilmado em 2008.

3. Halloween – A Noite do Terror (1978)

“Halloween – A Noite do Terror” marcou época, não apenas pela grande bilheteria, mas por lançar a atriz Jamie Lee Curtis e o diretor John Carpenter ao estrelato, além de abrir caminho para uma leva de filmes slashers que foram lançados nos anos seguintes, como “Sexta-feira 13”, “A Hora do Pesadelo”, “Pânico” e tantos outros.

Na trama, que privilegia o suspense e o clima de tensão mais do que vísceras e sangue, acompanhamos um menino de apenas seis anos ser enviado para um hospital psiquiátrico após esfaquear e matar a sua irmã mais velha no dia das Bruxas. Quinze anos se passam, e na noite de Halloween, o assassino foge da instituição rumo a sua cidade Natal, Haddonfield, em Illinois. Ainda obcecado pelo assassinato da irmã, Michael Myers, agora com 21 anos, escolhe um novo alvo: a estudante Laurie Strode, interpretada pela jovem Jamie Lee Curtis, que precisa lidar com o medo e a paranoia de ser perseguida por um desconhecido sem saber o real motivo.

4. O Homem Leopardo (1943)

O diretor Jacques Tourneur foi pioneiro do subgênero habituado a explorar serial-killes psicopatas. Em “O Homem Leopardo”, há uma sensação indelével de pavor por conta da sugestão. As mortes acontecem sem a necessidade de exposição, como na maioria dos slashers. Na trama, uma onda de assassinatos atinge uma pequena cidade do Novo México logo depois que o dono de uma boate perde o leopardo que comprou para atrair clientes. As vítimas sofrem feridas profundas que parecem ocasionadas pelas garras do animal. Mas, logo os moradores começam a desconfiar que a fuga do felino é uma desculpa usada por alguém que tem prazer em matar.

5. Quem Matou Rosemary (1981)

Dirigido por Joseph Zito e com os efeitos de maquiagem de Tom Savini, “Quem Matou Rosemary” é uma preciosidade dos anos 80. O filme é um slasher que consegue se sobressair entre as inúmeras produções do gênero da época. Ele se destaca pela trama inteligente e pela violência abundante – para o deleite dos fãs de gore. A história se inicia nos anos 40, quando soldados americanos que lutaram na Segunda Guerra Mundial retornam para casa. Um dos soldados destoa entre a felicidade de todos, sua amada Rosemary lhe trocou por outro. É nesse período que ocorrem os primeiros crimes, Rosemary e seu novo namorado são mortos brutalmente. Após 35 anos, o caso ainda não foi solucionado e um desconhecido vestindo uniforme do Exército decide reviver o duplo assassinato matando os universitários da pequena cidade de Nova Jersey durante um Baile de Primavera.  

6. O Mistério de Candyman (1992)

Baseado na obra do grande escritor Clive Barker, “O Mistério de Candyman” traz a história de Helen Buchanan, uma estudante de sociologia que está desenvolvendo uma tese sobre pichações em locais públicos e urbanos. Ela escolhe um conjunto habitacional decadente e vandalizado para centralizar seus estudos. Aos poucos a presença de Candyman é introduzida na trama através de sutis elementos, pinturas aterrorizantes, pichações ameaçadoras e vários assassinatos sem explicações. Durante o longa, percebemos que os moradores da região estão sujeitos a diversas situações de violência e precisam lidar com a ausência de seus direitos sem a interferência policial, sendo desumanizados pela condição que se encontram. O filme funciona como um slasher gótico suntuoso e uma crítica ao governo americano pela negligencia e decadência urbana das favelas de Chicago. Produzido pelo próprio Barker, o longa traz um aprofundamento maior dos personagens e funciona muito bem como um complemento do livro com informações extras sobre o surgimento da lenda e alguns plots a mais.

7. Banho de Sangue (1971)

Mario Bava é o renomado diretor responsável por “Banho de Sangue”, filme em que comprova ser o mestre do proto-slasher e apreciador de caracterizações atmosféricas góticas. Esse cultuado thriller é considerado um dos mais sinistros de Bava e a fonte de inspiração para sucessos como a franquia “Sexta-Feira 13”, que chegou a recriar duas sequências exatas de “Banho de Sangue” em uma de suas continuações, e “Halloween”. Na trama, inúmeros assassinatos ocorrem em uma paradisíaca baía, a primeira vítima é a condessa Donati, proprietária do local. No decorrer da história os herdeiros da propriedade e moradores da região também se tornam vítimas de um assassino misterioso. Mas não há inocentes, muitos personagens possuem motivos para matar as pessoas ao seu redor. 

8. Acampamento Sinistro (1983)

Antes mesmo de “Sexta-Feira 13” fomos presenteados com um dos clássicos mais cultuados dos anos 1980, o “Acampamento Sinistro”. A trama envolve um assassino em série em um acampamento e possui uma das cenas de encerramento mais perturbadoras do cinema – calma, não daremos spoilers. O objetivo do diretor Robert Hiltzik era realizar um longa de serial killers que fosse interessante e fizesse as pessoas pensarem. Após um traumático acidente, Ângela e seu primo Ricky vão passar as férias no acampamento Arawak, lá a jovem conhece Paul, Judy e Meg. Logo, mortes estranhas começam a acontecer levantando as suspeitas sobre vários personagens. Com um orçamento limitado, a história segue com mortes criativas e desdobramentos arrebatadores. O título merece estar na lista de todos os apreciadores de um bom slasher.  

9. O Pássaro Sangrento (1987)

Embora seja uma produção italiana de terror, “O Passáro Sangrento” não se classifica como um giallo, mas como um legitimo slasher. Nele, o diretor Michele Soavi, conhecido pelo excelente “Pelo Amor e Pela Morte”, conduz brilhantemente a história e cria um filme visualmente deslumbrante e sufocante. Seus belos cenários elevam o longa para além das cenas de violência, e embora o sangue demore um pouco a aparecer, quando as mortes começam, a trama se torna um pesadelo. O roteiro traz a história de um serial killer que escapa do sanatório onde estava internado e acaba se escondendo em um teatro, onde atores estão ensaiando uma peça sobre um assassino.  Usando uma fantasia, o maníaco se infiltra entre o elenco e equipe para realizar o seu próprio espetáculo.

10. Tenebre (1982)

Outra pérola do mestre do terror, Dario Argento: “Tenebre”. Este giallo conta a história do escritor americano Peter Neal durante a sua visita à Roma para divulgar seu novo best-seller, intitulado Tenebre. Enquanto se encontra na cidade, uma jovem é assassinada e páginas do seu livro são encontradas na boca da vítima. O autor decide investigar o mistério com a ajuda de dois detetives. O diretor vai apresentando várias pistas sobre quem é o assassino no decorrer da trama, mas mesmo assim é difícil deduzir quem está por trás dos crimes, pois novos acontecimentos e mortes confundem o espectador. O verdadeiro criminoso só é relevado no final, para a surpresa de todos. Este é um dos mais violentos filmes do cineasta e está entre as melhores obras de Argento. A trilha sonora foi realizada pelo notável grupo Goblin e a fotografia ficou a cargo de Luciano Tovoli, de “Suspiria”, que fez um belíssimo trabalho. 

11. Pague Para Entrar, Reze Para Sair (1981)

“Pague para Entrar e Reze para Sair” foi criado e dirigido pelo cineasta Tobe Hooper, também responsável pelos clássicos “O Massacre da Serra Elétrica” (1974) e “Poltergeist – O Fenômeno” (1982). O filme subverte a ideia alegre que temos dos parques de diversão ao apresentar uma história que transforma o local em um palco de pesadelos aterradores. Na história, dois casais de amigos decidem ir à um parque de diversões que acabou de chagar na cidade, eles se divertem nas atrações até que um deles decide descer do carrinho do trem fantasma durante seu percurso para se esconder no local a fim de passar a noite no parque fechado. Logo eles descobrem que o parque pode não ser tão divertido como pensavam.

Embora não tenha recebido o reconhecimento merecido, o filme é um dos melhores slashers dos anos 1980, por apresentar uma premissa simples e interessante.   

12. Chamas da Morte (1981)

Entre inúmeras cópias de franquias famosas dos anos 1980, “Chamas da Morte” é um slasher que se sobressai apesar da trama se centrar em um acampamento de verão. O filme possui uma qualidade artística na violência chocante e na profusão de sangue que não se vê na maioria dos imitadores. Com base em uma lenda urbana, o enredo conta a história de um conselheiro desfigurado que volta após a sua suposta morte para se vingar de seus colegas que o queimaram em uma brincadeira de mau gosto. O longa passa ao espectador a falsa sensação de segurança ao utilizar um tom alegre e cenas descontraídas entre os personagens. Esse sentimento é eventualmente quebrado em uma das cenas mais surpreendentes do filme, em que várias mortes ocorrem de forma terrível.

13. Noite do Terror (1974)

Considerado o avô dos filmes slashers, “Noite do Terror” foi a primeira produção a utilizar uma data festiva em sua trama. Outros filmes como “Sexta-feira 13”, “Halloween” e “Dia dos Namorados Macabro” seguiram a mesma ideia nos anos seguintes.  

A obra prioriza o terror psicológico e carrega no clima sombrio. O eficiente diretor, Bob Clark, claramente se inspira nos giallos de Dario Argento e Mario Bava, apresentando sequências de assassinatos filmedas com elegância e refinamento estético.   

A história se passa na véspera de Natal. Universitárias de uma fraternidade festejam sem saber que serão alvos de um assassino que espreita pela residência. Durante a festa, elas começam a receber estranhas ligações anônimas e na mesma noite, Claire, uma das meninas da fraternidade, desaparece. A polícia é acionada, mas não dá muita importância ao caso. O tenente Fuller, resolve dar ênfase às ligações feitas à fraternidade para descobrir se há alguma ligação com o desaparecimento de Claire. Os telefonemas não param e todos se veem em volta de um mistério sangrento quando corpos começam a aparecer.

14. O Massacre da Serra Elétrica (1974)

“O Massacre da Serra Elétrica” é um filme obrigatório para entender a evolução do cinema de horror americano. Dirigido por Tobe Hooper, a obra praticamente deu início ao gênero slasher e é um dos grandes clássicos do cineasta, também responsável por “Pague Para entrar, Reze Para Sair” (1981), “Poltergeist: O Fenômeno” (1982), “Força Sinistra” (1985) e “Invasores de Marte” (1986).

Em “O Massacre da Serra Elétrica”, Hooper – ainda em início de carreira – se inspirou livremente na vida do assassino Ed Gein para criar a obra. O enredo gira em torno de dois irmãos que viajam com seus amigos ao Texas com o objetivo de verificar o túmulo supostamente vandalizado de um parente, porém, no caminho até o local, são atacados por uma família de canibais. O filme é reconhecido atualmente como um grande cult influenciador do gênero.

15. A Tortura do Medo (1960)

“A Tortura do Medo”, de Michael Powell, é um dos grandes precursores do slasher. Nele, Mark Lewis é o discreto funcionário de uma pequena produtora de filmes que também atua como fotografo. Quando criança, Lewis foi submetido a experiências sobre a resistência ao medo. Traumatizado, acabou se tonando um serial killer que retrata seus assassinatos por meio de fotografias a fim de capturar e eternizar as expressões de horror de suas vítimas. A narrativa guia o espectador por uma história de mortes e fetiche banhada em uma atmosfera psicanalítica. O filme foi injustamente ofuscado pelo sucesso de “Psicose”, de Alfred Hitchcock, lançado na mesma época.   

Todos os filmes estão disponíveis na plataforma da Darkflix.

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