Com o fim de 2020 chega também as indispensáveis listas de melhores e piores filmes do ano. Pensando nisso, separamos aqui na Redação do Pipocas as 20 melhores séries lançadas este ano.
Lembrando que a lista não é por ordem de preferência. Pra gente já é difícil demais escolher a lista das melhores, determinar uma ordem seria uma tortura.
Confira a lista abaixo:
The Crown – 3ª temporada
The Crown é impecável. É isso. A menina dos olhos da Netflix nos presenteia com mais uma temporada perfeita, onde finalmente conhecemos e ficamos mais por dentro da história da eterna Princesa Diana. Com uma trama mais densa, confidente, de certa forma, vemos muito mais dos bastidores e dos problemas da nossa (não tão mais) amada família real. Acho que essa é a primeira temporada em que de fato detestamos muitos personagens, suas falhas de caráter e seus incômodos por Lady Di roubar tanto os holofotes tão escancarados na série. E sim, se você não quis quebrar a cara do Charles pelo menos uma vez, favor voltar e ver a temporada novamente. Além disso, temos uma atuação brilhante e impecável de Gillian Anderson, que dá vida a Dama de Ferro, Margaret Thatcher. Surreal o trabalho e a entrega da atriz. No mais, continua sendo aquele show de ambientação, de figurino e de fotografia que já conhecemos há 4 temporadas. Valeu Netflix, as séries canceladas pra pagar os figurinos de Diana foram totalmente válidas (mentira, nem tanto assim hahahaha).
The Great
Disparado melhor comédia do ano. A série é anti-histórica, vamos dizer assim, pois trata-se de um personagem histórico muito relevante, a imperatriz russa Catarina, a Grande, mas contando as coisas com nem tanta verdade assim. Uma história densa, dramática, mas com muitos momentos em que você chora de rir – ou chora de vergonha alheia. Elle Fanning é um espetáculo a parte, e Nick Hoult também não decepciona. Além disso, o cuidado da produção com a fotografia, a fidelidade com figurinos e costumes daquele tempo, fazem de The Great uma das obras primas desse ano.
Sex Education – 2ª temporada
Outra lindeza da Netflix, a segunda temporada veio ainda mais maravilhosa que a primeira. O elenco mais uma vez brilhante, com personagens que cativam nosso coração, e trazendo mais uma vez assuntos que ainda são tabus, mas que precisam ser discutidos. A série traz de forma cativante e leve temas importantes e pesados, sendo um diferencial gigante, como educação sexual ser importante não só para adolescentes, mas para adultos também; assédio; feminismo e sororidade, e a importância de se ter uma rede de apoio, além de tantas outras coisas. Foi uma felicidade nesse ano reencontrar Maeve, Otis, Eric e seus amigos.
The Boys – 2ª temporada
A melhor série de super-heróis da atualidade e não se fala mais nisso. Continuando numa crescente da primeira temporada, que foi impecável, The Boys consegue trazer uma segunda temporada profunda, ácida, sanguinolenta, com uma identidade própria consolidada, trazendo mais complexidade e profundidade aos personagens. Com um ótimo timing para as críticas sociais que apresenta, a série sabe equilibrar bem, não sendo o tempo todo panfletária e militante, mas tendo nisso um dos seus pontos mais fortes, sabendo dosar junto a sátira e ao absurdo. Temos críticas ao corporativismo, aos políticos, ao Trump, a cultura de cancelamento baseada na internet, aos memes e as fake news. E em meio a tudo isso, ainda tem muito espaço para surpreender. Nada nem ninguém está a salvo, e cada episódio traz uma tensão em meio a tudo. A adição da personagem Tempesta nessa temporada foi incrível, até pra nos encher de ódio, e o resto do elenco também está muito bem. Que venha a terceira temporada, em que não sabemos o que esperar – mas posso garantir que será muito bom.
Eu nunca…
Eu nunca… foi com certeza uma surpresa. Uma série adolescente, mas que fica longe de ser bestinha – apesar de ter bastante clichê. Conhecemos a vida de Devi, uma adolescente indiana nos Estados Unidos, que perdeu o pai de forma traumática, ficou temporariamente paralítica e precisa lidar com isso. Devi está decidida a arranjar um namorado (e a nos matar de vergonha alheia, por certo) e daí se desenrola a história. Mas, se engana quem pensa que essa série é mais do mesmo. Com um elenco cheio de representatividade, tratam dos assuntos da vida de Devi na mesma medida de leveza, comédia e drama que deveria ser tratado. O ritmo da série fica dinâmico e envolvente a cada capítulo e vai nos colocando cada vez mais de encontro com o trauma de Devi e as memórias dolorosas de seu pai que ela tenta tanto esquecer. Uma maratona indispensável.
Dark – 3ª temporada
Todo o tempo fazendo cálculos e teorias valeu a pena pois a temporada final de Dark terminou de forma majestosa. Os episódios finais conseguem apresentar um novo mundo, novos personagens e fechar todas as lacunas sem deixar nenhuma brecha para nada. Além do roteiro impecável, vale destacar a escolha do casting que muitas vezes é impossível perceber que não é a mesma pessoa naquele papel. Definitivamente uma obra-prima e uma das melhores coisas que a Netflix já fez.
The Umbrella Academy – 2ª temporada
A Netflix com certeza ouviu todas as críticas a respeito da primeira temporada de The Umbrella Academy. Tudo que a primeira peca a segunda se redime. Voltamos no tempo com essa família não muito unida, e os irmãos se espalham em várias situações diferentes. Mas outro apocalipse está vindo e culminará numa batalha final à la Vingadores: Ultimato. A temporada teve um ritmo incrível, um roteiro concisco, atuações ainda mais deslumbrantes e fez diversas reparações históricas. Já queremos saber o que vem por aí com a Academia Sparrow e quais os efeitos que eles causaram na história.
The Mandalorian – 2ª temporada
Os fãs de Star Wars voltaram a sorrir (e chorar)! The Mandalorian já tinha se provado na primeira temporada com o equilíbrio perfeito entre o fan service e uma história original. Na segunda temporada, Mando parte na busca de alguém da espécie do Baby Yoda (que descobrimos que se chama Grogu) e nessa estrada encontramos personagens familiares para quem acompanha as animações, mas novos em live-action, como Ahsoka Tano, Bo-katan e aquela aparição de Luke Skywalker no final selou a temporada perfeita. Episódio a episódio a sensação quando terminava era a mesma: “Esse foi o melhor episódio da série” e na semana seguinte éramos surpreendidos. Jon Fraveau e Dave Filoni conte comigo pra tudo.
Upload
O que esperar de uma série com Robbie Amell? Upload foi dessas séries lançadas no meio da quarentena onde precisávamos de algo que nos fizesse escapar da dura realidade que estamos vivendo. A série se passa num futuro em que a fórmula para a eternidade é colocar a mente em uma espécie de vida após a morte virtual, bem parecido com o episódio San Junipero de Black Mirror. Muito do conceito de futuro a gente já conhecia, mas a série ainda traz coisa nova, critica a forma como usamos a tecnologia e de quebra ainda tem espaço para uma trama de assassinato e um romance ali no meio.
The Flight Attendant
O HBO Max entra pela primeira vez em nossa lista de melhores do ano e aos 45 minutos do segundo tempo. Primeiro que é muito bom ver Kaley Cuoco tendo a oportunidade de brilhar depois de The Big Bang Theory. Nesta série ela interpreta uma comissária de bordo que acaba se envolvendo inocentemente em um assassinato de um dos passageiros de um voo que ela trabalhou. O problema é que ela não lembra de nada que aconteceu na noite passada e de maneira bem atrapalhada, diga-se de passagem, ela vai tentando provar sua inocência. Ao longo da temporada, as peças do quebra-cabeça vão se encaixando e vamos também descobrindo mais do passado dela. É daquelas que vai acelerar o seu coração de tanta adrenalina e reviravoltas.
Tem alguma série que você amou e não entrou na lista? Vote em seus favoritos clicando aqui.
Em nosso episódio mais recente do Pipocaria, o nosso podcast também falamos mais séries que não entraram aqui no texto. Vem ouvir: