‘A Voz Suprema do Blues’ estreou na Netflix nesta sexta-feira (18), um filme biográfico da cantora Ma Rainey, interpretada por Viola Davis, conhecida como a ‘A Mãe do Blues’.
O filme é uma adaptação original da peça teatral de August Wilson, e também o último de ator Chadwick Boseman, falecido em agosto de 2020. O longa se passa em Chicago, no começo do século 20, e mostra o machismo dentro do mundo da música. ‘A Voz Suprema do Blues’ retrata a relação conturbada de Ma Rainey na indústria da música, principalmente com os empresários brancos.
A princípio, o estilo musical ‘blues’ sempre foi dominado por homens, mas no século 20 as coisas começaram a mudar. A entrada de mulheres no ramo, as tornou as grandes protagonistas, e isso tem relação direta com a cantora.
Entenda quem foi Ma Rainey.
A cantora nasceu em 1836, em Geórgia, nos Estados Unidos e ganhou notoriedade por ser a primeira mulher do estilo blues a ficar famosa. Ela teve que enfrentar o machismo, e o racismo, para crescer no meio. Na época, apenas homens gravavam discos. No entanto, Ma Rainey quebrou paradigmas ao conseguir sua música gravada e virou inspiração para outras mulheres.
Em 1923, a cantora ficou famosa após fechar contrato com um produtor da Paramount Records, que durou cinco anos. No entanto, Ma Rainey começou a ganhar notoriedade em 1915, quando levou o gênero para fora das comunidades negras e alcançou áreas dominadas pelos brancos, ao lado de Bessie Smith. A artista emocionava com sua voz por onde passava, e até hoje é referência no gênero musical.
Desse modo, Ma Rainey conquistou fãs e trouxe para as canções algo além do blues. Suas músicas falavam, além de estórias da cultura negra, mas também sobre sexualidade, traições, vícios, superstições e empoderamento, de uma forma que só ela sabia fazer. Desse modo, e sabendo sua trajetória, é notório entender o seu legado deixado como ‘A Mãe do Blues’.