O premiado “A Febre”, de Maya Da-Rin, acaba de divulgar o trailer oficial. A sua estreia nos cinemas e nas principais plataformas de streaming será no dia 12 de novembro. A produção é da Tamanduá Vermelho e Enquadramento Produções, em coprodução com Still Moving (França) e Komplizen Film (Alemanha). No Brasil o filme será distribuído pela Vitrine Filmes. Além do Brasil, o longa será distribuído em salas de cinema na França, Reino Unido e China.
Confira:
Ao longo de sua carreira em festivais, o filme recebeu mais de 30 prêmios até o momento e foi selecionado para ser exibido em mais de 60 festivais ao redor do mundo. Na sua estreia mundial, no Festival de Locarno, na Suíça, “A Febre” levou três prêmios para casa: o Leopardo de Ouro de Melhor Ator, para Regis Myrupu, o prêmio da crítica internacional FIPRESCI e o prêmio “Environment is Quality of Life”. A Febre foi eleito ainda Melhor Filme em festivais na França, China, Argentina, Portugal, EUA, Uruguai, Chile, Peru, Alemanha e Espanha. No Brasil, o filme conquistou cinco candangos no 52º Festival de Brasília – Melhor Longa-Metragem, Melhor Direção, Melhor Ator para Regis Myrupu, Melhor Som e Melhor Fotografia – além dos prêmio de Melhor Direção e Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio e Melhor Filme e Melhor Som no Janela Internacional de Cinema do Recife
A trama narra a história de Justino, um indígena do povo Desana que trabalha como vigilante em um porto de cargas e vive na periferia de Manaus. Desde a morte da esposa, sua principal companhia é a filha Vanessa, que está de partida para estudar Medicina em Brasília. Com o passar dos dias, Justino é tomado por uma febre forte. Durante à noite, uma criatura misteriosa segue seus passos. Durante o dia, ele luta para se manter acordado no trabalho. Porém, sua rotina no porto é transformada com a chegada de um novo vigia. Nesse meio tempo, seu irmão vem de visita e Justino relembra a vida na aldeia, de onde partiu há mais de vinte anos.
“O lançamento do A Febre estava previsto para abril, quando começou a pandemia. Precisamos, agora, reinventar as estratégias de distribuição e adaptá-las às necessidades do momento atual. Apesar de todas as dificuldades e limitações, o importante é que o filme possa ser visto e que continue a motivar debates com o público.
Estamos vivendo um momento histórico frente ao qual não podemos nos silenciar, com o desmonte da cultura e o ataque às comunidades e lideranças indígenas. A Vitrine Filmes vem fazendo um grande trabalho nesse sentido. Além do lançamento em salas e streaming, estamos organizando diferentes frentes para que o filme possa chegar ao público indígena e ser assistido nas comunidades.”