Caso Robinho: atleta condenado por estupro volta para o Santos

Nos últimos dias, as redes sociais encheram de notícias e opiniões sobre o caso Robinho. O jogador de futebol foi condenado em primeira instância na Itália por estupro coletivo em 2017. No entanto, no sábado (10), o Santos anunciou a contratação dele. 

Dessa forma, a notícia de que Robinho jogaria novamente pelo Santos tomou as redes sociais, já que o jogador foi acusado e condenado por um crime gravíssimo em outro país. A pena é de nove anos por violência sexual e ele está recorrendo em liberdade. Mas, até que ponto uma pessoa condenada por estupro pode se tornar ídolo? 

Na publicação de anúncio da volta do jogador para o clube é possível ver muitas opiniões contra a contratação. Principalmente, porque no ano passado, o Santos fez campanha contra a violência da mulher. Mesmo com a repercussão do caso, o clube não se manifestou oficialmente, mas o presidente Orlando Rollo comentou sobre o assunto em uma entrevista à Folha de S. Paulo.

“Robinho não está condenado com trânsito em julgado. Quem somos nós para atirar pedra no Robinho? Atire a primeira pedra quem nunca pecou. E será que ele pecou? Vamos esperar o desfecho do processo. Respeito a opinião de todas [as mulheres]. Inclusive, eu acho que esse crime do qual ele é acusado é muito grave, já investiguei muito esse tipo [na carreira de policial civil], mas têm muitas mulheres apoiando, também. É aquilo que eu falei, não acabou o processo dele na Itália.”

Contudo, a opinião da maioria das mulheres nesse caso é contrária. Por exemplo, o Movimento Bancada das Sereias, grupo de torcida feminina do Santos publicou uma nota repudiando a contratação do atleta. 

Caso Bruno Fernandes:

O caso Robinho não é o primeiro desse tipo. No 5º país que mais mata mulher, o goleiro Bruno Fernandes condenado por homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver da ex-mulher Eliza Samúdio, em 2013, voltou ao campo como ídolo. O crime aconteceu em 2010 e o atleta foi condenado a 20 anos e nove meses de prisão, mas, após sete anos e no semiaberto, o goleiro voltou a ser contratado por clubes de futebol. E até hoje é ídolo de muita gente.

Legalmente, Bruno assim como Robinho, estão aptos para retornar a sociedade e trabalhar. Ou seja, eles podem jogar, mas devem? 

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