A Netflix tem sido o maior refúgio para os seriadores durante esse período de quarentena, e nos últimos meses ela lançou várias minisséries, que são aquelas séries de uma temporada só com história completinha,que a gente tanto ama. Eu resolvi destacar três delas que são imperdíveis.
Confira no vídeo abaixo ou texto a seguir:
Nada Ortodoxa
A primeira minissérie, é Nada Ortodoxa, a história é baseada em fatos reais, sobre a vida Esther, uma garota que pertence a uma comunidade judia ortodoxa bastante radical e rejeita sua educação radicalizada e foge para Berlim para começar uma nova vida. A minissérie é parte sobre uma história de amadurecimento, e parte um suspense já que o seu marido e cunhado parte em busca dela. A gente vai vendo no decorrer dos episódios como uma garota descobre todas as partes da vida, de si mesma e enquanto segue as trilhas sombrias para descobrir os perigosos mistérios do passado de sua família.
É de fato uma história impactante e a atuação Shira Haas emociona bastante. É como se estivéssemos assistindo uma The Handmaid’s Tale da vida real, numa comunidade religiosa onde a mulher não tem voz nem vez e serve apenas para reproduzir. A ambientação (figurino, cenografia) dão um show, inclusive tem um episódio especial mostrando os bastidores da série. São apenas quatro episódios, rapidinho você termina ela.
Hollywood
Vocês sabem que eu sou fã de Ryan Murphy né? Pois ele lançou a sua segunda série na Netflix, que é Hollywood. A segue um grupo de aspirantes a atores e cineastas em Hollywood após a Segunda Guerra Mundial, que tentam ganhar o seu espaço no cinema – não importa o custo. Cada personagem oferece uma visão única por trás da cortina dourada da Era de Ouro de Hollywood, destacando os sistemas injustos e preconceitos de raça, gênero e sexualidade que continuam até hoje.
A série é uma mistura de alguns fatos que realmente aconteceram com outros que deveriam acontecer e mostra como a indústria era racista, homofóbica e expõe todos os segredos obscuros de lobby entre as produtoras, assédios dos agentes e faz algumas justiças com o que a indústria deveria ter de fato feito na época como a segunda chance para Anna May Wong de continuar a sua carreira e algumas correções no Oscar de 1948.
O elenco tem estrelas como Jim Parsons – e finalmente consegui tirar Sheldon da cabeça ao ver ele em Hollywood, Queen Latifah, interpretando Hattie McDaniel – a primeira atriz negra na história a ganhar um Oscar, e outras figura carimbadas das séries de Ryan Murphy como Darren Chris e Dylan McDermott.
Quem assistiu Feud: Betty and Joan já sabe o que pode esperar de Hollywood. Ao final a minissérie é bem novelão com final feliz mas é uma delícia de assistir.
The Eddy
Essa aqui é para os fãs de musicais. The Eddy é dirigida pelo vencedor do Oscar Damien Chazelle, o mesmo diretor de La La Land e Whiplash, e a série carrega a maior marca desses dois filmes: o jazz.
THE EDDY é uma drama de oito episódios que se passa nos vibrantes bairros multiculturais da Paris moderna, onde o antes celebrado pianista de jazz em Nova York, Elliot Udo, interpretado por André Holland é agora o co-proprietário do clube The Eddy, onde ele administra a banda da casa liderada pela vocalista e namorada Maja. Elliot descobre que seu parceiro de negócios Farid pode estar envolvido em algumas práticas questionáveis no clube, começam a surgir segredos que também foram ocultados pela esposa de Farid, Amira e pela problemática filha adolescente de Elliot, Julie que de repente chega a Paris para morar com ele, então seu mundo pessoal e profissional rapidamente começa a se desfazer quando ele confronta seu passado, lutando para salvar o clube e proteger os mais próximos dele.
A série mistura música com máfia e é a mistura que a gente não sabia que precisava, mas é ótima. E a trilha sonora é perfeita e vai te deixar com vontade de assistir Whiplash depois. Damien Chazelle ama a música e a série é uma verdadeira homenagem ao jazz, com cenas icônicas como um velório que se transforma em festa de maneira sensacional.