A VIDA INVISÍVEL estreia 21 de novembro, porém já foi assistido por 11.000 espectadores no Brasil, devido à pré-estreias que vem lotando as salas de cinema do país. Nos EUA, o filme também está sendo divulgado, e com uma forte campanha para conseguir uma vaga no Oscar 2020, ganhou data de estreia americana, que está apontada para o dia 20 de dezembro.
Leia a nossa crítica de A Vida Invisível
Essa semana, o site The Hollywood Reporter divulgou uma lista com todos os favoritos as principais categorias da premiação, e A VIDA INVISÍVEL está entre os cinco filmes apontados como “frontrunner” da categoria de MELHOR FILME INTERNACIONAL.
Além disso, outros veículos importantes, como THE PLAYLIST, INDIEWIRE e AWARDS CIRCUIT, também estão apostando em uma possível indicação para A VIDA INVISÍVEL.
Com distribuição nos EUA da gigante Amazon, o sétimo longa-metragem da carreira Karim Aïnouz vem conquistando prêmios importantes nos principais festivais do mundo, como o Grand Prix da mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes – inédito na história do cinema brasileiro. A VIDA INVISÍVEL foi selecionada para pelo menos 5, dos 10 Festivais mundiais, que compõe o que os especialistas chamam de “Circuito de Festivais para o Oscar”: TIFF, Mill Valley, Hamptons, Middleburg Film Festival e BFI. E ainda nos EUA foi também selecionado por outros importantes Festivais como o Chicago Film Festival, Aspen Film Festival, Orcas Island Film Festival e Philadelphia Film Festival.
Exibido no Toronto International Film Festival para uma plateia com importantes nomes do cinema mundial, como a atriz francesa Isabelle Huppert, o filme teve longos minutos de aplausos ao final da projeção e foi exibido também em sessão de gala no Zurich Film Festival, na Suíça, onde foi aplaudido em pé pela plateia.
No Festival Internacional de Valladolid, na Espanha, o longa ganhou quatro prêmios, incluindo Melhor Atriz para as protagonistas Carol Duarte e Julia Stockler, o prêmio da crítica internacional, o FIPRESCI, além do Sociograph, prêmio destinado ao filme que mais impactou a audiência, através de um dispositivo que mede as reações do público durante a exibição.
Na França, A VIDA INVISÍVEL levou o Prêmio do Júri e o Prêmio da Crítica Francesa no Festival Biarritz. Enquanto isso, na Macedônia, ganhou o principal prêmio (Golden Camera 300 para Hélène Louvart) no Manaki Brothers Film Festival, destinado à fotografia cinematográfica.
A VIDA INVISÍVEL já foi vendido para mais de 30 países, incluindo Grécia; França; Polônia; China; Hungria; Eslovênia; Croácia; Luxemburgo; Bélgica; Holanda; Sérvia; Argélia; Egito; Irã; Israel; Jordânia; Líbia; Marrocos; Emirados Árabes; Reino Unido; Portugal; Itália; Coréia do Sul; Rússia; Cazaquistão; Ucrânia; Taiwan; Suíça; Espanha e Turquia.
O longa já recebeu elogios de algumas das mais prestigiosas publicações do segmento de cinema no mundo. Segundo David Rooney, do The Hollywood Reporter – que relacionou o filme entre os 10 melhores do Festival de Cannes –, A VIDA INVISÍVEL é um drama assombroso que celebra a resiliência das mulheres, mesmo quando elas toleram existências combalidas“.
Já para Lee Marshall, do Screen Daily, que também elegeu A VIDA INVISÍVEL como um dos filmes imperdíveis do festival, Karim prova que o “eletrizante e emocionante” filme de época pode ser apresentado de forma verdadeira e ao mesmo tempo ser um deleite. “Com a forte reação crítica e o boca-a-boca que essa contundente e bem-acabada saga familiar parece suscitar, é quase certo que o filme viaje para além do Brasil e dos territórios de língua portuguesa”, prevê o crítico, que adverte: “É melhor você deixar um lenço separado para as cenas finais”.
O jornalista Guy Lodge, da Variety, por sua vez, afirma que o longa-metragem pode ser considerado “um forte concorrente do Brasil na corrida ao Oscar de Melhor Filme Internacional”.
Livre adaptação do romance de Martha Batalha, A VIDA INVISÍVEL é uma produção da RT Features, de Rodrigo Teixeira, em coprodução com a alemã Pola Pandora, braço de produção da The Match Factory, de Michael Weber e Viola Fügen, além da Sony Pictures, Canal Brasil e Naymar (infraestrutura audiovisual), e conta com o financiamento do fundo alemão Medienboard Berlin Brandenburg e do Fundo Setorial do Audiovisual/Ancine.
Sobre o filme
Definido pelo cineasta como um melodrama tropical, a obra apresenta nos papeis principais duas jovens estreantes no cinema. Tanto Carol Duarte, reconhecida por seu trabalho na TV aberta, como Julia Stockler, experiente atriz de teatro, foram escolhidas após participarem de um concorrido teste com mais de 300 candidatas. O elenco traz ainda Fernanda Montenegro, como atriz convidada, Gregorio Duvivier, Bárbara Santos, Flavio Bauraqui e Maria Manoella.
As irmãs Guida e Eurídice são como duas faces da mesma moeda – irmãs apaixonadas, cúmplices, inseparáveis. Eurídice, a mais nova, é uma pianista prodígio, enquanto Guida, romântica e cheia de vida, sonha em se casar com um príncipe encantado e ter uma família. Um dia, com 18 anos, Guida foge de casa com o namorado. Ao retornar grávida, seis meses depois e sozinha, o pai, um português conservador, a expulsa de casa de maneira cruel. Guida e Eurídice são separadas e passam suas vidas tentando se reencontrar, como se somente juntas fossem capazes de seguir em frente.
Com roteiro assinado por Murilo Hauser, em colaboração com a uruguaia Inés Bortagaray e o próprio diretor, o longa – ambientado majoritariamente na década de 50 – foi rodado no Rio de Janeiro, nos bairros da Tijuca, Santa Teresa, Estácio e São Cristóvão.
A direção de fotografia é da francesa Hélène Louvart, que assina seu primeiro longa brasileiro e acumula trabalhos importantes na carreira, como os filmes ‘Pina’, de Wim Wenders; ‘The Smell of Us’, de Larry Clark; ‘As Praias de Agnes’, de Agnès Varda; e ‘Lázaro Feliz’, de Alice Rohwacher, entre outros. A alemã Heike Parplies, responsável pela edição do longa-metragem ‘Toni Erdmann’, da diretora Maren Ade, indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, assina a montagem.