Espero Tua (Re)volta | Documentário de Eliza Capai, compete na Mostra Geração 14+ do Festival de Berlim

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O documentário “Espero Tua (Re)volta”, de Eliza Capai, faz estreia mundial no Festival de Berlim 2019, que acontece entre 7 e 17 de fevereiro. Serão quatro exibições, sendo a première no sábado, 9, às 16h, horário local. O filme reflete a partir das lutas estudantis a recente história brasileira. Além de material inédito, o longa utiliza reportagens da época e imagens de arquivo das marchas e ocupações. O filme é uma produção da TVa2, com coprodução da Globo Filmes/Globonews, através da Lei de Audiovisual, em conjunto com investimentos do Fundo Setorial (BRDE/Ancine), através de parceria com o Canal Curta! e distribuição da Taturana Mobilização Social.

Espero tua (Re)volta traz o ponto de vista das lutas estudantis a partir do olhar de três jovens, ex-secundaristas: Lucas “Koka”, Marcela Jesus e Nayara Souza. Eles relembram os eventos de 2013, até chegarem ao processo de impeachment de Dilma Rousseff em 2016 e à vitória do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro em 2018. O ponto central do filme são as ocupações das escolas paulistas em 2015, em resposta a reorganização escolar anunciada pelo governo paulista de Geraldo Alckmin. A proposta previa o fechamento de mais de 90 escolas e o remanejamento de cerca de 300 mil alunos para outras unidades. Sob o lema “Ocupar e resistir”, os estudantes protagonizaram a ocupação de mais de 200 escolas, o que serviu de inspiração para jovens de todo o país.

Os três narradores do filme propõem diferentes pontos de vista e vivências, mas têm em comum o ativismo por um ensino público de qualidade e uma cidade mais inclusiva. As lutas por direitos coletivos acabaram por lhes render também importantes conquistas individuais: a partir dos debates de feminismo, temas LGBT e antirracismo realizados dentro das ocupações, os jovens transformaram suas relações e suas próprias formas de se verem e se apresentarem no mundo.

Nosso desafio central foi contar a partir dos estudantes como ocorreram as marchas e ocupações para um público amplo, que vai dos secundaristas a pessoas com visões políticas diversas e opostas. O intuito do filme é investigar sobre a importância destas lutas tanto para a sociedade de uma forma mais ampla, quanto para transformações pessoais dos jovens protagonistas. O objetivo disso é que quem assista, quer concorde ou não com a atuação dos estudantes, consiga refletir sobre o que significa ativismo, em um momento em que amplos setores brasileiros se esforçam em sua criminalização”, explica a diretora Eliza Capai.

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