Crítica | A Garota na Névoa

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Em uma pequena cidade italiana, uma menina comportada e de família religiosa some na calada da noite. Um detetive em busca de holofotes busca um culpado para jogar na frente das câmeras de televisão. Todos os elementos estão formados para um excelente filme de investigação e A Garota na Névoa sobrevive às próprias expectativas que cria durante seu primeiro ato.

Apesar da ambientação em tempos atuais, o interior italiano dá um tom noir que casa muito bem com a trama. Em uma investigação à moda antiga, cheia de vazamentos propositais para a imprensa, o Detetive Vogel parece dividido entre sua vaidade e o caso do desaparecimento de Ana Lou. Aí se destaca a grande atuação de Toni Servillo, que interpreta um homem que se colocou num pedestal de sabedoria ao mesmo tempo em que demonstra fraqueza por dúvidas e demônios interiores.

O ritmo lento do filme e a narrativa que não se repete para deixar as pistas mais óbvias para o espectador ajudam a criar um clima claustrofóbico que perdura durante dois terços do longa. Isso dá tempo para o desenvolvimento de todas as 3 histórias que estão sendo contadas ao mesmo tempo em determinado momento, cada uma com sua própria trajetória.

Porém esse mesmo andamento atrapalha o ato final, quando a história converge para sua conclusão. Ao contar com 3 pontos distintos de narrativa, o longa cria reviravoltas que reiniciam o arco dramático da trama e acaba deixando uma sensação de descontinuidade. Além disso, as reviravoltas e plot twists são construídos para em seguida serem desmentidos, não dando tempo para o espectador sentir o impacto de todas as revelações.

Apesar disso, A Garota Na Névoa se destaca como um excelente filme de investigação e um grande entretenimento para os fãs do gênero.

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