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Após um hiato dominado pela incerteza, uma vez que os fãs foram informados que seriam obrigados a se despedirem de Rick Grimes (Andrew Lincon) na nona temporada, The Walking Dead finalmente retorna com os novos episódios que prometem introduzir mudanças drásticas na narrativa da série.
Apesar da expectativa, o novo ano inicia-se de forma morna e sem grandes reviravoltas. “A New Beginning” (“Um Novo Começo”) abre a nona temporada e foca em mostrar o novo cotidiano dos sobreviventes de Alexandria, Hiltop, Oceanside e outros após a guerra contra Negan (Jeffrey Dean Morgan) e os Salvadores. O episódio entrega um vislumbre de como os grupos foram divididos após a derrota de Negan, incluindo parte de seus homens que se renderam perante Rick, e também os meios encontrados para seguir em frente depois de uma grande crise.
Em meio a muitos momentos monótonos, a cena de abertura merece algum destaque por criar uma atmosfera de suspense, fazendo um bom uso dos mortos-vivos para tal. O início do episódio, entretanto, não apresenta nada crucial para o desenrolar da trama, servindo apenas para que os espectadores matassem as saudades de seus personagens queridos e também para que não se esquececem dos zumbis, os quais são cada vez mais deixados de lado na série.
Por enquanto, nenhum indício foi dado sobre o futuro de Rick Grimes. Já é esperado que, em algum momento da primeira parte da nona temporada, o personagem chegue ao final de sua jornada neste mundo pós-apocalíptico, uma vez que em meados de maio deste ano, a saída de Andrew Lincon, o intérprete de Rick, foi confirmada pela produção do seriado. Resta agora continuar acompanhando a série e manter as esperanças de que Rick terá um final digno e grandioso.
Um outro momento que merece destaque no episódio é o diálogo entre Rick e Daryl (Norman Reedus) no Santuário. O motoqueiro começa a questionar os métodos de Rick, o que pode indicar um possível desentendimento futuro entre os dois. Uma vez que, possivelmente, Daryl assumirá o comando do grupo após a saída de Rick, é curioso que ele esteja descontente com o atual líder. Isso com certeza terá grande influência no futuro de The Walking Dead e pode significar uma construção interessante para o papel que Daryl virá a desempenhar.
O grande triunfo do episódio, entretanto, é sua última cena. O arco de Maggie (Lauren Cohan) em Hiltop dá uma bela guinada, mostrando a força da personagem e empolgando bastante para o que quer que seja o seu futuro como líder da comunidade e também como mãe.
Sem grandes avanços ou qualquer sinal de Negan, o episódio chega ao seu fim. O primeiro episódio acaba servindo simplesmente de base para muitas mudanças que estão para acontecer, seu principal objetivo é contextualizar o espectador com a vida dos personagens no pós-guerra. No fim, acaba sendo até difícil de acreditar que se trata de uma temporada que dará adeus ao seu protagonista, não se diferenciando em quase nada do que se tem visto ultimamente em The Walking Dead.
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