Crítica | Escobar – A Traição

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Em algum momento dessa década as grandes produções de entretenimento decidiram que Pablo Escobar seria um bom nome para protagonizar diversas obras. Desde a série Narcos, que ainda está em andamento pela Netflix, é até difícil contabilizar quantos produtos sobre o traficante colombiano foram feitos e quantos pontos de vista foram mostrados. Nessa saturação de tema, Escobar – A Traição (Loving Pablo) soa como uma produção genérica feita para surfar uma onda que já passou do seu ápice.

A trama do filme mostra a personagem Virgínia Vallejo, jornalista que foi amante de Pablo Escobar durante seus anos mais proeminentes como narcotraficante, em toda a sua relação com “El Patrón”. No que a princípio parece ser um filme apenas sobre a visão de uma mulher apaixonada por um homem perigosamente poderoso, o longa acaba se diluindo de uma maneira didática sobre a figura de Escobar e perdendo o foco.

Nesse sentido o nome do filme, tanto em português quanto no original, não fazem muito sentido. A traição não é algo singular que acontece na vida de Pablo e a relação amorosa com Virgínia é apenas um dos pontos do filme.

 

A escolha por um filme todo em inglês também incomoda, principalmente quando você se deu ao trabalho de escalar para seus protagonistas dois atores espanhóis. Com muitas inserções de termos em espanhol como o já famoso “malparido” e até mesmo frases completas da língua latina no meio de diálogos em inglês, Escobar – A Traição ganha mais conotações de filme feito para aproveitar o hype em cima do traficante.
Javier Barden como Pablo está muito bem, mas a caracterização do personagem, que alterna entre o bonachão e o lunático, não convence por não criar uma esclada ou nuances. Escobar é um amor de pessoa ou um assassino frio dependendo do que a cena pede. O Andamento do filme não permite mais do que isso.
Virgínia por sua vez é uma personagem rasa, que acaba sendo traída pela sua própria superficialidade. Penélope Cruz consegue passar muito bem todos os anseios e temores da repórter apenas com gestos ou olhares, mas tudo é desperdiçado com um uso exagerado de narração.

Escobar – A Traição acaba sendo vítima da sua própria escolha de querer abraçar toda a história do período ao invés de apenas se focar na relação dele com a jornalista, como o título dá a entender. Caso você não tenha assistido nenhuma das milhões de adaptações feitas até aqui, serve como um produto legal para conhecer um pouco sobre um dos homens mais ricos e perigosos do final do século passado.

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