Crítica | Desobediência

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Após descobrir sobre o falecimento de seu pai, Ronit (Rachel Weisz) retorna para sua terra Natal, uma comunidade Judia na Inglaterra, onde passou a maior parte de sua infância. Ao chegar lá, se depara com seus companheiros de outrora: seu primo Dovid (Alessandro Nivola) e sua antiga paixão, causa de sua partida para Nova York, Esti (Rachel McAdams) os quais estão casados atualmente. Entretanto, os problemas começam a aparecer quando o que Ronit e Esti sentiam uma pela outra volta a se manifestar.

Esta é a premissa do mais recente longa do diretor chileno Sebastián Lelio, vencedor do Oscar em 2018 pelo filme “Uma Mulher Fantástica”. Assim como em suas obras anteriores, “Desobediência” apela para os ideais de seu diretor, buscando entregar uma história sobre liberdade, escolhas, aceitação e determinação. Não é um filme qualquer sobre um romance homossexual.

Créditos: Reprodução/Internet. Cena do filme Desobediência.

O ponto mais alto do longa está no drama que conecta os três personagens principais. Ronit, apesar ter se afastado da religião e da família para poder seguir com seus próprios passos, guarda certa mágoa por nunca ter recebido o perdão do pai (e mesmo assim, não abre mão de seu antigo amor de infância). Já Esti, apaixonada por Ronit com todas as suas forças, encontrou um lugar na religião, e não é capaz de tomar uma decisão que resulte em ficar sem qualquer uma das duas. No meio disso está Dovid, casado e apaixonado por Esti, que não consegue lidar com sua esposa sofrendo por estar fingindo ser algo que não é.

Os dilemas enfrentados por cada um dos três personagens conversam muito com a realidade. A mensagem por trás do filme é quase melancólica: às vezes, para que possamos ser nós mesmos, é preciso magoar pessoas que amamos, em outras, nós mesmos é que acabamos desapontados. O importante mesmo é não desistir daquilo em que acreditamos, e o longa consegue transmitir isso de forma excepcional.

A relação entre homossexualidade e religião também é abordada de forma muito complexa em Desobediência. A personagem de Rachel McAdams é a melhor representação para tal, uma vez que Esti fica dividida entre o amor de sua vida e sua igreja. O arco da personagem dá uma perspectiva diferente dessa relação, mostrando como pode ser muito difícil abrir mão de sua fé para seguir o seu coração.

O novo longa de Sebastián Lelio consegue ser intenso e delicado ao mesmo tempo. Com um roteiro muito interessante e uma boa execução por parte do elenco, Desobediência consegue criar discussões bem interessantes acerca de seu tema principal que é o livre-arbítrio. Um grande acerto do diretor chileno.

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