Crítica – The Post: A Guerra Secreta

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Em uma época em que a imprensa norte-americana é atacada por seu presidente e vista como uma produtora de “fake news“, ou em que a própria imprensa brasileira perde sua credibilidade diante do público por conta da produção de futilidades, The Post – A Guerra Secreta chega em ótimo timing. As instituições do quarto poder passam por um momento de extrema fragilidade, e Steven Spielberg evidencia com reverência o trabalho memorável do jornal Washington Post na luta contra o governo do presidente Richard Nixon no caso real dos ‘Papéis do Pentágono‘.

A história – baseada em fatos – então acompanha os editores do jornal, Ben Bradlee (vivido por Tom Hanks) e Kat Graham (interpretada por Meryl Streep), quando recebem um estudo detalhado sobre a participação do governo dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Os papéis apresentam motivações dos chefes de governo americanos, além de evidências de que os presidentes mentiram para a nação. Com isso em mãos, os editores fazem de tudo para publicar e conseguir esclarecer para o público a verdade daqueles acontecimentos.

A ambientação do filme condiz totalmente com a mensagem de urgência que Spielberg quer passar. O thriller político, emergente e imediato é coerente com a tensão apresentada pelos personagens em tela. O suspense – mesmo que o público já saiba como a história vai terminar – é construído paulatinamente, com uma trama que passa por diversas camadas, concluindo com uma guerra pessoal contra um governo corrupto.

Essa luta pessoal também é evidenciada nos próprios jornalistas, que são retratados como super-heróis. Os conflitos pessoais de cada um são apresentados sem muitas delongas, sendo que o verdadeiro foco está na coragem dessas figuras em lutar contra um sistema muito mais forte do que eles. Spielberg não perde de vista a verdadeira história, mostrando personagens com particularidades próprias, mas que acima de tudo, são jornalistas de peso – fazendo com que seja um filme realista e lisonjeiro na medida certa.

 

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Entretanto, o grande mérito de Steven Spielberg está em sua capacidade de transformar seu longa em um produto específico de determinado período em um produto atemporal. Apesar de focar em uma história que acontece no início dos anos 70, The Post é facilmente relacionável com o período atual da sociedade, especialmente a sociedade norte-americana, com uma luta da mídia contra o governo e uma época marcada pela fragilidade de mercado dos jornais, sendo que eles precisam se preocupar mais em lucrar para se manter vivos do que na qualidade de seu material editorial. Há também uma discussão muito clara sobre liberdade de imprensa, que conversa bastante com o momento atual do jornalismo – obviamente, inserida propositalmente, considerando que Steven Spielberg queria pôr a pauta em discussão.

Em uma época que a mídia tem perdido força perante outras instituições, The Post serve como um memorando para a importância do quarto poder como meio de influenciar o rumo dos acontecimentos da sociedade. Evidencia como alguns heróis não usam capas, se utilizando às vezes de uma máquina de escrever – hoje em dia, de computadores, celulares ou tablets.

O elenco não pode passar batido. Meryl Streep está indicada (mais uma vez) ao Oscar e não é à toa. A atriz tem uma naturalidade para a dramaticidade que chega a assustar. Há uma facilidade muito grande por parte dela para se transformar durante o filme. Além disso, ela está muito bem acompanhada: Tom Hanks dá vida a Ben Bradlee, trazendo as peculiaridades do jornalista de maneira fidedigna e se mostra muito sóbrio em cena.

No fim de tudo, diferente de Spotlight: Segredos Revelados, esse filme se apoia em funcionar como um thriller “politicamente correto”, se aproximando mais de Todos Os Homens do Presidente, filme que trata do caso de Watergate – explorado rasamente nesse longa de Spielberg. Lisonjeiro e reverente na medida certa – sem perder de vista a importância do próprio ato de contar uma história de maneira decente -, The Post: A Guerra Secreta é um thriller político de qualidade, com um suspense emergencial bastante intrigante, que conversa facilmente com o momento político atual. E, acredite ou não, com grande potencial de se tornar uma franquia.

Nota: 9/10

Direção: Steven Spielberg

Roteiro: Liz Hannah e Josh Singer

Elenco: Tom Hanks, Meryl Streep, Bob Odenkirk, Sarah Paulson. 

Data de lançamento no Brasil: 25/01/2018

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