ARTIGO | A importância do protagonismo feminino em filmes infantis

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Os tempos em que mulheres eram coadjuvantes nos filmes estão passando, ainda bem! A indústria cinematográfica vem se reinventando e, já está criando papéis importantes para mulheres e meninas, mostrando que elas podem, e devem, estrelar um sucesso de bilheteria.

Nos filmes, as mulheres cada vez mais deixam de ser o sexo frágil,  princesas estão mais independentes e participam da ação, tomando suas próprias decisões. A Disney é quem mais produz filmes voltados ao público infantil  e  tem buscado novos horizontes e explorar novos limites com suas personagens. Cada vez menos princesas em perigo e mais exploradoras, aventureiras e curiosas.

Apesar de já existirem personagens femininas mais “empoderadas” nem tudo é um mar de rosas. Um estudo feito por linguistas divulgado pelo jornal americano The Washington Post mostra que animações da Disney têm um índices baixíssimos de falas femininas (apesar da maioria dos filmes contarem histórias sobre princesas). Filmes como A Pequena Sereia (1989), A Bela e A Fera (1991), Pocahontas (1995) e Mulan (1998) são onde as mulheres falam menos.

Nem as animações mais recentes escapam dessa lista. “Frozen” (2013) é sobre a história de duas irmãs, Elsa e Anna. Os homens dominam os diálogos, com papéis ativos, tais como o líder dos trolls e Olaf, o boneco de neve, os homens possuem 59% das falas nesse filme.

Apesar de andar a passos lentos, está ficando mais perceptível que as novas heroínas de filmes para crianças, estão deixando o estereótipo de donzelas em perigo que precisam ser salvas por homens. Filmes em que garotas “salvam o dia” são cada vez mais comuns e influenciam uma geração que não precisam estar em uma sombra masculina.

De acordo com um estudo feito pelo Centro Para o Estudo de Mulheres na Televisão e Cinema, da universidade de San Diego no Estados Unidos, o número de mulheres protagonistas em filmes de Hollywood cresceu, alcançando um novo recorde em 2016. Os dados mostram que 29% dos filmes no top 100 de maiores bilheterias de 2016 foram protagonizados por mulheres – número nunca antes alcançado -, contra 22% em 2015, incluindo longa metragens de animação. Ainda é pouco? Sim, mas já é um caminho.

Se caso os dados não forem suficientes, até porque cinema não é uma ciência exata é só prestar atenção ao redor. Garotas estão com novas inspirações e essas inspirações são mais independentes e fortes do seu modo.

Em “Moana” (2016) por exemplo, a personagem que dá nome ao filme, é uma jovem desbravadora que parte em uma jornada em de autoconhecimento, coragem e determinação.em prol da sua comunidade. Moana inspira meninos e meninas com uma mensagem de conquista e aceitação de sua identidade e propósito no mundo.

Já em “Valente”(2012), Merida enfrenta as tradições de seu reino para trilhar seu próprio caminho, afinal, ela não está a fim de ser apenas mais um princesa.

Tiana de “A Princesa e o Sapo” (2009), além de ser a primeira princesa negra da Disney, também é a primeira a ter um emprego. Em uma das canções, é questionado a Tiana quando ela irá casar e ter filhos e a resposta é que ela não tem tempo para distrações.

É comum hoje, garotinhas vestidas de Mulher Maravilha, uma das poucas heroínas com filmes próprios, onde a mulher detém o poder e vence vilões mostrando seu girl power.

Isso é muito importante na fase que estamos passando. Apesar de ainda existir muito a ser feito para igualar os gêneros na sociedade em geral, o cinema mais comercial tem dado uma notoriedade especial ao protagonismo feminino que está refletindo nas bilheterias,  já é possível notar excelentes filmes com protagonistas femininas incríveis com garotas seguras de si e com capacidade de realizar aquilo que todos julgam ser impossível.  

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